terça-feira, 28 de abril de 2015

Governo diz a teles e TVs que vai exigir caixas interativas

Governo diz a teles e TVs que vai exigir caixas interativas
terça-feira, 28 de abril de 2015, 20h47 


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O ministro das Comunicações Ricardo Berzoini esteve nesta terça, 28, com radiodifusores e empresas de telecomunicações. Em reuniões separadas, sinalizou para os dois setores que a posição do governo é para que o Gired (Grupo de Implantação da TV Digital) estabeleça como parâmetro para a caixinha de TV digital o modelo mais avançado, com capacidade de interatividade plena pelo padrão Ginga C, canal de retorno por meio de rede 3G e que seja compatível com aplicações como as demonstradas pela EBC no Projeto Brasil 4D, que incluem recursos de governo eletrônico e interatividade com a programação. Além de Berzoini e a equipe do Minicom, estavam nas reuniões o presidente da Anatel, João Rezende e o conselheiro Rodrigo Zerbone (presidente do Gired).
As reações dos dois setores foram igualmente parecidas. Os radiodifusores estão extremamente preocupados que essa posição acabe gerando um aumento de custo que comprometa substancialmente outras etapas do processo de desligamento da TV digital. A maior preocupação é que falte recursos para a mitigação de interferências, compensação aos investimentos feitos, logística e publicidade. Segundo fontes do setor de radiodifusão, a maior dificuldade é que o governo quer bater o martelo sobre o tipo de configuração de caixa sem ter uma dimensão real do custo. Os valores, dizem os radiodifusores, variam muito nas diversas configurações orçadas pelo governo, de US$ 38 a quase US$ 80, e ainda há o fator câmbio. Lembrando que essas caixas serão distribuídas gratuitamente para cerca de 12 milhões de beneficiários do Bolsa Família e que a ideia do governo é desenvolver serviços de governo eletrônico para essa faixa da população. Se originalmente as estimativas eram de um gasto de R$ 1 bilhão na aquisição das caixas, esse valor pode facilmente saltar para R$ 2 bilhões, o que é quase dois terços do orçamento da EAD (Empresa Administradora da Digitalização, que comprará e distribuirá os equipamentos).
Mas, afinal, um modelo interativo não interessaria também à radiodifusão como forma de enriquecer seu conteúdo? Os radiodifusores dizem que sim, e não admitem nenhum receio de uma mudança no modelo de negócio, mas voltam a bater na questão dos custos como uma preocupação, daí a defesa veemente da caixa mais simples.
Teles
Entre as empresas de telecomunicações, a leitura da reunião com o governo foi outra. Primeiro, ficou uma mensagem ruim de uma intervenção do Executivo no processo, que vinha sendo negociado pelo Gired tecnicamente.
Depois, existe uma preocupação de que se esteja adicionando uma complexidade técnica mais difícil de ser administrada, com a manutenção posterior dos equipamentos, vulnerabilidade de segurança, a dificuldade de uso e os riscos de mau-funcionamento.
Há entre as teles, é claro, a questão do custo: para as teles, o princípio fundamental é fazer a migração da TV analógica para a digital (liberando o espectro de 700 MHz) dentro do prazo e sem gastar nada além dos R$ 3,6 bilhões já previstos para isso. Aumentar o custo da caixa agora (nas contas das teles ela sairá, na especificação do governo, por cerca de US$ 60) significa ter menos recursos para gastar depois. Isso significa cortar despesas sobretudo em publicidade.
Mas para as empresas de telecomunicações há um efeito positivo na imposição de modelo que o governo está fazendo. Elas entendem que essa especificação mais sofisticada da caixa não estava prevista na modelagem da Anatel quando elaborou os valores do edital de 700 MHz. Como estaria havendo, agora, uma quebra das premissas originais, haveria um argumento jurídico para brigar contra a exigência de qualquer aporte financeiro adicional no futuro, na leitura das teles.
Fontes do governo acham que é possível ainda construir um entendimento pacificado no Gired na reunião que acontecerá nesta quarta, 29, mesmo com a determinação de que se tenha uma caixa mais avançada. Há o entendimento de que a interatividade é parte do Sistema Brasileiro de TV Digital e que seria insustentável ao governo não exigir isso na caixinha que será distribuída para a população de baixa renda. Também há a leitura de que não haverá grandes impactos no orçamento, já que o valor previsto quando o edital de 700 MHz foi elaborado era muito similar ao que se imagina chegar.

