sábado, 30 de novembro de 2013

Microsoft testa sutia que deteta emocoes e ajuda no contole a gula


Sutiã da Microsoft quer prevenir ataque à geladeira por estresse
Protótipo de sutiã da Microsoft detecta alterações de humor e notifica usuárias para evitar o consumo de comida como forma de conforto
Sutiã tem sensores que medem alterações como temperatura da pele e frequência cardíaca Foto: Reprodução
Sutiã tem sensores que medem alterações como temperatura da pele e frequência cardíaca

Foto: Reprodução




A Microsoft trabalha no protótipo de um sutiã que quer acabar com um problema que atinge muitas mulheres: o consumo de comida como forma de conforto em situações de estresse. O sutiã tecnólogico possui sensores que detectam alterações na freqüência cardíaca, temperatura da pele e os níveis de estresse, sinais precursores de excessos. As informações são do Daily Mail.

Após detectar alterações, o sutiã então notifica a usuária sobre o "gatilho" da comilança pela alteração de humor. Ela recebe o alerta pelo smartphone via Bluetooth. O chefe da pesquisa, o psicólogo cognitivo Mary Czerwinski, diz que a roupa vai conscientizar as pessoas sobre os seus "comportamentos desajustados", fazendo com que elas possam substituí-los por outros mais saudáveis.



Para que homens também possam ser notificados sobre alterações de humor e evitar ataques à geladeira, a Microsoft trabalha em pulseiras com sensores. O sutiã da Microsoft foi recentemente testado por um grupo de quatro voluntárias ao longo de um período de quatro dias. Os pesquisadores consideraram o resultado promissor: o protótipo foi capaz de detectar a excitação das usuárias em 75% dos casos, e emoções em 72,62%.



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Black Friday torna-se Friday Fiasco


Internautas reúnem ofertas suspeitas da Black Friday
“O Friday Fiasco” está reunindo diversas promoções apontadas como fajutas, indicadas por usuários insatisfeitos com as ações de grandes varejistas

Reprodução
Tumblr O Friday Fiasco: tática adotada por empresas, dizem os internautas, é basicamente a mesma “maquiagem de preços” do ano passado

A Black Friday, que acontece nesta nesta sexta-feira, 29, está deixando internautas descrentes. Prova disso é o Tumblr colaborativo chamado “O Friday Fiasco”, que está reunindo diversas promoções apontadas como fajutas – tudo indicado por usuários insatisfeitos com as ações de grandes varejistas.
A tática adotada por elas e por outros comércios menores, dizem os internautas, é basicamente a mesma “maquiagem de preços” do ano passado. 

Valores são elevados poucos dias antes da grande liquidação e, na data, são reduzidos – mas nem tanto. Assim, os ganhos se mantêm altos, já que muitos clientes desavisados ainda creem no “desconto de 50%”. Um Código de Ética até foi estabelecido para evitar que os e-commerces abusassem novamente neste ano, mas quase tudo leva a crer que a situação será a mesma.

Além dos exemplos citados pelos internautas na página “O Friday Fiasco”, uma rápida pesquisa no site BondFaro revela um aumento suspeito no preço do smartphone Razr HD, por exemplo, que virou um “símbolo” da Black Fraude, como foi apelidada a data. No dia 25/11, o preço mais baixo do aparelho era de 879 reais. Nesta quinta, o dispositivo era encontrado por, no mínimo, 1.055 reais, em uma pesquisa envolvendo oito grandes lojas.


Outro exemplo curioso é o do Galaxy S4, analisado pelo Já Cotei. Pelo gráfico do site, o aparelho atingiu no domingo, 24, seu valor máximo, de absurdos 3.600 reais. Na quinta, 28, o maior preço despencou para 2.299 reais – apenas 200 abaixo do valor de tabela, mas quase 40% menor que o altíssimo “original” do dia anterior.

Nem tudo está perdido – Pelos exemplos, deu para ver que a Black Friday brasileira está longe de ser a queima de estoque que é a original, norte-americana. Por lá, uma torradeira, por exemplo, chega a custar 2 dólares – o que provoca algumas cenas memoráveis. Mas, com um pouco de pesquisa, até dá para encontrar ofertas interessantes por aqui.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

E-commerce sob risco no Brasil em 2014: falta infraestrutura


Falta de infraestrutura vai prejudicar e-commerce em 2014
Comércio eletrônico deve enfrentar dificuldade para atender à demanda crescente porque a infraestrutura não atende às necessidades



Getty Images
Pessoa faz compras online
Compras pela internet: expectativa é atingir R$ 30 bilhões até 31 de dezembro, cerca de 28% a mais em relação a dezembro do ano passado

A proximidade do Reveillon, do carnaval e da Copa do Mundo vai movimentar o comércio eletrônico, que deve enfrentar dificuldade para atender à demanda crescente no Brasil, porque a infraestrutura do país não atende às necessidades. A previsão é do diretor-geral do 3º Seminário Nacional de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamento e Negócios na Web (Ecom 2013), Marcelo Castro. A expectativa, segundo ele, é atingir R$ 30 bilhões até 31 de dezembro, cerca de 28% a mais em relação a dezembro do ano passado.

O primeiro semestre do ano vai ser muito tumultuado. Acho que a gente vai ter um pico de problemas na cadeia lojista. Não tenho dúvida de que quem estiver comprando no e-commerce [comércio eletrônico] vai sofrer um pouquinho, porque o mercado continua crescendo, mas a estrutura de entrega está limitada”, disse.

Além dos problemas de logística, das condições das estradas e da segurança, Marcelo Castro destacou que os comerciantes no Brasil estão enfrentando a concorrência de sites estrangeiros que se instalam no Brasil ou oferecem serviços aos clientes do país. “Europeus e americanos estão vendo um jeito de fugir da crise lá vendendo no e-commerce deles aqui. 


A expectativa é os estrangeiros comprarem R$1,5 bilhão aqui no Brasil, mas a previsão é que brasileiros comprem R$ 2,6 bilhões em sites estrangeiros. A gente tem que estar preparado para não deixar este mercado vazar para o mercado internacional”, alertou.

