segunda-feira, 29 de abril de 2013

O futuro do jornal impresso é discutido nos EUA.

Ainda bem devagar e  não totalmente estabelecido, um novo modelo de negocio para os jornais impressos está tomando forma. 

Matéria de Rem Rieder para o diário estadunidense, USA TODAY dá conta que "os ridicularizados dinossauros da informação", ou seja, os jornais impressos dão sinais evidentes que não deixarão o negócio tão cedo quanto o mercado esperava.  Mas  como afirma Rieder, "é muito cedo para estourar a champagne".

O negócio em si será pequeno. Os altíssimos lucros dos últimos anos são considerados uma bolha, mas o esquecimento não é necessariamente uma parte da equação. A questão central para os jornais impressos nos últimos anos tem sido a de responder sobre a fonte sustentável de recursos.



A Internet explodiu seus monopólios lucrativos de anúncios, já que a páginas de classificados foram substitutas pela Craigslist ( medição de viewers e likes ). E embora os websistes tenham crescido significativamente o tamanho de suas audiências, a publicidade digital , vista por muitos como o "Santo Graal", tem sido profundamente decepcionante.

Os expertos apontam dois elementos preponderantes para a construção de uma estratégia emergente de sobrevivência. 

1. As receitas de circulação estão aumentando. A chave: a mudança para a oferta de conteúdos digitais. Os jornais impressos estão agora fazendo dinheiro das assinaturas exclusivamente digitais e, mais importante, empacotando subscrições que dão acesso aos leitores a informações provenientes de uma multitude de fontes. 

2. Os jornais impressos estão alavancando suas habilidades para leva-las para além das atividades jornalisticas e assim conseguir mais receitas. As novas ações mais significativas são as de provimento de serviços de marketing locais e regionais. São opções que tentam surgir como florescimento de um novo ecossistema econômico. Outra fonte importante e que merece citação são os esforços em e-commerce e no operar e produzir eventos.

"Nós estamos começando a ver um vislumbre do modelo para 2018, um que seja estável, pelo menos e que possa mostrar algum crescimento efetivo" disse o analista Ken Doctor autor do livro Newsonomics: Twelve new trends that will shape the news you get" - Newsonomics: Doze novas tendências que irão moldar a notícia que você recebe . 




Na verdade o que se tem hoje são pelas do quebra-cabeças. Os contornos do futuro estão esboçadas em importante relatório divulgado pela Associação de Jornais da América. Elogiável, o estudo fez um esforço concentrado para, pela primeira vez, coadunar-se com os recursos que fluem na senda dos novos fluxos de recursos.

É um sinal de como as coisas sombrias ao ter chegado ao mercado num relatório indicando que  receita do setor caiu 25% pode ser considerado animador pois a menor queda em seis anos. Enquanto  publicidade, 
uma vez que a vida útil de jornais ( tempo de leitura e releitura) continuou a despencar em 6% no ano passado, a receita de circulação cresceu 5%, o primeiro ano desde 2003. Os serviços de marketing trouxeram mais de 3 bilhões de dólares aos jornais

As mudanças estão cada vez mais intensas. Mas novos nichos devem ser encontrados pelo setor que luta bravamente para reagir ao fechamento de 400 diários das regiões metropolitanas dos Estados Unidos em razão dos noticiários das TVs, transmitidos por plataformas multimídia.

Conhecer novos comportamentos em face da disrupção digital é fundamental para a indústria dos impressos como o é para qualquer mídia nestes tempos onde o consumidor faz, como nunca, suas próprias escolhas    

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Novidades NAB 2. A revolução tecnológica e a produção para TV Digital

Conforme prometemos, vamos finalizar o que chamamos 'balanço das novidades' na NAB/2013 em Las Vegas, EUA.

Um consórcio de radiodifusores europeus e de produtores de conteúdos audiovisuais tem trabalhado por alguns anos no projeto FINE -Free Viewpoint Immersive Networked Experience- ou seja, Experiencia Radiodifundida com ponto de vista livre e abrangente. 

(Google images)
Neste ano , o Parque do Futuro da NAB apresentou os resultados destes esforços, apoiados pelo apoio básico da EBU -European Broadcasting Union- que permite que os profissionais possam instalar uma uma câmera virtual numa ação 'ao vivo' e possa movê-la livremente no tempo e no espaço aumentando, assim, a imersão e envolvimento com a cena.

As demonstrações que podiam ser vistas no Parque Digital da NAB versaram sobre conteúdos de esportes visualizadas em uma ou várias telas.

O National Institute of Information and Communications Tecnology (NICT) do Japão apresentou aos visitantes da NAB/2013 um equipamento protótipo idealizado para radiodifusão regional com conectividade sem fio. Esta plataforma utiliza o denominado TV White Spaces posicionado na banda de UHF de 410 e 710 MHz, de acordo com o padrão IEEE 802.22 que foi desenvolvido em cooperação com a Hitachi Kokusai Eletric e utilizando a base de dados ISB.

