Computador quântico é nova arma secreta do império Google
O Google vem testando um computador quântico em conjunto com a NASA, fazendo-o competir contra máquinas convencionais
Divulgação
Processador quântico: a máquina da D-Wave demora um mês para dar a partida
Já se sabia, desde maio, que o Google e a NASA compartilham um computador quântico D-Wave instalado no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia. Uma reportagem da revista Wired dá algumas pistas do que se passa nesse laboratório.
Tanto o Google como a NASA ainda estão tentando descobrir que aplicações podem rodar melhor no D-Wave do que nas máquinas convencionais. “Montamos dois times, azul e vermelho, que competem um contra o outro”, disse à Wired Jason Freidenfelds, um dos responsáveis pelo projeto do Google.
“O time azul propõe problemas que se acredita serem mais adequados ao computador quântico. O time vermelho refina os algoritmos clássicos para que resolvam os mesmos problemas mais rapidamente”, prossegue. A ideia é identificar que tipo de aplicação funciona melhor na máquina quântica. Ela poderá, então, ser incorporada ao arsenal de tecnologias usadas pelo Google.
A NASA também está no processo de descobrir usos para o D-Wave. Rupak Biswas, diretor de exploração tecnológica do Ames, disse à Wired que a agência espacial vem rodando simulações na máquina.
As aplicações que a NASA vislumbra incluem distribuir tarefas a supercomputadores numa rede, coordenar dados vindo de múltiplas fontes no espaço e agendar operações em satélites, espaçonaves e veículos robóticos de exploração no estilo do Curiosity.
Construído por uma empresa canadense, o D-Wave tem custo estimado em 10 milhões de dólares. É uma máquina exótica e de utilidade ainda incerta. Por causa do complexo processo de calibração, demora um mês só para dar a partida nela. Ela só funciona se estiver perfeitamente isolada do campo eletromagnético terrestre.
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