Marcelo Castro participou hoje (28), no Rio de Janeiro, da última etapa do Ecom 2013, seminário de e-commerce com foco na Copa do Mundo de 2014 criado para inclusão digital comercial. Antes do Rio, o evento passou pelas outras 11 cidades-sedes da Copa e ainda por Florianópolis e Belém. “As 14 capitais, que são as doze da Copa mais Florianópolis e Belém, representam 90,2% do PIB (Produto Interno Bruto), então dá uma boa cobertura econômica também”, esclareceu.

Segundo o diretor, as empresas procuram se equipar melhor para atender aos clientes que, cada vez mais preferem fazer compras pela internet. Castro disse que, desde a primeira edição, o Ecom aumentou o número de participantes. Em 2011 foram 6 mil e este ano atingiu 11 mil. Além disso, o público se tornou mais qualificado.



Segundo o diretor, pesquisas do Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC Brasil) e a Câmara Nacional de Diretores Lojistas (CNDL), apontaram que, em média, 70 % de varejistas, lojistas e comerciantes brasileiros não tinham endereço na web. “Na nova dinâmica da sociedade que a gente vive, onde o e-commerce cresce numa faixa de 30% ao ano, isso mostra que muitos comerciantes e lojistas estão fora desta onda, desse momento de oportunidade. Foi pensando nisso que o projeto Ecom fez em 2011 a sua primeira road show”, disse.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Media Solution Center e a nova cartada da Samsung


Samsung lança plataforma de conteúdos
A fabricante contará com uma plataforma de oferta de música, filmes, livros, conteúdo educacional e games 
Justin Sullivan/A
Samsung: segundo a vice-presidente do Samsung Media Solution Center para a América Latina, Fiamma Zarife, novo foco em serviços e conteúdos é global

A Samsung apresentou nesta quarta, 27, seu Media Solution Center, que tem a missão de fortalecer os produtos da marca por meio de conteúdos e serviços. A fabricante contará com uma plataforma de oferta de música, filmes, livros, conteúdo educacional e games.

Segundo a vice-presidente do Samsung Media Solution Center para a América Latina, Fiamma Zarife, o novo foco em serviços e conteúdos é global, com escritórios locais para buscar parcerias estratégicas com empresas regionais e apoiar o desenvolvimento de aplicativos diferenciados e exclusivos.

“Essas parcerias reforçam o compromisso da companhia em proporcionar conteúdo local relevante aos consumidores. Dessa maneira, a equipe do Media Solution Center da Samsung busca constantemente empresas nacionais que ofereçam novas soluções para adicionar valor aos dispositivos da empresa”, completa Fiamma.

Hub
Samsung


Os conteúdos e serviços foram integrados em dois ambientes, o Samsung Hub e o Samsung Apps. O primeiro é um agregador que integra lojas virtuais de música, vídeo, livros, jogos e e-learning. Entre as parcerias fechadas pela Samsung estão a Warner Music, Warner Vídeo, Editoras Abril e Globo, livraria Saraiva, Maurício de Sousa Produções, Ediouro, Grow e Panda Books.

Segundo Fiamma, o Media Solution Center já vem negociando com agregadores de conteúdo audiovisual e, além disso, começa a buscar conteúdo diretamente com os produtores. Para isso, conta com equipe local para fazer a curadoria e negociação do conteúdo e, em breve, deve ter uma estrutura para encodar o conteúdo também localmente. Ainda em vídeo, a Samsung vem negociando a exclusividade de conteúdos brasileiros na primeira janela, de forma a valorizar a sua plataforma.

Apps



A Samsung Apps, loja de aplicativos da empresa, também busca a diferenciação através de conteúdos locais e serviços exclusivos, já tendo parcerias com empresas como Opera, Dafiti, Gameloft, Sega, Dropbox, Easy Taxi e Coquetel.

Segundo Fiamma, a área mais madura nos conteúdos e serviços do Media Solution Center é a de jogos, tendo parceria já estabelecida com os grandes desenvolvedores globais como Gameloft, Sega e EA. “A estratégia (regional) está muito alinhada com o mercado internacional. Queremos mudar isso”, diz a executiva.

Para tanto, a Samsung vai investir no desenvolvimento do mercado local. A primeira grande iniciativa é a criação de estúdio de jogos em Manaus, para capacitar profissionais e empresas no desenvolvimento de jogos. A cidade foi escolhida para a iniciativa pela forte parceria que a sul-coreana tem com as universidades locais. “Mas quero ter ‘filhotes’ do estúdio em outras localidades”, adianta Fiamma.

com: Tela Viva

Acordo climático fracassa mais uma vez.


COP 19: Fracassa mais uma tentativa de acordo climático



A cúpula do clima da ONU, a COP 19, realizada em Varsóvia, na Polônia, conseguiu esboçar neste sábado um compromisso de última hora para elaborar medidas que levem a um novo acordo contra o aquecimento global.

Um acordo propriamente dito, o objetivo de todas as conferências climáticas realizadas ao longo dos anos, não foi fechado e, sob diversos aspectos, parece estar cada vez mais distante de se tornar realidade.

As negociações estiveram à beira do fracasso, e um documento final só foi possível porque as negociações avançaram um dia além do previsto.

A grande divisão esteve nas divergências entre países ricos e países em desenvolvimento a respeito de suas respectivas responsabilidades quanto à redução de emissão de gases do efeito estufa.


Pelo documento final, cerca de 190 países concordaram em elaborar "contribuições" (já que a palavra "compromissos" foi rejeitada) para um futuro acordo, que só deve ser concluído em 2015 para vigorar em 2020.

Após Índia e China terem argumentado que países em desenvolvimento não devem ter as mesmas obrigações que os desenvolvidos em conter emissões - o que levou ao principal impasse das negociações -, chegou-se a um acordo de que todos devem agir para conter as emissões.

Sem entusiasmo

Nem os ambientalistas e os diplomatas mais entusiasmados esperavam grandes avanços das negociações da COP 19.


Mas as cenas vistas nos últimos dias do evento deram a medida dos pontos de fracasso nas negociações, que pretendiam chegar a alguns acordos para reduzir o aquecimento global e mitigar seus efeitos.

Primeiro, choveram críticas ao país sede, que decidiu abrigar concomitantemente à COP uma convenção sobre carvão, um dos combustíveis mais poluentes do planeta. Em seguida, o governo demitiu o ministro de Meio Ambiente da Polônia, Marcin Korolec, que também era o presidente da cúpula, enfraquecendo seu poder de liderança.