"...O IEEE 802.22 é um padrão para redes sem fio voltado para conectividade de áreas rurais que utiliza o conceito de rádios cognitivos e pode revolucionar o modo como o espectro de frequências é compartilhado, abrindo caminho para novas formas de exploração deste meio de transmissão..."(dados do site da Teleco)


"...Para o padrão IEEE 802.22, no entanto, o método mais importante de compartilhamento é no domínio espacial, que não é nada mais que o reuso de frequências em regiões distintas. Neste sistema, aproveita-se o fato da distribuição de frequências ser ineficiente, o que ocorre em muitas regiões, principalmente nas mais afastadas, onde somente alguns poucos radiodifusores possuem transmissores na localidade. Geralmente, os radiodifusores de pequenas cidades operam na faixa de VHF, o que deixa vários canais na faixa de UHF disponíveis. Um sistema de rádios cognitivos pode então ser utilizado para tirar proveito desta ociosidade do espectro e utilizar estes canais.."(dados do site da Teleco)

Outra promessa. Vamos postar, mais adiante, um texto especifico sobre White Space

Finalizando, também a academia fez-se representar no Parque Digital da NAB/2013 que apresentou soluções para processamento de imagens em multi-telas, processamento de cores e imagens multiespectrais.  

Uma imagem multiespectral consiste em imagens de um mesmo objeto, tomadas com diferentes comprimentos de ondas eletromagnéticas. Pode ser luz visível,  infra-vermelha, ultra-violeta, raio-X ou qualquer outra faixa do espectro. Diversos aparelhos fazem fotos espectrais. Podem ser câmeras comuns de vigilância ou equipamentos de análise para laboratório, para análise espectral

De modo mais usual são associados a satélites de sensoriamento remoto e naves espaciais pois muitos deles transportam câmeras multiespectrais. Desta forma podem escolher qual comprimento de onda registrar. Como exemplo, a sonda Cassini consegue fotografar os relevos da nebulosa lua Titã, pois a luz visível é absorvida por sua densa atmosfera.            

Tal tecnologia foi oferecida pelo Rochester Institut of Technology de Nova Iorque, EUA.

Bom, foram estas as novidades mais relevantes. Se alguém em visita a NAB/2013 pescou algo ainda mais interessante e me passou desapercebido (perfeitamente normal) por favor, entre em contato com este site

terça-feira, 23 de abril de 2013

Educação e tecnologia. Dá pra conviver?

Educar com tecnologia e participação. Um passo para a qualidade de vida

A educação sempre esteve progredindo a passos mais lentos que a comunicação.

Pierre Bourdieu disse certa vez que a diferença de décadas neste avanço causava um forte sentimento de estranhamento nos aprendizes em razão dos métodos do ensinar estarem dessincronizados com o comportamento cotidiano.

Sábias palavras que, entretanto não podiam nem de longe preconizar que a aceleração e o consequente distanciamento das praticas de transmissão de conhecimento fossem ser revolvidas desde do profundo âmago das relações humanas.



O educador Paulo Freire que nunca foi um inimigo das tecnologias, ao contrário, como me disse pessoalmente seu amigo dileto e pupilo, prof. Moacir Gadotti  'era o que ele mesmo se auto-proclamava, um menino conectado' alguém que ao mesmo tempo percebia a necessidade de realizar o que chamava de encontro de saberes e que deveriam dar vazão ao estudo conjunto das várias e diversas facetas culturais que formam uma nação.

Esta disposição em trabalhar para incluir sem deixar de avançar, na verdade e a mentalidade que precisamos desenvolver hoje. Perceber a sabedoria dos não letrados e leva-los pelas mãos através dos instrumentos de aceso as informações disponíveis e, por certo, um meio de aproximar educandos e educadores que como dizia o 'andarilho da utopia', faz de ambos, seres simbióticos onde o ensinar e o aprender se confundem em profundidade.

Aproximar cultura, educação, comunicação e tecnologia e corresponder nas praticas de transferência de conhecimento ao que Edgar Morin e sua Carta da Transdisciplinaridade produziram para nos guiar neste complexo universo do progresso humano.

Abraçar o plural, aceitar o novo, acatar os princípios que como ensina o hexagrama do poço chinês do I Ching, sempre estará no mesmo lugar, não importa o cenário que ao seu redor se produza e se transforme. Assim, nossa intenção em produzir, se podemos dar foco nesta narrativa, os produtos culturais interativos e no sentido freireano de criar ambientes cinéticos como a vida e, aproveitando a sabedoria do cotidiano, soma-lá aos instrumentos digitais participativos.



