Amigos, colaboradores e seguidores,
Hoje, dia 13/02, em São Paulo, após 13 anos de atividades, iniciada em 05 de maio de 2004, quando assumi a condição de representante da Casa Civil da Presidência da República, junto ao Grupo Gestor do Sistema Brasileiro de TV Digital, de acordo com o Decreto no. 8901/03, participei de minha última reunião como Conselheiro do Conselho Deliberativo do Forum Do Sistema Brasileiro de TV Digital, integrando a chapa, que em março deste ano, encerra seu mandato de dois anos, na condição de membro eleito como representante da Radiodifusão Pública.
O início de minhas atividades, no segundo ano do primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a estruturação dos grupos de gerenciamento, visando a adoção do sistema a ser adotado pelo Brasil no campo da TV Digital.
Foram reuniões heróicas que se alternavam entre as que se realizaram no CPqD em Campinas (àquela altura, instituição coordenadora dos trabalhos técnicos para construção das RFPs, documentos que visaram a criação do escopo de conhecimento e a produção de protótipos em referência, através da formação de 23 consórcios com a participação de 103 universidades, centros de pesquisa e intervenientes privados e públicos e que movimentaram o esforço de 1500 mestres e doutores) e em Brasília, seja na Casa Civil, seja no Ministério das Comunicações.
Esta fase que se encerrou em novembro de 2005 quando o CPqD encerrou seu relatório que foi entregue ao Ministro das Comunicações, deu ensejo a etapa de adoção do sistema de TV Digital e que resultou na escolha da modulação japonesa BST-OFDM com inovações brasileiras, consagrada no Decreto no. 5820/06, o ISDB-Tb. Esta decisão de nossas autoridades se deu em 26/07/2006, depois de viagem ao Japão, meses antes, onde pude, ao lado do Embaixador Antonino Marques Porto, chefe da delegação brasileira, finalizar o texto base da adoção.
Após este período, entramos na atividades de implantação da TV Digital no Brasil com a criação do Forum da TV Digital que efetivamente se deu em 2007. Participei desde sua primeira reunião com afirmei acima até o dia de hoje.
Lembro da criação das reuniões do Grupo de Trabalho Brasil –Japão, a primeira em dezembro de 2006 em Tóquio, Japão, alternando entre os dois países, a sede destes encontros de alto nível, as viagens oficiais aos países da América Latina, África e Ásia, na divulgação internacional do Sistema nipo-brasileiro de TV Digital ISDB-Tb ( hoje são 18 países em 03 continentes ) e a criação em 2008, do Forum Internacional do Sistema ISDB-T.
Hoje, acompanhando a migração da TV Digital em pleno andamento vemos ideias que defendemos ao longo deste 13 anos aprovadas e em utilização, seja no campo político, como técnico, seja na incorporação do setor de software ao Conselho Deliberativo do Forum SBTVD, seja na luta pela introdução da interatividade como pratica dentro da TV Digital e que está disponível através da política de entrega gratuita de conversores com a inclusão do perfil C ao público de baixa renda participantes dos programas públicos do Governo Federal junto ao seu Cadastro Único.
Fiz muitos amigos e parceiros, mas especialmente, foi para mim uma oportunidade de aprendizado inegável.
Lembro de nomes como Prof. Ricardo Benetton, Augusto Gadelha, Roberto Pinto Martins, Manuel Rangel, Plinio Azevedo, Rogerio Santana, Jairo Klepacz,, Hadil Vianna, Prof. Luiz Fernando Soares, e nomes que ainda militam neste coletivo como Roberto Franco, Fernando Bittencourt, David Britto, Fernando Ferreira, José Marcelo, Frederico Nogueira, e tantos outros que auxiliaram, apoiaram e nortearam posicionamentos e decisões que formaram o acervo de normas e conjunto de políticas nas quais se basearam e são suportadas, a própria implantação da TV Digital no Brasil.
Foi uma honra para mim estar entre tão insignes brasileiros, num grupo sui generis que se tornou referência para grupo multidisciplinares no Brasil, com tendências, por vezes, divergentes, e que exerce suas atividades até hoje com a excelência e a fidalguia que, com certeza, me deixará, por um lado, a saudade de suas reuniões mensais, por outro, o orgulho perene de ter deixado meu nome ligado a sua história.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
18 paises adotaram o ISDB-T, a maioria com Ginga e o Brasil nem ligou.
Reproduzimos absixo a nota da Convergencia utilizando-se dos dados do MCTIC
"...O governo de El Salvador anunciou que vai adotar o padrão nipo-brasileiro TV digital, o ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), tornando-se assim o 18º país a optar pelo padrão desenvolvido no Japão e modificado no Brasil – especialmente por conta dos recursos de interatividade do Ginga.
Além de Brasil e Japão, o ISDB-T já foi adotado por Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Botswana, Guatemala, Honduras, Maldiva, Sri Lanka e Filipinas.
“A transição para a televisão digital vai contribuir para a democratização do espectro de radiofrequência. Serão abertos espaços para a inclusão de novos operadores de TV comerciais e comunitários”, festejou o presidente de El Salvador, Sánchez Cerén. A previsão é de que as transmissões do sinal digital no país tenham início em 2018..."
* Com informações do MCTIC
É incrivel que com todo este trabalho, que reuniu esforços de divulgação por parte de diversos ministerios, especialmente do Itamaraty e do governo do Japão, entre 2006 e 2010, apenas este, ultra organizado para aproveitar oportunidades comerciais, tenha tido bons resultados. O Brasil, depositario da patente do Ginga,salvo açôes isoladas do Sindivel, ficou de braços cruzados. Com a entrega de 12 milhões de conversores com Ginga aos beneficiários do Cadastro Único, esta política ( razão da adoção, como diferencial, para a maioria dos paises adotantes ) ate 2018, temos ai um time to market para cumprir, não acham?
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