Outra cena que marcou a conferência ocorreu na quinta-feira, quando todas as grandes ONGs ambientais e sociais abandonaram o evento por estarem frustradas com o andamento das negociações. Milhares de ambientalistas foram vistos devolvendo seus crachás e deixando o local da COP.

"Os avanços foram muito marginais e vimos até alguns retrocessos no processo de negociação que pretendia pavimentar o caminho para a COP de Paris (2015)." disse Bruno Toledo, membro do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que foi a Varsóvia acompanhar a cúpula.



A meta das últimas cúpulas da ONU é alcançar, daqui a dois anos na França, um novo entendimento global a fim de substituir o Protocolo de Quioto - o acordo internacional que restringe as emissões causadoras do efeito estufa e que expira em 2020. Vilões

Mecanismo de perdas e danos

Um ponto importante que avançou nas negociações do clima neste sábado foi o disputado mecanismo de perdas e danos.

O mecanismo consiste em recompensar países vulneráveis e ilhas que sofrem ou sofreram com eventos climáticos extremos, como o tufão Haiyan.



Países que têm sofrido com esses problemas pedem que o mecanismo ofereça ajuda financeira para lidar com os efeitos de eventos causados pelo aquecimento global.

Mas o mecanismo acordado na COP 19 causou decepção entre países vulneráveis, já que ele ficará sujeito a especificações e seu financiamento não foi especificado.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Diario espanhol "El Pais" inaugura site em portugues


Com site em português, "El País" quer apostar na realidade ibero-americana 




O jornal espanhol "El País" lançou nesta terça-feira em São Paulo seu site em português, com o qual o Grupo Prisa faz uma aposta na região ibero-americana com suas diferentes línguas e sua realidade particular.

Assim se manifestaram tanto o presidente-executivo do Prisa, Juan Luis Cebrián, no discurso que pronunciou na cerimônia de lançamento, como o príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon, em um mensagem de vídeo que gravou para ser transmitida no ato.

"Efetivamente, a região ibero-americana é uma realidade que se expressa em dois idiomas, português e espanhol, que são línguas irmãs e unidas pelos nossos eventos, nos quais desempenhamos um papel substancial e construímos um debate público", disse Cebrián.


O jornalista acrescentou que a região ibero-americana tem "uma cultura própria com uma realidade política econômica e social", que permitiu à América Latina, à Espanha e a Portugal garantir seu "papel" dentro da "globalização".

"É uma aliança perdurável das nações que tem muito a crescer, com um uso idiomático de origem e destino comum", acrescentou.

Em um ato que contou com a presença do senador José Sarney, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o embaixador da Espanha em Brasília, Manuel de la Cámara, Cebrián destacou que o "El País", "na era digital em português", defenderá os princípios de seus 37 anos de história.



Princípios como "a inclusão social, a luta contra as desigualdades e os monopólios, o respeito à democracia e à independência do jornalismo", ressaltou o jornalista, que esteve acompanhado na apresentação do diretor do jornal, Javier Moreno.

A escritora Nélida Piñon, vencedora do Prêmio Príncipe de Astúrias (2005), foi a encarregada de dar o clique inicial para lançar o site em português do "El País".

Filha de imigrantes espanhóis, a escritora expressou sua "confiança no futuro" do Brasil e qualificou a versão em português do jornal como "um presente" da Espanha.


Outras personalidades da política, como a ministra da Cultura, Marta Suplicy; o ministro de Comunicações, Paulo Bernardo; o senador Cristovam Buarque, o senador Aécio Neves e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gravaram mensagens que foram exibidas durante o ato.

Da mesma maneira, em uma mensagem de vídeo, em espanhol e português, o príncipe das Astúrias lamentou não poder participar pessoalmente do lançamento, como estava previsto, por uma falha técnica em seu avião que o obrigou a cancelar a viagem ao Brasil.

O herdeiro da Coroa espanhola ressaltou que a "decisão de romper as amarras do pessimismo representa neste momento o ânimo com o qual a sociedade espanhola está enfrentando a saída da crise econômica: com decisão e realismo, com espírito empreendedor, e com uma vocação clara e decidida de abertura ao exterior".



"O fato de um jornal da relevância do 'El País' ter escolhido o Brasil como marco para sua expansão internacional vem a confirmar, de uma parte, o compromisso do grupo Prisa e da Espanha em seu conjunto com a região ibero-americana", acrescentou.

Da mesma maneira, Felipe de Bourbon avaliou que, com o projeto, o Grupo Prisa "reforça sua posição na região e se transforma em um pioneiro neste modelo de expansão internacional".

"O conjunto da região ibero-americana ganha uma nova voz compartilhada para olhar o mundo com uma visão cosmopolita, atenta à realidade do Brasil e da região ibero-americana, mas também à de Pequim, Roma, Washington ou Berlim", concluiu o príncipe.


com:efe

A crise se aproxima: Nic.br diz que IPs vao se esgotar em 2014


Números IPs devem se esgotar em 2014 



Migração para o novo protocolo está atrasada, o que pode acarretar problemas para usuários da rede no ano que vem. 

Os números IPs (Protocolo de internet) devem se esgotar no primeiro semestre de 2014. Um novo formato de endereço online existe (foi criado em 1996) e pode permitir um número quase infinito de novos IPs. Para funcionar, bastaria que todos na internet adotassem a novidade. E é aí que está o problema. 

O “novo” protocolo é o chamado IPv6, que veio para suceder o IPv4, de 1981. Quando o IPv4 foi desenhado para suportar 4,3 bilhões de IPs, não se previa a popularização da internet nem o surgimento de quase 2 bilhões de celulares conectados. 

Para ajudar, redes adaptadas ao IPv6 não conversam com redes IPv4. Por isso, a transição precisa ser feita em conjunto com os fabricantes de equipamentos (celulares, roteadores), que precisam estar atualizados; provedores de conexão, que precisam adaptar suas redes; os usuários, que devem atualizar os equipamentos conectados; e os provedores de conteúdo (como Google, Facebook e governos), que precisam ajustar seus serviços e aplicações para ficarem acessíveis.