O teste experimental que fizemos em João Pessoa com cem famílias do programa Bolsa Família utilizando a TV Digital Interativa, aberta e gratuita, é a prova incontestável, como comprovam os dados levantados pelos pesquisadores do Banco Mundial e que serão socializados hoje, 23/04 em Brasília, de que se pode realizar com sucesso projetos que possam atingir objetivos maiores de aproximação como forma de diminuição expressiva da brecha existente entre os diversos segmentos populacionais no Brasil.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A era do consumidor e o protagonismo na escolha. Estamos preparados?

Você já pensou como estão as relações humanas passados vinte anos do lançamento da Rede Mundial e da evolução das mídias sociais ? Obviamente, falta perspectiva histórica para termos a compreensão da dimensão completa  diante das profundas mudanças que estão ocorrendo. 

Mas já é possível percebê-las. A intensidade das quebras de paradigmas e nas mentalidades já preconizam um novo ambiente de coexistência entre a oferta de inovações tecnológicas e seus agregados, os dispositivos, sejam portáteis, moveis ou fixos.

As pessoas já consomem o que lhes interessa e recebem as informações da maneira que lhes parece mais conveniente. Hoje não se pode afirmar que um serviço X será mais competitivo e que uma tecnologia seja matadora sem perceber se um grupo majoritário de indivíduos escolheu para suas necessidades esta ou aquela tecnologia sem risco de erro

As empresas estão criando centros de discussão onde o consumidor é o grande Guru e, por vezes, o elemento chave na concepção de produtos que possam ler os hábitos individuais e arriscar torná-los coletivos. Quebrou-se o conceito de escala industrial, pois como os consumidores tem hábitos diferenciados tem-se que estimar medidas e que personalizar ofertas. 

Esta a industria preparada para a era do consumidor? Tudo leva a crer que o mercado tem se esforçado para obter resultados no que se chama de cenário disruptivo. 
Mas estamos preparados na universidade para ensinar, estabelecer praticas pedagógicas que possam fazer frente a esta realidade que se transforma em ritmo alucinante? 

Reunidos em Salvador, pró-reitores das universidades publicas brasileiras discutiram no seminário de educação e cultura nas Universidades este e outros temas relevantes da contemporaneidade.A preocupação é evidente. Muitos palestrantes, porém ainda a minoria, revelaram seu desconforto com os novos paradigmas de comportamento revolucionário imposto a sociedade e as mais jovens em razão das ofertas tecnológicas e tornam a cauda longa um conceito vamos dizer, ultrapassado, modificado por estas disrupturas físicas e/ou digitais

Ha muito o que aprender, planejar, propor. Mas é necessário incluir os temas certos e não ter receios. Ouvir os jovens é uma dos caminhos mais acertados.  

Vamos ouvir a quem esta dando as cartas. O indivíduo deste novo tempo camaleônico e transdisciplinar.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Você quer saber das novidades do Parque do Futuro na NAB? Então fique a vontade

Estabelecido em 2009, o Parque Internacional de Pesquisas é um centro onde durante a feira da NAB em Las Vegas são apresentados as tendências para o futuro das comunicações por radiodifusão e sobre a convergência de plataformas e tecnologias digitais.

Neste ano de 2013 uma série de inovações como não se via há alguns anos causou frisson nos visitantes. A começar pelas apresentações dos conteúdos e tecnologia 4K e 8K para transmissão de sinais para ambientes audiovisuais, o sistema sonoro com 22.2 canais, a transmissões multi-tela, white spaces (tecnologia de busca inteligente de espaços em branco de frequência), fluxo de dados inteligentes, estacões de trabalho com arquivos embarcados, HTML5, sistemas de avisos de catástrofes e muito mais.

A NHK, empresa pública de TV do Japão e que possui um dos mais sofisticados e aparelhados laboratórios de pesquisa para radiodifusão e telecomunicações em todo o mundo, além de apresentar seu produto 8K SHV (Super Hi Vision), objeto de uma publicação anterior deste ABFDigital , trouxe para a admiração dos aficionados de tecnologia presentes a NAB as câmeras de estúdio de 120Hz recentemente desenvolvidas para o sistema SHV e ferramentas de produção para o sistema de formato de aúdio 22.2. 



Também produtos para a convergência entre radiodifusão e banda larga foram apresentados dentro do serviço Hybrid Cast. Mas, com certeza, o show ficou por conta da demostração, a primeira realizada fora do Japão do sistema SHV e que utilizou canais de TV operando em 6Mhz. Vale lembrar que o sistema SHV com 7680x4320 pixels tem resolução de imagem 16 vezes superior ao HD

A empresa de pesquisa sul-coreana ETRI ( Eletronic and Telecommunications Research Institute ) também, desenvolveu tecnologia para o sistema 4K que possibilita a transmissão tanto para aparelho de recepção fixos como para os portáteis e móveis,  estes com resolução HD  na mesma operação multiplexada. 