Entidades reforçam luta pela interatividade na TV digital

Entidades reforçam luta pela interatividade na TV digital

A batalha pela democratização e acesso à comunicação no Brasil envolve diversas entidades e agentes sociais, esse mesmo movimento tem encabeçado mais uma luta: a do acesso à TV digital interativa. Em 2016 o Brasil começará o apagão analógico nas cidades de mais de 1 milhão de habitantes, os que não tiverem caixa de conversão para o sistema ou um aparelho mais moderno de TV, não terão acesso à tecnologia.


 
 

No próximo dia 29 de abril, na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), será definido o tipo de caixa conversora que serão doadas para as 14 milhões de famílias do Programa Bolsa Família (algo em torno de 60 milhões de pessoas) e também aquelas que chegarão ao mercado para os demais brasileiros. O objetivo é que o acesso a interatividade seja reconhecido e garantido, defedem as entidades.

De acordo com informações da Anatel, os telespectadores brasileiros devem ficar atentos ao calendário que estabelece o fim gradativo das transmissões analógicas da TV aberta. Se a televisão é antiga, daquelas grandes, de tubo, será preciso trocá-la por uma nova ou adquirir um conversor de TV Digital e, possivelmente, uma antena apropriada, preferencialmente externa, até a data de desligamento do sinal analógico para garantir a recepção da TV Digital.

Defesa da interatividade

Pensando nisso, a academia e os movimentos sociais impulsionam onda para barrar o modelo defendido pelas empresas de radiodifusão - Abert, Globo, Band, - e de telefonia móvel - que ganharam o edital dos 700 mhz - querem que seja uma caixinha simples, que apenas melhore o som e a imagem.

A pesquisadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Católica de Brasilia (UCB), Cosette Castro disse ao Vermelhoque tanto a academia como os movimentos sociais defendem que a caixa de conversão do sistema analógico pra a TV digital tenha interatividade. Ele lembra que hoje "110 milhões de brasileiros que não têm acesso a internet necessitam do nosso apoio. Se ficarmos de braços cruzados, esses brasileiros de baixa renda vão seguir sendo social e digitalmente excluídos".

O que você precisa saber para entender e apoiar:

1. A interatividade/Ginga é um projeto dos prof. Fernando Gomes, PUC-RJ, e Guido Lemos, da UFPB, desenvolvido em código aberto, que possibilita o diálogo com as empresas de TV abertas a partir do controle remoto que todos temos em casa. Isso significa o fim da passividade na TV aberta.
A interatividade é grátis e fácil de usar, mas quando as empresas de radiodifusão falam da TV digital só divulgam a melhora de som e imagem, pois já ganham bastante dinheiro no mercado como está.

2. Esse modelo de TV digital interativa (TVDi) permite que as pessoas que não têm acesso a internet - 56% da população - ou seja, 110 milhões de brasileiros, possam aproveitar serviços públicos na TV que possuem em casa usando a caixa de conversão pro sistema de TVDi.

3. Como 98% dos brasileiros têm ao menos 01 aparelho de TV em casa, é possível promover a inclusão social e digital, sem ter de esperar a universalização da internet. São projetos paralelos, onde a TV digital aberta a interativa ajuda a população de baixa renda.

4. O modelo brasileiro de TV digital aberta com interatividade foi considerado o melhor do mundo pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), e 17 países adotaram o mesmo modelo. 
Ou seja, o Brasil é referência no mundo, mas os brasileiros não sabem disso e nem conhecem o recurso da interatividade.

5. A interatividade permite o uso da multiprogramação nas TVs públicas . Isto é, a partir de um mesmo canal digital original podem ser criados pelo menos 04 subcanais (canal 1, canal 2, canal 3, canal 4). Você já imaginou ter um canal de noticias 24h, um canal de esportes, um canal de cinema nacional e latino-americano e um canal infantil totalmente gratuito na TV digital aberta?