Em primeiro lugar, vamos procurar entender porque os governos devem preocupar-se, e preocupam-se de fato, com a questão do IPv6.

De forma geral, o poder público compreende a importância da Internet para a sociedade e têm buscado universalizar o acesso à rede, com diversas ações. No Brasil, por exemplo, pode-se destacar o PNBL e o projeto Cidades Digitais. Há também incentivos para a expansão das redes de telecomunicações e atualizações tecnológicas, como a implantação do 4G. Tudo isso demanda endereços IP.

A estimativa atual do LACNIC (este artigo foi publicado no final de agosto de 2013) é de que os IPs se esgotem em 274 dias, ou seja, entre maio e junho de 2014. O fim dos endereços IPv4 pode causar um sério impacto e atrasar o desenvolvimento e a expansão da Internet, ou ainda resultar em serviços de baixa qualidade e sérios problemas de segurança, caso se necessite compartilhar endereços IPv4 entre usuários.

A adoção do IPv6 resolve o problema da escassez de endereços e permite a livre expansão da Internet. O IPv6 permite que se busque a universalização do acesso à rede. Permite a expansão das redes móveis. Permite o surgimento de uma Internet das Coisas e de outras tecnologias.



Ao atuar em prol da implantação do IPv6, então, o poder público zela pela estabilidade da rede, por sua continuidade, e dos benefícios que traz aos cidadãos.

Além disso, o poder público também é usuário da Internet, e a utiliza como uma forma importante de comunicação com os cidadãos. Deve-se notar que os principais provedores de conteúdo, entre eles, Google, Youtube, Facebook, Netflix, UOL, Terra, etc, já implantaram IPv6 a fim de garantir que seu conteúdo seja visível a todos os usuários, independentemente da versão do protocolo IP. Eles procuram evitar o risco de prestarem um serviço de baixa qualidade, ou mesmo de ficarem inacessíveis para os novos usuários Internet IPv6, que certamente surgirão nos próximos meses.

Caso não se atualize, o poder público corre o risco de que parte dos cidadãos não consiga acessar seus sites e outros serviços disponíveis na Internet, ou ainda de que acessem com qualidade abaixo da ideal.

É necessário que o poder público siga o exemplo dos grandes provedores de conteúdo e que disponibilize seus sites e demais serviços em IPv6 com a maior brevidade possível, a fim de garantir o acesso dos cidadãos a seus próprios serviços.



Mas que ações os diversos governos têm tomado, no mundo, para apoiar a implantação do IPv6? Vejamos alguns exemplos (uma lista não extensiva):

Estados Unidos da América: Em setembro de 2010 o chefe do gabinete de tecnologia da informação emitiu memorando recomendando que os órgãos governamentais implementassem o IPv6 até setembro de 2014. A partir deste memorando foi gerado um plano para adoção de IPv6: (https://cio.gov/wp-content/uploads/downloads/2012/09/2012_IPv6_Roadmap_FINAL_20120712.pdf), que inclui metas, diretrizes e recomendações. Foi criado também um sistema para monitorar a evolução desta implementação. Dentro deste programa, os sites governamentais tiveram até setembro de 2012 para implantar o IPv6, já realizando para esta etapa a troca de equipamentos na borda da rede que não tivessem suporte IPv6. A meta para que todos os equipamentos governamentais de rede (roteadores, switchs etc), equipamentos de usuários (computadores, smartfones, telefones IP etc) e serviços internos e externos (e-mail, FTP, SSH, VPN etc) é dezembro de 2014.

Índia: Foi desenvolvido um planejamento nacional de implantação do IPv6 (http://www.dot.gov.in/sites/default/files/Roadmap%20Version-II%20English%20_1.pdf) contendo metas e recomendações para o governo indiano, mas também para os responsáveis pela infraestrutura da Internet, como provedores de acesso, provedores de conteúdo, data centers, fabricantes de equipamentos, etc. O objetivo do documento é que o IPv6 seja mais utilizado que o IPv4 a partir de 2017. Dentro deste cronograma destacam-se que todos os novos serviços contratados devem suportar IPv6 e que todas as interfaces entre o governo e a população (pagínas web e serviços on line) devem suportar IPv6 até Janeiro de 2015.

Japão: Criou o IPv6 Promotion Council (http://www.v6pc.jp/en/council/index.phtml) com o objetivo de promover o IPv6 e auxiliar o governo, industria e academia na adoção do protocolo. O plano foi bem sucedido e hoje o Japão é capaz de entregar IPv6 ao usuário final e observa uma crescente utilização do protocolo. De acordo com estatísticas da Cisco (http://6lab.cisco.com/stats/) o Japão está com 26,55% da implantação realizada, com 3,09% dos usuários possuindo acesso via IPv6.

China: Em 2006 criou o projeto CNGI (China Next Generation Internet) com o objetivo de incentivar a adoção do IPv6 no país em um período de 5 anos. O primeiro passo do projeto foi a utilização de IPv6 pelo sistema de segurança dos jogos olímpicos realizados no país em 2008. Também fez parte do projeto a criação da rede CERNET II, a segunda versão da rede acadêmica chinesa. A CERNET II é uma rede exclusivamente IPv6, construída com equipamentos chineses, e cujos custos operacionais são pagos diretamente pelo governo, e não pelas universidades usuárias, como na CERNET original. A CERNET II atualmente possui mais tráfego que a primeira CERTNET, que atende as universidades apenas com IPv4.



Equador: No Equador, o Ministério das Telecomunicações (MINTEL) recentemente criou acordos ministeriais para incentivar a adoção de IPv6 nos provedores do país (http://ipv6tf.ec/index.php?option=com_phocadownload&view=category&download=1:acuerdo-ministerial-mintel-007-2012&id=4:mintel&Itemid=88) e para a utilização nos portais do setor público
(http://ipv6tf.ec/index.php?option=com_phocadownload&view=category&download=5:acuerdo-ministerial-mintel-039-2012&id=4:mintel&Itemid=88), estes documentos foram elaborados de acordo com as metas estabelecidas no eLAC2015, assim sendo o Equador definiu como prazo 2015 para a implantação de IPv6 no país.