Outra novidade ETRI foram os chamados "sound bar" que com seu sistema de auto-falantes em cima e em baixo do aparelho de TV apresentam resolução no sistema 22.2  para tecnologia de imagens em 3D além de uma Smart TV (TV conectada) preparada com base de software HTML5 que pode prover telas individuais personalizadas para cada membro da família. Surpreendente, não?

Outra incrível novidade é o controle remoto espelhado que com um dispositivo sensível ao toque de mão  prove uma representação da imagem simultaneamente apresentada num grande e fixo aparelho de TV mesmo que não tenha dispositivo de tela sensível ao toque de mão na sala e igualmente possibilitando o uso remoto que interage com outra TV como se você a estivesse tocando, mas operando a uma distância bem confortável usando este dispositivo de toque como sistema proxy.



Ficamos devendo as novidades europeias e dos laboratórios acadêmicos que vão ficar para uma futura e breve postagem.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

H-265 ou HEVC. Um novo código para por mais dados em menos espaço e com mais qualidade em TVs e em celulares.

Quando a Samsung, em março deste ano,  a  empresa coreana de tecnologia revelou seu novo smartphone de ultima geração, o Galaxy S4, a maioria dos aficionados sul-coreanos focaram sua atenção neste dispositivo de cinco polegadas de espessura,  1920 x 1080 pixels na tela, seu processador-mãe quad-core   e sua câmera fotográfica digital de 13 megapixels.

Muito impressionante, sem dúvida, mas apenas etapas incrementais na  corrente evolução dos smartphones. Mais inovador, com certeza,  são as promessas de implantação da tecnologia conhecida como HEVC nestes aparelhos integrados.

HEVC é a abreviatura para High Efficiency Video Codding, ou Codificação de Vídeo de Alta Performance. É, na verdade, o sucessor para a tecnologia utilizada permitir a disponibilização de videos empacotados nos discos com tecnologia Blue-Ray e distribuída em irradiações de TV digital em Alta Definição em todo o mundo. O padrão atual é o H.264 ou MPEG 4 ou ainda Advanced Video Coding  (AVC).


Então não será nenhuma surpresa  se o HVEC  tornar-se em breve conhecido como H.265, ratificando a versão deste padrão no final de 2012.  Isto, verdadeiramente, é só uma formalidade. A União Internacional de Telecomunicações, UIT, em cujo registros e recomendações repousa a série H e seus parceiros nas questões audiovisuais, o ISO/IEC Moving Picture Experts Group (MPEG) já deram, ambos sua aprovação ao HEVC. 

Isto significa que que montadoras como a Samsung e fabricantes de chips como a californiana Broadcom, provedores de conteúdos como a Orange France além dos operadores de serviços de telefonia móvel como a NTT DoCoMo do Japão podem anunciar produtos com sa incorporação da tecnologia HEVC resguardado na ciência de que este standard terá ainda que ser complementado em alguns poucos detalhes.

O estágio atual do H.265 levou três anos para se configurar, embora o trabalho exploratório na evolução do H.264 datem de 2004. Isto mostra como a decisão sobre a escolha do código de compressão de vídeo da TV Digital no Brasil foi acertada pois escolheu em primazia em todo o mundo  o uso desta tecnologia, aquele momento  inovadora, já em 2006. 

Só para conhecimento:  o H.265 entregará um frame (quadro) com a mesma qualidade de percepção pela visão humana, mas usando apenas 50% do volume dados transmitidos acrescidos do uso de apenas 50% do  espaço de banda original. 

H.264  pode facilmente despejar imagens na resolução 1920x1080  pixels na velocidade de 30 frames por segundo em modo progressivo, isto é, frame a frame, mas não suportaria as resoluções em 4K  com 3840x2160 pixels e definitivamente deixado de lado quando se trata de resoluções em 8K com 7680x4320 pixels, padrão definido como Ultra HD Pictures (Videos em Ultra Alta Definição)

Para este avanço está concebido o padrão HEVC ou , como queiram MPEG5  ou H.265 que deverão tornar acessíveis estas resoluções para todos os dispositivos, sejam telefones celulares conectados através da tecnologia 4G LTE, sejam tablets ou aparelhos de Televisão Digital.

A revolução digital não para. A Nova ordem tecnológica está sendo implantada e resta saber se para o uso da melhora das reações sociais em todo o mundo, diminuindo diferenças, oferecendo conhecimento e informação ou se apenas se está pensando nos negócio em si.

Siddhartha Gautama estava certo. O caminho perfeito é o do meio.  


Marco Legal da Internet. Discussão Já!!