6. Mais canais significa mais programação, mais diversidade e mais empregos na área de Comunicação.

7. Você defende a democratização dos meios de comunicação? Então ajude a estimular a criação de novos canais com interatividade nas TVs públicas.

8.A caixa de conversão do modelo analógico para o digital com interatividade custa apenas 4 dólares a mais que a caixa de conversão comum. 
Por que será que os representantes das empresas de Radio e TV e das empresas de telefonia móvel são contra a interatividade??

9. Você sabia que a presidenta Cristina Kirchner, da Argentina, que comprou briga com o Grupo Clarín pra democratizar a comunicação naquele país, apoiou a TV digital pública e criou 08 novos canais abertos e gratuitos? Além disso, criou 09 centros de pesquisa e produção de conteúdos audiovisuais interativos descentralizados, para estimular os conteúdos regionalizados?
A Argentina é um dos 17 países que usam o modelo de TV digital brasileiro com interatividade. Como diz o ditado popular, em casa de ferreiro, espeto de pau...)

Apoio à campanha:

Esta é uma campanha do campo progressista. Apoie a interatividade nas caixas de conversão e promova a inclusão social e digital
#InteratividadeSim
#InteratividadenasTVsPublicas
#cidadania digital

- Poste fotos com cartazes de apoio a campanha
- Faça videos curtos (15 segundos pro Instagram e até 1'30" pro Facebook
- Comente e defenda a interatividade no Twitter, FB, Instagram, jornais e revistas on line
- Mande mails pros políticos do seu estado
- Escreva artigos e peça apoios para blogueiros 
- Multiplique os videos da campanha
- Peça para os deputados e senadores se manifestarem no plenário
- mande mails para o Ministro Berzoini das Comunicações, pra presidenta Dilma apoiando a interatividade nas caixas de conversão

Entidades que assinam a ação

Comunidade Ginga
Projeto Brasil 4D/EBC
OLAICD/UCB
Frenavatec
Cfemea
Nação Hip Hop Brasil
Barão do Itararé

Do Portal Vermelho
Joanne Mota, com informações das agências


sábado, 25 de abril de 2015

Conselho envia moção de apoio a projeto de interatividade para TV Digital da EBC

Conselho envia moção de apoio a projeto de interatividade para TV Digital da EBC

O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) enviou hoje, 24/04, uma moção de apoio ao modelo do projeto de interatividade criado pela EBC para o presidente da Anatel, o Gabinete da Presidência da República e os Ministros de Estado das Comunicações; Casa Civil; Secretaria de Comunicação Social da Presidência; Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Social; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Secretaria de Direitos Humanos. O texto, aprovado após discussões durante a 55ª Reunião Ordinária do colegiado, apoia a Direção da EBC na execução do projeto Brasil 4D e em suas negociações no Gired (Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV), além de pedir garantias para a interatividade e a multiprogramação do público em todos os canais abertos da TV Digital.


Confira o texto da moção, na íntegra:

O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação - EBC, em sua 55ª Reunião Ordinária, realizada em 15 de abril de 2015, aprovou uma moção de apoio ao modelo do projeto de interatividade desenvolvido pela EBC, denominado Brasil 4D, e ao tratamento isonômico aos canais em multiprogramação na divulgação das ações relativas à transição para o sinal de TV digital. O Conselho apoia, inclusive, as especificações técnicas e gerenciais do projeto Brasil 4D que tem viabilizado uma nova forma de realizar a oferta de informações e serviços públicos aos cidadãos.
Este Conselho manifesta estar ciente da relevância da missão do Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV – GIRED, coletivo este que expressa a autoridade decisória sobre os rumos futuros da faixa de espectro dos 700 MHz.
Na tomada de decisão sobre o planejamento para a elaboração de uma política pública deve-se projetar o alcance de todas as variáveis que se desdobrarão da decisão final da implantação de qualquer política pública, bem como seus potenciais efeitos econômicos, sociais de segurança e, com relevância, a comunicação. Assim, antes de ser um desejo, espera-se eficácia no uso de serviços vinculados às faixas espectrais como o serviço móvel pessoal, radiodifusão e outros.
Quanto ao objeto do Leilão 02/2014, trata-se, pois, do desdobramento de uma política pública que, ao fim e ao cabo, outorga à agentes externos ao Estado o direito de usar a faixa de espectro, contudo reconhece-se que a coisa pública continuará, por força constitucional, sobre o domínio desta mesma instituição. Apesar de ser o objeto do leilão destinado para a exploração comercial, cabe lembrar que, de um lado, o público necessitará do melhor deste serviço e, de outro, ao poder concedente a fiscalização pela eficácia na oferta.
A televisão, o meio de comunicação mais acessado no Brasil, principalmente pela população mais carente, disponibilizará novas potencialidades a serem exploradas por políticas públicas vindouras, conforme versão originária do Sistema Brasileiro de Televisão Digital.
É notório que parte expressiva da população que vive em áreas remotas, distantes de centros urbanos, tendem a estar e a serem excluídas do acesso, às vezes, de serviços públicos essenciais gratuitos de alcance universal, como saúde, educação e segurança, dentre outros, motivados pela indisponibilidade de renda que os permitia acessá-los.
Isto posto, alcança-se, no mínimo, uma potencialidade no desenho da política pública vertida do Edital Anatel 02/2014, a qual poderá preencher parte da lacuna na demanda reprimida por serviços públicos, a partir do uso da televisão digital em duas das possibilidades previstas nos idos da publicação do Decreto 5.820 em 2006, a multiprogramação e a interatividade, dispostas nos incisos I e III, do artigo 6º.
Ressalte-se, pois, que a EBC, com base em seus objetivos de oferecer mecanismos para o debate público acerca de temas de relevância nacional e internacional e de fomentar a construção da cidadania, subsumiu o preceito da interatividade para a televisão digital, com a criação do projeto Brasil 4D.
O projeto, além de confirmar o uso da interatividade, ampliou a sua natureza, não se limitando a gerar interação para os programas televisivos disponíveis na grade de programação da emissora, instituindo também a possibilidade de ser mais um canal de oferta de informações e serviços públicos. Portanto, ampliou as funções do tradicional veículo de comunicação, mantendo sua essência, mas aprimorando-a aos tempos presentes, pois traz consigo a convergência de dois paradigmas no uso do espectro, a radiodifusão e a telefonia celular.
Assim, o Conselho Curador avalia que o projeto foi criado e desenvolvido de forma aderente a um conjunto de diretrizes, pautadas em políticas públicas elaboradas e dirigidas à construção do modelo brasileiro de transmissão televisiva digital, conforme ditames dos Decretos 4901/2003 e 5820/2006 e seus desdobramentos por meio de Portarias do Ministério das Comunicações (482/2012, 481 e 1.481/2014), nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e do Edital Anatel 02/2014.
Vale o destaque de que o projeto Brasil 4D já provou sua importância junto à sociedade em duas ocasiões, em três bairros da cidade de João Pessoa e em duas regiões administrativas no Distrito Federal, com a oferta de informações sobre vagas de emprego, consultas em hospitais públicos, consulta ao FGTS, consulta aos direitos da mulher por meio da Lei Maria da Penha, e em breve, tem-se a previsão de permitir consultas do saldo bancário de contas do Banco do Brasil. Os produtos do Brasil 4D não criam para o cidadão nenhum tipo de ônus, pois faz uso da televisão aberta terrestre e gratuita. E, tampouco, provoca algum tipo de sobrecarga no uso do espectro para a emissora que o tem realizado, a TV Brasil, pois o serviço significa a disponibilização de aplicações de naturezas diversas ao cidadão, requerendo apenas que disponha de um receptor que contenha as especificações presentes no projeto Brasil 4D.
Por fim, trazemos ainda à memória dos tomadores de decisão do GIRED que as especificações presentes nos conversores (set-top boxes) a serem distribuídos aos beneficiários do Programa Bolsa Família deverão considerar também a parcela da população que se enquadra na condição de deficientes físicos, devendo, portanto, contemplar requisitos adequados à sua comunicação. A acessibilidade, quando possível por meio da Linguagem Brasileira de Sinais – LIBRAS, previsto no inciso I, art. 6º do Decreto 5820/2006, não pode estar em desigual condição com todo o processo comunicacional disponibilizado para o restante da população, o que por si só já deveria provocar a definição das especificações dos conversores tais como os necessários para o Brasil 4D.
O Conselho Curador reafirma seu apoio institucional para as especificações do projeto de interatividade Brasil 4D e seu potencial impacto, com vistas a fortalecer junto às autoridades competentes a importância da convergência de tecnologias como forma de contribuir para o acesso a políticas públicas inclusivas. Por fim, o colegiado também defende a necessidade de dar maior visibilidade, nas ações de divulgação de todo o plano de comunicação que está sendo definido pelo Gired, à interatividade e à multiprogramação propiciada pela TV Digital para todos os canais públicos, em igual condição às prioridades definidas pelos radiodifusores comerciais.