Costa Rica: a presidência e o ministro de Ciência, Tecnología e Telecomunicaciones definiram recentemente um plano de adoção de IPv6 no país e determinaram a data de 30 de junho de 2015 como limite para implantação do IPv6 nos órgãos públicos
(http://www.gaceta.go.cr/pub/2013/05/23/COMP_23_05_2013.html#_Toc356912913).

União Européia: Desde 2005 foram promovidos os projetos 6Net, 6Diss e 6Deploy, que criaram materiais didáticos, promoveram treinamentos, e fomentaram projetos de pesquisa e implementação do IPv6. A iniciativa i2010 (um plano de ação para maximizar o potencial das TICs) fomentou os governos europeus a buscar a implantação do IPv6, por exemplo, a Espanha aprovou um plano nacional de transição do IPv4 para o IPv6
(http://www.lamoncloa.gob.es/ConsejodeMinistros/Referencias/_2011/refc20110429.htm#Internete http://www.ipv6observatory.eu/wp-content/uploads/2012/11/02-03-Jordi-Palet-2-21.pdf), colocando como meta de implantação o ano de 2015. Já Alemanha criou um plano para implantar IPv6 na administração pública (http://www.ipv6observatory.eu/wp-content/uploads/2012/11/02-05-Constanza-B%C3%BCrger1.pdf). Por meio desse plano, eles começaram a implantar IPv6 nos órgãos públicos em 2011.



Pode-se observar que são vários os governos que compreenderam a importância de algum tipo de intervenção no sentido de fomentar a utilização do IPv6. Isso se dá porque a mesma não apresenta vantagens econômicas de curto prazo para os provedores Internet, ou operadoras de telecomunicações, que por vezes não têm a compreensão de que esta mudança é essencial para a sustentabilidade de seus próprios negócios no médio e longo prazo.

As ações promovidas pelos diferentes governos podem ser divididas em:

Ações de conscientização e coordenação: parte das ações da União Européia e do Japão podem ser enquadradas nesse grupo. No Brasil, o Comitê Gestor da Internet (mesmo não sendo parte do Governo), por meio do Núcleo de Informação e coordenação do ponto BR (NIC.br) já tem atuado fortemente nesse sentido, promovendo, entre outras ações, treinamentos para a capacitação de profissionais, e reuniões de coordenação entre representantes dos diversos setores envolvidos. Essas ações têm resultados positivos, mas talvez ainda insuficientes, no contexto nacional.

Ações de regulamentação externa: os governos da Índia e do Ecuador, por exemplo, estabeleceram metas envolvendo, além das próprias entidades do governo, também provedores Internet e operadoras de Telecomunicações.



Ações de regulamentação interna: o governo estadunidense, em particular, e diversos outros, inclusive latino-americanos, mais recentemente, estabeleceram normas internas, que se aplicam aos próprios órgãos governamentais, para a implantação do IPv6. Essas normas envolvem cronogramas bem definidos, com metas claras, e tem apresentado resultados bastante positivos.

O estabelecimento de uma norma interna tem vantagens em relação à regulamentação do mercado, pois:
é eficaz em preparar o governo para que não sofra, como usuário Internet e fornecedor de serviços aos cidadãos, os efeitos negativos da não implantação do IPv6,
é eficaz, pelo uso indireto do poder de compra do governo, em motivar as entidades no mercado, como fornecedores de equipamentos e serviços, a implantarem o IPv6, a fim de atender às necessidades do governo.

Mas um ente do poder público (uma prefeitura, governo estadual, um órgão do Governo Federal, uma câmara legislativa, um órgão da Justiça, etc), no Brasil, hoje, tem uma base sólida para justificar o uso do IPv6 em sua rede, a aquisição de equipamentos ou contratação de serviços com suporte a IPv6?

Sim, se a proximidade do esgotamento do IPv4 e os argumentos apresentados no texto até agora não bastarem para embasar a exigência do IPv6 em uma licitação, há ainda uma série de recomendações que podem ser usadas para justificar a adoção do IPv6.



O Comitê Gestor da Internet no Brasil aprovou e publicou em 18 de maio de 2012 a resolução 07/2012 com recomendações sobre a implantação do IPv6 nas redes, com um calendário sugerido para implantação do protocolo no país. O documento está disponível em:http://www.cgi.br/regulamentacao/pdf/resolucao-2012-007.pdf e recomenda: “que o governo, considerando‐os aqui os três poderes e em suas diversas instâncias, estabeleça normas internas com cronograma conforme as datas aqui previstas e com metas claras para a implantação do IPv6, em especial nos serviços oferecidos aos cidadãos através da Internet”.

O eLAC (2010) é um plano de ação para a América Latina e Caribe, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), com um longo prazo, 2015, propõe que as tecnologias de informação e comunicação (TIC) sejam ferramentas para o desenvolvimento econômico e a inclusão social. O eLAC faz parte da CEPAL que é uma comissão das Nações Unidas e o Brasil é um dos signatários do eLAC2015. A meta 4 do eLAC2015 é a implantação do IPv6
(http://www.eclac.cl/socinfo/noticias/documentosdetrabajo/0/41770/2010-819-eLAC-Plan_de_Accion.pdf) pelos signatários até 2015.

O e-PING, na versão de 2013 (http://eping.governoeletronico.gov.br/) pontua que novas contratações de interconexão e compra de equipamentos devem considerar que as redes devem ser implementadas em pilha dupla, com IPv4 e IPv6 simultaneamente.

É importante que todos os entes do poder público no Brasil passem a usar o IPv6, de forma urgente. Ele tem de ser um requisito nas novas aquisições e contratações. É possível também tentar renegociar contratos atuais de fornecimento de trânsito Internet, pois geralmente não há alteração de custo.

O IPv6.br publicou já há algum tempo um guia para licitações e compras de equipamentos IPv6, que pode ajudar, em muitos casos: http://ipv6.br/guia-para-compras-ou-licitacoes-de-equipamentos-com-suporte-a-ipv6/. Nossos cursos e material didático também podem ajudar na capacitação das equipes internas.