O projeto de lei 2126/2011 – mais conhecido como Marco Civil da Internet é foco de debates em Brasilia esta semana a começar por um seminário organizado pela Abert e a Fundação Getúlio Vargas especificamente sobre o tema. 
O relator do projeto na Câmara, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), criticou o engavetamento dessa discussão pelo Legislativo alertando para o possível emparedamento da iniciativa o que seria um frande desserviço ao País.  Conforme publicado no portal especializado Convergência Digital, o deputado Molon alertou para esta situação desconfortável: “É importante falar desse projeto e cobrar da Câmara sua votação para impedir o esquecimento, o grande inimigo de agora. Enquanto não for votado, quem perde é o Brasil. Perde novos investimentos na Internet, perde novas empresas, perde novos investimentos, perde a inovação, perde a livre concorrência. Perdem os usuários na sua privacidade, no seu direito à liberdade de expressão”

(Google Images)
Cabe ressaltar que embora tenha havido uma promessa formal do novo presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, de que o projeto voltaria à pauta antes do fim de abril, nenhum movimento aconteceu. A iniciativa da Abert claramente se soma a retomada do grupo liderado pelas Empresas Globo de pautar as questões referentes a convergência tecnológica, visto que a radiodifusão tem perdido muito tempo e espaço nesta batalha pela manutenção do poder nas discussão dos novos modelos de negócio

As questões cruciais do projeto e que tem causado frisson nos diversos setores interessados versam sobre as questões legais do controle e liberdade de expressão, nos novos modelos de negócio baseados na disruptura dos paradigmas apresentados pelo uso das novas plataformas digitais de modo individualizado e na interoperabilidade de sistemas, além, claro, da recorrente discussão sobre neutralidade de rede, a criação de um orgão multistakeholder (com integrantes de diversos setores de apoio) que coordene as politicas internacionais sobre o uso efetivo da Internet, os postos de troca de tráfego, armazenamento de dados dos indivíduos e empresas por entes privados e outros temas que formam o guarda-chuva sob o qual repousa o Marco Civil da Internet.

É impressionante que num mundo em transformação, cujos movimentos são extremamente rápidos a ponto de por em cheque postulados considerados como basilares para a economia como, por exemplo, as regras oferecidas por Joseph Schumpeter e sua desagregação industrial baseado nas ondas tecnológicas que como verdadeiros tsunamis, chegam de modo vassalador arrastando estruturas de produção estabelecidas tem na atualidade, os seus conceitos e métodos agora substituídas pelas condutas disruptivas nas quais quem dão as cartas são os indivíduos conectados.

São estes que estão a criar suas próprias plataformas digitais a partir das ofertas que encontram, criando novos modelos de uso, escolhendo suas preferências sobre este ou aquele conjunto de serviços que hoje se multiplicam neste universo cada vez mais complexo da informação digital. 

Exemplos destes novos comportamentos se estabelecem como tendencia como , por exemplo, o cord-cutting 
(corte dos cabos) que faz os jovens conhecidos nos EUA como millenials, faixa etária dos 15 a 35 anos , utilizem seu televisores conectados à Internet para ligarem-se aos serviços de Video On Demand (VOD) ou Over the Top (OTT) e assim baixarem seus conteúdos audiovisuais preferidos como filmes e especialmente as séries oferecidas nestas plataformas e preferindo preferindo ver noticiários 'ao vivo' e outras programações na TV Aberta (free-to-air) sem ter custos adicionais com a subscrição dos serviços de TV por assinatura. 

Diga-se que os últimos dados da pesquisa de preferência de mídias divulgada na NAB em Las Vegas apontou que 16% dos estadunidenses vem TV Aberta contra um percentual de 9% medido em 2011 pela Nielsen. 

Fazem falta a presença de nomes como Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Otto Lara Rezende, Henfil, para dar um tom  mais abrangente a esta discussão que tem as pessoas como centro nevrálgico, todavia postos meramente como consumidores enquanto estes mesmos dão mostras veementes de que não aceitam mais esta subordinação aos acordos puro e simples de lançamento de produtos e de novas tecnologias.

Vamos discutir sem medo. O tempo não para como diria Cazuza que por certo, se estivesse vivo, traria para nós algumas composições que, com seu talento e sensibilidade inegáveis, debateriam musical e poeticamente este tema crucial da sociedade moderna e do qual nós brasileiros não podemos ficar apartados.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Disruptura. Você entendeu o termo? Não? Então venha saber o que é

Uma obra fez alcançou enorme êxito entre lançamentos literários na NAB, em Las Vegas, EUA, durante a semana que findou.

Trata-se do best seller "Digital Disruptive" de James McQuivey cujo subtitulo: 'desencadeando a nova onda de inovação' expressa com acerto a proposta do autor em discutir os novos parâmetros de modelos de negócio, dispositivos e consequentes mudanças de comportamento da sociedade diante do que esta se tornando a palavra da moda, transformações disruptivas.