Fonte: Secretaria Executiva do Conselho Curador da EBC

Interatividade: surge uma nova televisão

Interatividade: surge uma nova televisão

                                                                                                            André Barbosa Filho-PhD



Depois de quase uma década de implantação da TV digital terrestre, o Brasil vive a última oportunidade de fazer valer as diretrizes do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-Tb) estabelecidos pelo Decreto 5.820/2006, como a interatividade, multiprogramação, mobilidade, portabilidade e interoperabilidade.

No dia 29 de abril próximo, o Grupo de Apoio a Migração Digital (GIRE) estará se reunindo para decidir as principais ações referentes ao investimento dos 3.6 bilhões de reais - contrapartida das empresas de telefonia celular vencedoras do leilão da faixa de 700Mhz.

Estes recursos já foram entregues à Associação sem Fins Lucrativos (EAD), entidade encarregada da compra e distribuição de caixas conversoras digitais para as famílias dos beneficiários do programa Bolsa Família - 14 milhões -, em todo o Brasil.

A EAD é responsável pelo ressarcimento das emissoras de TV que operam ou já tenham realizado investimentos para transmissão digital nos canais 52 a 58 e, igualmente, para o pagamento das campanhas de esclarecimento sobre o cronograma da migração e suas particularidades, em todos os municípios brasileiros.

A campanha inclui, também, recursos para a pesquisa que certificará o número mínimo obrigatório de 93% dos domicílios com recepção do sinal aberto e gratuito da TV Digital, antes do desligamento do sinal analógico. O custo desta campanha, ainda desconhecido, poderá ser um impeditivo financeiro para o avanço de conversores mais robustos e com mais recursos tecnológicos.

Há quem pregue mais dinheiro para campanha e caixinhas conversoras simples, destas que só servem para sintonizar a imagem e som da TV Digital, com acessibilidade restrita e sem os benefícios mais nobres como a interatividade com Ginga, acessibilidade e multiprogramação.

A caixa conversora de sinais digital para TV Digital aberta é um salto de eficiência no acesso das populações de baixa do Brasil ao mundo digital através, por exemplo, da oferta de aplicativos com programas públicos, normalmente só encontrados na internet.

A caixinha não é só para TV, é uma caixinha integradora, convergente, para que esse público enorme, que ainda não tem a possibilidade de receber fibra óptica ou internet fixa, possa usar o canal de retorno 3G ou 4G para acesso à web.

Ao mesmo tempo, apresenta um novo modelo de negócio, uma nova fonte de renda para a radiodifusão. Basta estabelecer modelos de negócios compatíveis com a renda dessas famílias. Para a TV publica, uma oportunidade de exercer o protagonismo, transmitindo conteúdos e dados pela TV, aumentando e qualificando sua programação e audiência.

O detalhe: apenas 44% dos domicilio brasileiros tem internet. E 98% tem televisão analógica.

Desafio: alcançar a meta de 93% da TV Digital gratuita e preparar este meio para a chegada da convergência de plataformas, esperando que no futuro todos os brasileiros tenham banda larga em casa.

Devemos preparar a TV Digital aberta brasileira para oferecer serviços de over the top (OTT) com streaming de dados, transmitido pelo sinal de radiodifusão, gratuitamente. Empresas como Net Flix, Google TV, Apple, Hulu, bastante popularizados nos Estados Unidos, vêm utilizando a TV para oferecer seus conteúdos diretamente aos telespectadores, sem usar a internet.