Nota: co-autoria de Edwin Cordeiro, da equipe do IPv6.br.
com: O Estado de São Paulo 


















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Rio: Capital mundial da ciencia

Brasil sedia sexta edição do Fórum Mundial da Ciência
Escolha do país como sede do evento supõe uma reafirmação das conquistas da ciência no país, declarou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp


AFP
Cerimônia de abertura do Fórum Mundial da Ciência em Budapeste, em 17 de novembro de 2011
Cerimônia de abertura do Fórum Mundial da Ciência em Budapeste: edição de 2015 do evento voltará a Budapeste, onde foram celebrados os cinco eventos anteriores





Com uma cerimônia formal no Teatro Municipal do Rio, na presença de autoridades brasileiras, estrangeiras e da Unesco, foi iniciada oficialmente no domingo a sexta edição do Fórum Mundial da Ciência, dedicada ao desenvolvimento sustentável, um evento celebrado pela primeira vez fora de Budapeste.

O Rio de Janeiro se torna, assim, a capital mundial da ciência durante quatro dias, como “parte da estratégia para distribuir os feitos científicos e torná-los em um esforço verdadeiramente global”, afirmou Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), instituição que assumiu a liderança na organização do evento e desempenhou um papel chave para trazê-lo para esta parte do mundo.

A escolha do Brasil como sede deste evento, que pretende ser uma referência no desenvolvimento de políticas científicas para lidar com problemas globais, também supõe uma reafirmação das conquistas da ciência no país, declarou o ministro da Ciência e Tecnologia brasileiro, Marco Antonio Raupp, para quem a Ciência brasileira está “nos primeiros estágios da idade adulta, após ter superado a adolescência, mas ainda em fase de crescimento”.

Também participou do ato o vice-presidente brasileiro, Michel Temer, como representante da presidente Dilma Rousseff.



A diretora-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura), Irina Bokova, também entregou durante a cerimônia o prêmio Sultan Qabus para la preservação do Meio Ambiente às organizações National Forest Holding “State Forest”, da Polônia, e à Wild Life at Risk Protection Organisation da África do Sul, bem como o prêmio Kalinga de Divulgação Científica ao professor chinês Xiangyi Li.

O fórum abordará temas como a cooperação e a segurança para o fornecimento de água, a tecnologia para a redução dos riscos e danos derivados de catástrofes naturais, o papel dos oceanos ou como atrair mais jovens cientistas, entre outros.

É organizado pela ABC, em colaboração com a Academia Húngara de Ciências, a Unesco, o Conselho Internacional para a Ciência (ICSU), a Academia Europeia de Ciência (EASAC) e a Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS).

A Jordânia será o segundo país não europeu a organizar o evento, em 2017, anunciou no domingo József Pálinkás, presidente da Academia Húngara de Ciências, após a edição de 2015, que voltará a Budapeste, onde foram celebrados os cinco eventos anteriores, iniciados em 2003.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Laboratorio da Unicamp avanca nas solucoes da Internet do Futuro


Laboratório brasileiro alarga pistas para internet do futuro

Quanto maior a largura da banda, maior o número de lasers colocados numa única fibra e maior a capacidade de tráfego. [Imagem: Ag.Fapesp]


A tecnologia atualmente utilizada nas redes de comunicação óptica não dará conta de atender à expansão da internet, dos dispositivos móveis, da TV de alta definição e das demandas das telecomunicações nos próximos 20 anos.

Será necessário multiplicar a capacidade atual de operação - de um terabyte por segundo - por um fator entre 100 e 1.000 para atender a um número cada vez maior de usuários - que representará quase metade da população mundial já em 2017 - e ao tráfego corporativo global.

A busca de soluções para isso mobiliza empresas e instituições de pesquisas - entre elas, o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF).

"Fazemos todos os tipos de estudos com comunicações ópticas, desde caracterizar fibras até testar os sistemas mais avançados, com equipamentos de primeiro mundo", resume Hugo Fragnito, coordenador do CePOF, que tem sede na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Amplificadores paramétricos de fibra óptica

O CePOF ganhou posição de liderança na corrida mundial de pesquisas relacionadas à tecnologia de amplificadores paramétricos de fibra óptica (Fopa, do inglês Fiber Optic Parametric Amplifier).

Os amplificadores têm a função de manter a potência do sinal de luz que percorre o interior das fibras ao longo do percurso e, no caso dos amplificadores paramétricos, poderão ser a resposta ao desafio de ampliar a largura da banda e, consequentemente, o tráfego na rede.

"Conseguimos um recorde: já atingimos uma largura de banda de 115 nanômetros [um nanômetro equivale a um milionésimo do milímetro]", explica Hugo.

Foi, de fato, um grande feito.

Os sistemas disponíveis garantem uma largura máxima de banda de 30 nanômetros na região das comunicações ópticas, podendo comportar até 80 lasers - o que limita a transmissão a uns poucos terabytes por segundo.

Quanto maior a largura da banda, maior o número de lasers colocados numa única fibra e maior a capacidade de tráfego. De acordo com Hugo, "utilizando os Fopas, será possível transmitir dez vezes mais"

O érbio também está sendo utilizado na transmissão quântica de informações. [Imagem: UNSW]

Érbio

A operação comercial dos amplificadores paramétricos promete promover uma nova revolução na comunicação óptica, comparável à tecnologia de fibras ópticas dopadas com érbio, adotada em meados dos anos 1990. "O érbio viabilizou a internet", enfatiza Hugo.

Antes do érbio, ele conta, a comunicação entre São Paulo e Campinas por meio de fibra óptica, por exemplo, funcionava com capacidade máxima de 1 gigabyte por segundo. Em cada fibra, um laser. Se a demanda crescesse, era necessário instalar mais fibras. E, a cada 20 quilômetros, era preciso colocar um repetidor de circuito eletrônico para que a luz continuasse a sua viagem. Além de caro, o sistema era lento.

O érbio, elemento químico do grupo terras raras, tem a propriedade de emitir fótons que aumentam a intensidade da luz e, com a tecnologia WDM, possibilita que uma mesma fibra se transforme numa espécie de ramalhete de lasers operando em frequências diferentes e com sinais mais intensos.

Tal tecnologia viabilizou os serviços de banda larga e permitiu substituir repetidores por amplificadores, instalados a cada 50 quilômetros ao longo do percurso da fibra, acelerando o tráfego de dados.

Vidro telurito

Ante o risco de congestionamento na rede, no entanto, há que se garantir mais eficiência não apenas para os amplificadores, mas para todos os componentes da rede óptica, inclusive para as fibras.