Mas do que se trata esta revolução disruptiva?
O exame em profundidade das inovações e da mentalidade criativa dos meios em geral requerida pelas industrias como base para a satisfação  das audiências ao lado do crescimento da demanda por serviços individualizados geram mostram que os modelos de produção devem ser tão inovativos e flexíveis quanto os caprichos dos indivíduos no momento da aquisição de serviços e produtos.

A revolução digital em andamento através dos meios virtuais está, na atualidade, no estágio 'disruptivo' de acordo com o autor McQuivey. Ele insinua: " Não tema esta disrupção " , se  me permitem o anglicismo. "Este processo disruptivo é bom", acrescenta. "Os produtores de conteúdo e distribuidores de produtos audiovisuais devem obter vantagens deste novo vetor de consumo produzido de modo bem expressivo atrás destas mudanças radicais de comportamento e que estão acontecendo em velocidade muito rápida".

O autor propõe que a palavra de ordem seja: "seja disruptivo, quebre os conceitos, ouse criando diante do que não foi oferecido, produza protótipos e novas idéias estudando as necessidades e possíveis lacunas existentes para oferecer o inusitado". 

As redes de infraestrutura quanto os dispositivos devem ubíquos, ou seja, alguma coisa ou alguém que está ao mesmo tempo em toda a parte ou  sob o ponto de vista computacional, seria a capacidade de estar conectado à rede e fazer uso da conexão a todo o momento. Sintetizando sua proposta o pesquisador da Forrester Research afirma que "Estas estruturas onipresentes que os consumidores têm assimilado tão rapidamente formaram novas plataformas digitais através das quais as empresas de qualquer setor podem fornecer valores e produtos para estes públicos"

Será que a mentalidade inovadora, disruptiva, chegou ao Brasil? Será que o uso desagregador, disruptivo, que leva a tudo a outras direções e resultados está no âmago dos nossos executivos na industria da comunicação, na radiodifusão e até nas telecomunicações?

Vale a pena refletir sobre, você não acha? Porque se resposta for negativa, estamos com problema Houston!!!!!

terça-feira, 16 de abril de 2013

8K. Você sabe o que é esta nova tecnologia para ver TV?

Você sabe qual foi a maior sensação da feira de tecnologia de radiodifusão, a NAB, em Las Vegas?

Claro, foi a tecnologia de transmissão e recepção para conteúdos audiovisuais digitais,  8K, ou como é anunciada pela empresa estatal de TV japonesa, NHK, o SUPER HI-VISION.
E o que esta tecnologia que, por certo, será a nova geração de irradiação da TV Digital tem de novo?

Bom, as pesquisas do Super Hi-Vision começaram em 1995, mas somente em 2005 aconteceu sua primeira experiência pública na Feira de Aichi no Japão. Já em 2005, na própria NAB, a primeira transmissão indoor foi acompanhada através de um display.

Em 2012, o teste foi bastante significativo. O Super Hi-Vision foi utilizado para transmissão nas ruas de Londres durante os Jogos Olímpicos num esforço conjunto entre as emissoras NHK e a britânica BBC
Neste mesmo ano, o Super Hi-Vision torna-se tecnologias de transmissão de sinais digitais audiovisuais recomendado pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) com o protocolo BT.2020

O Futuro: em 2016, as transmissões das Olimpíadas do Rio de Janeiro serão recebidas por receptores em todo o mundo via satélite. E a previsão das transmissões terrestres devem se iniciar no Japão no ano 2020. 

O Super Hi-Vision é , na verdade o avanço da engenharia de TV que oferece 33 megapixels, numa relação de 4.320 pixels em linhas verticais e 7680 pixels, em linhas horizontais e comparado com o 2K, que é na verdade o sistema HD, em implantação na TV Digital no Brasil, tem uma relação exponencialmente maior já que o sistema HD apresenta 1.920 linhas verticais e 1080 linhas horizontais.



Enquanto o HD oferece uma oferta de som que pode utilizar a tecnologia com o sistema  multicanal 5.1 , na plataforma Super Hi-Vision a oferta de som se dará num patamar de sistema multicanal de 22.2 . Já imaginaram a eficiência?

Eu pode ver, no estande do futuro montado na ala norte da NAB, as demonstrações do sistema. Sua performance de áudio e video é esplendida. Um,a corrida, como a final dos 100 metros rasos em Londres 2012, vencida pelo flash man Usain Bolt, é possível perceber no último degrau das arquibancadas do estádio, ao fundo da imagem e com uma nitidez soberba, os detalhes perfeitos dos rostos e roupas dos assistentes. 