Um novo tempo para uma nova televisão, convergente, colaborativa, participativa, com o uso pleno da Interatividade. Isso o que que queremos, por isso lutamos.



* André Barbosa Filho é Superintendente Executivo de Relacionamento da EBC, Coordenador Geral do projeto Brasil 4D e PHD em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Gired decide sobre as caixinhas e demais temas da TV Digital

Gired decide sobre as caixinhas e demais temas da TV Digital

Dia 29 de abril próximo, o Grupo de Apoio a Migração Digital , GIRED estará se reunindo para um de seus mais importantes encontros de trabalho onde se decidirão as principais ações sobre os investimentos referentes aos 3.6 bilhões de reais depositados pelas empresas de telefonia celular que obtiveram o aceite de suas propostas durante o leilão da faixa espectral de 700Mhz.

Estes recursos já foram entregues a Associação sem Fins Lucrativos (EAD) formada por estas próprias empresas de telefonia e que é encarregada da compra e distribuição de caixas conversoras digitais para as familias dos beneficiarios do programa Bolsa Familia - 14 milhões em todo o Brasil -. 
A EAD é também responsável  assim como pelo ressarcimento cdas emissoras de TV que estão funcionando em sistema digital nas frequências acima dos canais 52 a 58 ou que ja tenham realizado investimentos em equipamentos de transmissão mesmo sem ter recebido os mesmos e igualmente para o pagamento das campanhas de esclarecimento em todos os municipios brasileiros sobre o cronograma da migração digital e suas particularidades. 

As aquestões dos transmissores e antenas parece bem mais equacionado pois as regras estão bem claras quanto as necessidades de sua implementação, não só quanto ao número de emissoras que possam exercer este direito, como  dos recursos a serem destinados a este fim.

A campanha inclui, também, recursos para a pesquisa que certificará o número minimo obrigatório para a consolidação da cobertura e no meu entender, da recepção de 93% do sinal digital aberto e gratuito da TV Digital. O custo desta campanha, ainda desconhecido, poderá ser um impeditivo financeiro para o avanço de conversosres mais robustos e com mais recursos tecncologicos. 

Há quem pregue mais dinheiro para campanha e caixinhas simples destas que só servem para sintonizar a imagem e som da TV Digital sem oferecer seus beneficios mais nobres como a interatividade, acessibilidade e multiprogramação. 

Sobre os conversosres fica claro cque operadores de telefonia e as emissoras de TV comerciais estão apresentando propostas que devem subir ao GIRED no dia 29 de abril sem interatividade e com acessibilidade restrita no caso do video para libras, a tecnologias de compressão já ultrapassadas e que datam de mais de duas décadas como o MPeG-1. 

As caixinhas devem acompanhar as tendencias mundias da convergencia. Preparar a TV Digital abwerta , como plataforma digital para oferecer serviços de OTT com streaming de dados transmistido pelo sinal de RF ( Radiofrequência ). São serviços como Net Flix, Google TV , Apple, Hulu, já bastante popularizados nos Estados Unidos e que cagoram passam a ter a opção  de ter os seus downloadings realizados pela faixa de radiodifusão.  Exempo mais recente, po anuncio da oferta de OOT pela CBS  cuja previsão é de chegar a 55%  das rewsidências dos estadunidenses.

A caixa conversosra de sinais digital para TV Digital aberta e um salto de eficiência no acesso das populações de baixa do Brasil ao mundo sdigital atraves da oferta de aplicativos com programas públicos, normalmente só encontrados na INTERNET. 

O detalhe; Apenas 44% dos domicilio brasileiros tem internet . e 98% tem vtrelevisão analogica. 

Desafio: alcançar a meta de 93% da TV Digital  gratuita e preprar este meio para chegada da convergência de plataformas, esperando que no futuro todos os brasileiros tenham banda larga em casa. 

Um novo tempo para uma nova televisão, convergente, colaborativa, participativa com o uso pleno da Interatividade. Isso o que que queremos, por isso lutamos. 

APOIE ESTA CAUSA. SIM A CAIXA CONVERSORA (SET TOP BOX)  COM INTERATIVIDADE PLENA