As fibras ópticas são fabricadas com sílica, um óxido abundante e barato. O problema é que um amplificador óptico carrega de 20 a 30 metros de fibras de sílica enroladas, o que aumenta as dimensões do equipamento.

O óxido de telúrio está presente na emergente tecnologia dos vídeos holográficos. [Imagem: Daniel Smalley]

Os pesquisadores do CePOF investigam alternativas para esse material e têm conseguido resultados interessantes substituindo a sílica por óxido de telúrio - tecnologia já patenteada pela equipe.

"A vantagem é que o telurito permite dissolver o érbio em concentração 70 vezes maior do que a sílica", compara Hugo. Quanto mais érbio, mais fótons e mais luz.

Com o telurito, talvez seja possível reduzir o comprimento e o volume das fibras e, consequentemente, a dimensão dos amplificadores. "A palavra de ordem é miniaturizar, reduzir de 20 metros para centímetros", ele diz.

Miniaturização

Ainda há problemas a serem solucionados antes de levar os Fopas ao mercado. O primeiro é controlar a dispersão da luz na fibra óptica, decorrente de variações de diâmetro ao longo do percurso e que pode comprometer os ganhos da nova tecnologia, já que limita a eficiência dos Fopas. "Estamos estudando como desenvolver fibras e guias de onda extremamente uniformes, de forma a reduzir a dispersão ao longo da fibra", afirma Hugo.

O segundo problema, ainda sem solução, é a dimensão dos equipamentos, levando-se em conta que, no mundo da alta tecnologia, espaço é custo. O ideal seria colocar "tudo dentro de um chip", diz Hugo. "A óptica integrada foi impulsionada pela necessidade da indústria microeletrônica em vencer os limites de espaço físico, aumentando as taxas de desempenho. Hoje, estamos apostando na miniaturização de componentes de fibras ópticas - ou seja, em fazer tudo menor e mais barato."

O CePOF criou uma infraestrutura de ponta para a fabricação de dispositivos de óptica integrada a base de silício e outros materiais semicondutores. Essa tecnologia permitirá integrar dezenas de lasers, filtros, detectores e outros dispositivos fotônicos interconectados por guias de onda de dimensões nanométricas, tudo em um único chip do tamanho de uma moeda de R$ 0,25.

com: Agencia Fapesp

domingo, 24 de novembro de 2013

Software Livre: remedio contra invasoes


Software livre poderia barrar invasões da NSA aos dados do governo brasileiro

Para desenvolvedores e exército, Brasil precisa ser soberano em tecnologia
softwareGetty Images
Software brasileiro não precisa responder às leis estrangeiras, como é o caso de produtos norte-americanos





Marco Civil: dados em servidores nacionais garantem privacidade? As informações do Governo, das empresas e da sua própria vida pessoal só podem ser protegidas se o Brasil desenvolver uma tecnologia independente e 100% nacional. Essa é a opinião compartilhada tanto por desenvolvedores e acadêmicos quanto pelo Exército Brasileiro. Ou seja: se usarmos a tecnologia de estrangeiros, estamos vulneráveis a ataques e espionagem internacional. 
Após as denúncias do ex-técnico da CIA Edward Snowden a respeito da espionagem de empresas como a Petrobras e até mesmo de conversas da presidente Dilma com seus assessores diretos pela NSA (agência de inteligência norte-americana), o Brasil vive um momento de rompimento de confiança com soluções providas por empresas estrangeiras. 
De acordo com o gerente de produtos da Critical Links, Duda Nogueira lembra que um software feito por uma empresa dos Estados Unidos deve responder às leis do país norte-americano, enquanto os programas desenvolvidos no Brasil não tem essa obrigação.
—O software livre é muito importante para garantir a segurança dos sistemas de tecnologia da informação, autonomia e soberania do Brasil. É um momento histórico porque essa situação [espionagem] poderia muito bem ter sido evitada se a gente utilizasse mais software livre. 
Estrutura nacional contra espionagem 
Para o professor do departamento de Teoria da Computação da Unicamp, Julio Cesar Hernández, é possível usar a crise como incentivo para que o Brasil equipare os padrões de tecnologia internacionais.
— As soluções que precisam ser tomadas e para que sejam eficazes, vai demorar de três a quatro anos, pois uma solução grande vai precisar de tempo. Falta uma estrutura para que melhore a segurança e isso pode ser construído em longo prazo. 
A opinião de que o Brasil precisa ser soberano e independente de soluções internacionais nas diversas esferas é compartilhada pelo Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), divisão do Exército brasileiro responsável por garantir a segurança cibernética do País.
Consultado pela reportagem do R7, o Exército usou seu departamento de comunicação para esclarecer que o CDCiber desenvolve projetos para criar soluções nacionais. 
O desenvolvimento de tecnologia nacional de hardware e software é certamente uma das soluções para manter a tecnologia e as informações nacionais livres da interferência internacional. É por este motivo que um dos critérios usados pelo CDCiber para o desenvolvimento dos projetos que estruturam o setor cibernético é a opção por soluções que apresentem o emprego dual, ou seja, busca-se o desenvolvimento de produtos, em parceria com empresas brasileiras, que possam ser utilizados tanto pelo segmento militar, quanto civil da sociedade abrangendo, assim, os setores acadêmico, privado, público e a base industrial. 
O Centro de Defesa Cibernética também informa que trabalha para a implantação do Projeto Estratégico de Defesa Cibernética, orientado pelo Ministério da Defesa. Até 2016, O Exército deverá contar com a criação de um centro de defesa cibernética e também a implantação de uma rede nacional de segurança de informações e criptografia para proteção das informações nacionais.
Política e uma nova abordagem tecnológica 
Hernández também defende a criação de um grupo como a NSA e a inserção de matérias de segurança digital no currículo das disciplinas de TI para que isso se torne algo cultural.
Apesar da necessidade da tomada de medidas, o especialista em computação não acredita na criação de uma estrutura de tecnologia e defesa nacional em curto prazo. 
O Brasil precisa repensar suas estratégias, o País não possui muitos profissionais qualificados, mas está no caminho. Não sabemos até onde a NSA conseguiu ir e pegar informações e há muitas suspeitas. Existem vários métodos para que seja evitado esse tipo de invasões, mas são métodos que apenas para dificultar que eles entrem no sistema. 
Nogueira, que também é coordenador de programação do Latinoware (evento anual que promove o software livre no País), aponta que o Brasil deve intensificar os esforços para privilegiar as soluções nacionais. A existência de uma auditoria em programas e serviços oferecidos por países como os Estados Unidos também é essencial. 
Quando a gente usa um equipamento que não é produzido no Brasil ou que é um software proprietário, infelizmente, não se tem a exata noção do que é executado naquele software. Isso leva a sistemas que não são totalmente seguros.