De fato, este ´um esforço do STRL  (NKH Science and Technology Research Laboratories), o Instituto de Pesquisa em Tecnológica da  NHK e que é especializado em investigações sobre o futuro da radiodifusão. E que já prometeu para o segundo semestre deste ano, oferecer o Super Hi-Vision em seus projetos de  TVs Hibridas, ou seja, as que recebem sinais tanto pelas plataformas terrestre de radiodifusão como pela de Internet 

Ou seja, se constroem tecnologias para o futuro onde a este tempo, se prevê com a nitidez e planejamento tipico dos nipônicos, a convivência intensa entre TV e Internet. Realidade esta que está cada vez mais se configurando nos países onde a banda larga chega a todas a casas. O aparelho de TV continua cada vez mais sintonizando programações abertas ou da TV paga. 

E no Brasil? Por aqui, a intensa busca, legitima por sinal, da oferta universal de banda larga, talvez possa converter-se, de acordo com as decisões que tomemos, num processo que inviabilize o caminho progressivo da tecnologia da TV Digital. 

Mas ela está aí e é maravilhosa.     


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Novo telefone celular japonês oferece até 30 canais na telinha.

A MMBi, uma empresa que surgiu em janeiro de 2009 no Japão para atender o dispositivo do Broadcast Act (a Lei de Radiodifusão) que por sua vez, criou a figura do modelo do operador de radiodifusão terrestre para recepção móvel, lançou na feira da NAB (National Association of Broadcasters ) realizada na última semana em Las Vegas, EUA um aparelho celular sui generis que não apenas realiza o sonho do público em ter em seu dispositivo móvel, várias programações de TV, TV a Cabo e Video On Demand como avança na distribuição destes sinais pelo ar, ou seja, sem passar pelas redes das empresas de telefonia, criando novas fontes de recursos para os radiodifusores japoneses.


Este novo ecossistema móvel foi apresentado pela NOTTV que é, de fato, a empresa de radiodifusão com quem a MMBi, operadora do sistema, tem um acordo para prestação do serviço multi multimídia por radiodifusão terrestre.

Como a foto acima comprova, os celulares estarão prontos a receber os sinais de até trinta programações diferentes simultaneamente. Este é um serviço que apesar de ser enviado por radiodifusão como assinalamos, é pago. Ou seja, você assina  e recebe o código que lhe permite ter em sua telinha os conteúdos oferecidos, de filmes, séries, programas de TV por demanda e , claro, TV ao vivo. No Japão já são 700.000 anunciantes, como afirma a NOTTV.

O que não quer calar em nossa garganta: Porque a radiodifusão brasileira não luta para ter este serviço regulamentado no País?  Obviamente, teríamos que modificar a lei de comunicação em vigor que data de  1962. E, portanto, abriríamos a oportunidade de discutir outros pontos do citado diploma legal como propriedade cruzada, exclusividade de produção de conteúdos, direito de resposta, etc.

Na verdade hoje a lei obriga que a programação exibida por radiodifusão para os receptores fixos seja a mesma a da exibida nos celulares. Não se permite multiprogramação privada. Há muitos interesses em jogo.

Mas, vamos combinar, que grande chance a radiodifusão está perdendo em poder oferecer um serviço multiplataforma dentro do seus domínios da transmissão pelo ar sem pedir a benção as empresas de telecomunicações. Não dá para entender.

É, pessoal, os japoneses de lá são melhores que os nossos.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

URGENTE. Fórum SBTVD quer o adiamento da consulta pública sobre os 700MHz.


Reunido hoje em São Paulo,  o Fórum SBTVD, que cuida das harmonizações e as questões técnicas sobre a implantação e padronização da TV Digital no País, discutiu proposta que recai sobre o adiamento da consulta pública sobre a questão do uso das frequências de UHF alto

(Google images)

Segue o texto, na íntegra:
Abaixo segue proposta para o pedido do adiamento da Consulta Pública 4G

Entendemos como inconteste a importância da implantação dos serviços de banda-larga no País, entretanto mostramo-nos preocupados com os possíveis efeitos que a interferência mútua poderia causar em determinadas circunstâncias; tanto nos dispositivos LTE/4G como nos receptores de TV Digital sugerimos o adiamento da Consulta Pública até que testes laboratoriais e de campo sejam realizados, e que, a partir dos resultados se possa identificar os possíveis potencias problemas de interferência mútua e ao mesmo tempo que soluções para mitigá-los tenham sido estudados; 

Uma análise estritamente teórica indica possíveis interferências nos receptores de TV Digital provenientes tanto das ERBs assim como, nos piores casos dos dispositivos portáteis 4G. As interferências nos receptores de TV Digital podem ser originadas tanto pela irradiação das estações bases ERBs, assim como pelos dispositivos terminais LTE, tais como; Dongle USB para internet, Modems ou dispositivos hand-held, 
mas não limitados a estes. 

Teoricamente é sugerido que a interferência dos dispositivos terminais deva ser os mais problemáticos por estarem muito mais próximo aos receptores ISDBT que em determinadas condições pode sobrepor-se ao sinal DTV terrestre causando alguns efeitos possíveis, tais como; interferência com degradação significante no som e imagem por meio de surgimento de artefatos (falhas em pixels) ou interrupção do som, imagens congeladas ou pretas, ou ainda, nos piores dos casos a perda por completo do sinal. 

