Faturamento de telecom cresce 17% puxado pelos smartphones
Para 2014, a projeção da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica é de um faturamento de R$ 31,318 bilhões, um aumento de 18% em relação a 2013
Divulgação
Smartphone: as vendas de smartphones, neste ano, pela primeira vez, ultrapassam as de aparelhos convencionais
O faturamento da indústria de telecomunicações deverá fechar o ano com um aumento de 17% em relação a 2012, acumulando R$ 26,620 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgado nesta quinta-feira, 5, em São Paulo.
Esse crescimento se deve em grande parte à venda de telefones celulares, em particular de smartphones, que neste ano, pela primeira vez, ultrapassam a de aparelhos convencionais (proporção de 52% para 48%, respectivamente, segundo dados da IDC).
Segundo o diretor de telecomunicações e segundo vice-presidente da associação, Paulo Castelo Branco, os smartphones foram responsáveis por um faturamento de R$ 15 bilhões. Mesmo assim, as exportações de produtos de telecomunicações caíram 20% e fecharão 2013 com o total de US$ 457 milhões. "Tradicionalmente isso ocorre não só pelo câmbio, mas também em decorrência do bloqueio de alguns mercados", declara, citando a falta de políticas de incentivo de exportação de celulares para países da América Latina.
Para 2014, a projeção da Abinee é de um faturamento de R$ 31,318 bilhões, um aumento de 18% em relação a 2013. Novamente, quem puxará esse mercado serão os smartphones, segundo a entidade.
Infraestrutura
Tirando o montante do smartphone, o faturamento do setor em infraestrutura foi estável, em torno de R$ 11,6 bilhões. "Neste ano, mesmo com volume maior de infraestrutura, tivemos redução no preço (dos equipamentos)", justifica o diretor da Abinee, citando equipamentos para "backbone IP e de rádio, acesso 4G em 2,5 GHz e nada de femtocell".
Branco acredita que no próximo ano, o mercado verá maior presença das femtocélulas (estações de pequeno porte e baixa potência para instalação indoor), embora isso não afete significativamente o faturamento do setor.
Principalmente na percepção do usuário pela qualidade. "Eu vejo como um mercado promissor. No relacionamento que temos com as operadoras, elas falam que têm um problema não resolvido, que é de não conseguir atender (a demanda). Femto tem um mercado bom", argumenta.
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