Microsoft cria centro de combate ao cibercrime


Veja como é o centro de combate ao cibercrime da Microsoft
Empresa inaugurou um centro futurista que irá investigar, em tempo real, casos de crimes na internet relacionados a malware e até pedofilia                                       
Divulgação

sábado, 23 de novembro de 2013

Pesquisa NETVIEW diz que idosos usam mais computador pessoal que jovens em casa



Idosos usam mais o computador em casa do que os jovens
Segundo o levantamento de outubro de 2013, pessoas da faixa de 55 a 64 anos de idade registraram média individual de tempo de 53 horas e 12 minutos no mês
Tim Boyle/Getty Images/AFP
Idosa usa um computador
Idosa usa computador: em outubro, público de 55 a 64 anos foi ao computador em média 48 vezes no mês, enquant faixa de 12 a 17 anos somou 20 sessões por pessoa


O tempo de uso do computador domiciliar com internet já é maior entre os idosos brasileiros do que entre os jovens, indica a pesquisa NetView, da Nielsen IBOPE, joint-venture entre Nielsen e IBOPE, líder mundial em mensuração do comportamento dos usuários de internet.

Segundo o levantamento de outubro de 2013, pessoas da faixa de 55 a 64 anos de idade registraram média individual de tempo de 53 horas e 12 minutos no mês.

No mesmo período, o tempo médio de computador domiciliar de um jovem de 12 a 17 anos foi de 30 horas e 30 minutos. O número de páginas vistas e o número de sessões por mês também é maior entre os internautas de mais idade.



Em outubro, o público de 55 a 64 anos foi ao computador em média 48 vezes no mês, enquanto a faixa de 12 a 17 anos somou 20 sessões por pessoa. O grupo de 55 a 64 anos representa 8,1% do total de 46,7 milhões de usuários ativos domiciliares. Os adolescentes de 12 a 17 anos, representam 11,8%.

Evidentemente é preciso considerar que, além de teoricamente permanecer um tempo maior em casa em relação aos adolescentes, os idosos também tem mais dificuldades com os dispositivos móveis, que são muito utilizados pelos jovens quando não estão em casa.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Telecom na America Latina e avaliada como servico ruim


Serviço latino de telecom é ruim e caro, diz consultoria
Segundo Frost & Sullivan, mercado de telecomunicações na América Latina é altamente concentra


O mercado de telecomunicações na América Latina é altamente concentrado, o que resulta em serviços de baixa qualidade e altos preços, afirma a consultoria Frost & Sullivan em relatório divulgado ontem, quinta-feira.

Apesar dos problemas, o mercado deve apresentar taxa média de crescimento de 5,3 por cento ao ano, com o faturamento saindo 81 bilhões de dólares em 2012 para 110,3 bilhões em 2018, na região. O estudo cobre Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Venezuela.

"Iniciativas regulatórias como portabilidade numérica e a regulamentação de operadoras móveis virtuais (MVNOs) não tiveram os efeitos esperados no cenário competitivo da América Latina, que é altamente concentrado, o que resulta em serviços de baixa qualidade e altos preços", disse a consultoria.

No Brasil, o SindiTelebrasil, entidade que representa os interesses das operadoras de telecomunicações, não pôde comentar o assunto de imediato. A avaliação é feita em um momento em que o mercado trabalha com a possibilidade de venda da TIM Participações, depois que a espanhola Telefónica anunciou em setembro acordo para assumir gradualmente o controle da Telecom Italia, dona da TIM no Brasil.


Segundo a Frost & Sullivan, a demora de reguladores em liberar espectros e restrições regulatórias sobre ofertas convergentes também seguram o mercado em alguns países da região.

O relatório destaca ainda que o crescimento do mercado de telefonia móvel na América Latina em 2012 foi impulsionado principalmente pelas receitas de vendas de smartphones, apesar da ainda baixa penetração dos serviços de banda larga móvel "devido a preços altos e baixa qualidade do sinal".

De acordo com a consultoria, o foco das operadoras está agora na expansão da cobertura de suas redes 3G e 4G e em incrementar suas receitas de dados, uma vez que sucessivos cortes nas tarifas de interconexão promovidos por reguladores do setor vêm gerando uma queda nas receitas de voz das companhias.


O mercado de serviços de voz móvel, no entanto, está ficando saturado em alguns países, o que limita as oportunidades de expansão.

As reduções nas tarifas de interconexão também afetaram os resultados das operadoras de telefonia celular, uma vez que o uso de rede representa mais de 25 por cento das receitas totais das companhias, forçando-as a buscarem novas fontes de receita.

"Além disso, o uso de dados na região, embora também represente mais de 25 por cento das receitas das operadoras, está concentrado principalmente em serviços de SMS de baixo valor, e não em banda larga móvel, o que reduz a receita média por usuário dos serviços de dados."

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Google emprega grego de 12 anos como programador

Menino de 12 anos é o novo membro da equipe de programadores do Google
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O que você fazia quanto tinha 12 anos? Nikos Adam, um garotinho grego dessa idade, está colaborando com oGoogle. A companhia descobriu o talento do menino durante a Feira Internacional de Salônica, na Grécia, quando diariamente visitava o estande da empresa, e também assistia a seminários de programação.

Nikos já desenvolveu dois aplicativos, um deles referente a cibersegurança, que foi exposto durante uma conferência para desenvolvedores, segundo o Greek Reporter. A solução desenvolvida pelo garoto surpreendeu a todos os presentes.

O Google pediu permissão aos pais do garoto para incorporá-lo ao seu time de programadores. Lá, ele trabalha em um projeto social chamado Tech is Social, que deverá ser lançado na Grécia no ano que vem e irá funcionar de maneira semelhante ao Facebook. Ele também colabora no desenvolvimento de soluções de proteção contra ataques cibernéticos.