Tal interferência pode ocorrer tanto na TV aberta como na TV Digital por cabo.

Para que se chegasse a esta conclusões, na avaliação teórica foram levados em consideração os seguintes aspectos técnicos;
a. Todos os televisores fabricados até esta data, assim como todos os que serão fabricados até 2018 contemplam a sintonia dos canais até o 69, o que deixa um gigantesco parque instalado;

• Mesmo tendo sido anunciado que em 2015 está previsto o switch off  analógico em aproximadamente 800 dos mais de 5.500 municípios brasileiros e a consequente reorganização do espectro para a reacomodação da banda-larga, a indústria não teria como produzir e distribuir aparelhos de forma segmentada por municípios e mesmo que fosse possível teríamos ainda um enorme parque instalado o qual deixaria um enorme legado ao qual seria necessário encontrar contramedidas para as possíveis interferências;

b. A realocação dos canais de TV digital terrestre para acomodação do espectro de banda larga tem por premissa o efetivo emprego dos canais na banda de VHF, que pode trazer como consequência a instalação de antenas VHF e UHF. Por outro lado, é importante considerar que os receptores portáteis de TV Digital 
em quase toda a sua totalidade não dispõem de recepção VHF.

c. A grande maioria dos receptores produzidos apresenta ainda um agravante, quando o tema é LTE, de utilizarem silicon tuner em suas soluções construtivas; estes componentes apresentam LNA que cobre toda a banda de UHF e assim não oferecendo qualquer atenuação para os canais ocupados pela LTE. Embora já esteja em desenvolvimento tuners com maior imunidade às interferências 4G na banda do dividendo digital, a implementação desta solução apenas será possível após 2018 quando houver a completa transição para a TV Digital e a completa reorganização dos canais.

d. No Art. 9º do anexo à Consulta Pública define que; “O nível máximo de emissão de espúrios nas faixas de 54 MHz a 118 MHz, 174 MHz a 230 MHz e 470 a 698 MHz deve ser de, no máximo, -47 dBm, medido numa faixa de resolução de 100 kHz”. Neste quesito cabe destacar que a sensibilidade dos tuners atuais já chegam ultrapassar a marca dos -100dBm, mesmo que a especificação ABNT-NBR 15.604 defina uma sensibilidade mínima de -77dBm. Além disso, nenhuma restrição é feita à FI (44MHz)

e. Para os usuários que se utilizarem de antena interna a interferência dos dispositivos hand-held nos receptores de TV Digital é entendido pela analise teórica como que inevitável;

f. Para os receptores com antena externa uma das soluções encontradas 
atualmente é a instalação de filtros para atenuar a faixa de frequência ocupada 
pelo 4G, entretanto;
• Para TV Digital aberta deverá apresentar restrições ao introduzir atenuação aos canais próximos à faixa de frequência do filtro, podendo em determinadas circunstâncias deixar de receber estes canais depois de instalado, ou seja; a eficiência do filtro dependerá essencialmente da situação local específica;
• Mesmo com o emprego de filtros, se houver blindagens ineficientes entre a antena e o tuner, estes filtros serão de pouca eficácia.
• Por outro lado, para os receptores que também recebem TV Digital por cabo não serão possíveis a aplicação desses filtros por estarem ocupando a mesma faixa de frequência da LTE. A solução para este caso prevê-se custos elevados, pois pode demandar a substituição de todos os elementos, tais como; cabos de conexão, modem 4G e até mesmo o receptor de sinal de TVD.
• Outra alternativa seria a substituição das antenas do tipo omnidirecional por antenas direcionais, entretanto para esta solução em determinadas regiões serão demandadas diferentes antenas para localizações diferentes das torres de transmissão tanto em UHF como em VHF.

Nota-se que por teoria é esperado que tais interferências possam ocorrer por fatores distintos e que em muitas vezes seja bastante difícil determinar a origem real. Teoricamente seria possível concluir, por exemplo, que em um prédio residencial alguns apartamentos fossem afetados pela interferência enquanto 
outros não. 

Claro que as eventuais interferências poderiam ser eliminadas, mas para tanto se tornaria necessário buscar a origem exata do fenômeno e aplicar diferentes soluções para cada caso, já que seria necessário levar em 
consideração a intensidade do sinal ISDBT recebido, situação de difusão e recepção dos dispositivos LTE, cabos de conexão, antena entre outros não menos importantes. Estudos realizados nos países onde o 4G foi implantado ou em fase de implantação demonstram que existem apenas medidas, muitas vezes de difícil 
operacionalização, para mitigar o problema.

Fórum SBTVD. 
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