segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Brasil poder ter passaporte para animais domesticos em 2014

Passaporte para pets. Realidade chega ao Brasil em 2014



E toda vez é a mesma história.

Para viajar, a dona precisa trazer ele ao veterinário e reunir uma série de documentos para certificar a condição sanitária do animal. Só assim ela consegue o certificado internacional que funciona como uma espécie de visto para que o cachorro possa viajar.

"É um documento final dependente de uma série de atestações que são feitas desde a aplicação do microchip, à aplicação das vacinas de raiva e outras vacinações de caráter sanitário", afirma Marcelo Mota, vigilância agropecuária / Ministério da Agricultura.

Atualmente, para cada viagem, o dono do animal de estimação precisa reunir uma quantidade grande de documentos para obter o certificado internacional sanitário. E sempre um novo certificado para cada viagem ou destino diferente. O motivo é fácil de entender: o governo de cada país precisa ter controle para que os animais que circulem em diferentes países não viagem doentes e levem vírus ou epidemias para outros lugares.

Mas para facilitar a entrada e saída de pets no país e ter o controle necessário, o governo federal brasileiro resolveu seguir o exemplo de outros países e criou um passaporte internacional para o trânsito de cães e gatos ao redor do mundo. No documento estarão reunidas toda informação que qualquer país possa exigir para a entrada de um animal.



"Aqueles países que aceitarem este tipo de certificação para passaporte vão ter todas as informações compiladas em um documento só", explica Mota.

"O passaporte nunca vai dar direito a um voo se não conseguir todos estes itens de acordo com a necessidade de cada país", atesta o veterinário Marcelo Bauer. A novidade é que o primeiro requisito básico para que qualquer cachorro ou gato tire um passaporte é que ele deve ter um microchip de identificação eletrônica implantando em seu corpo.

O dispositivo eletrônico, já exigido pelos países da União Européia e também pelo Japão, é o único mecanismo que assegura que todas as informações sanitárias contidas em um passaporte são relacionadas a um único animal específico.

"A gente faz a leitura do microchip no animal e identifica como se fosse uma impressão digital. Cria-se um mecanismo de identificação única do animal", diz Mota. Feito de fibra de vidro e titânio, o mesmo material utilizado para fabricar os marcapassos dos seres humanos, o microchip é implantado no dorso do animal – uma região pouco sensível. O minúsculo dispositivo fica entre a pele e o músculo do pet e pode ser lido por qualquer aparelho como este. Ao ser estimulado pelo leitor, o microchip emite uma frequência e passa a informação de uma sequencia numérica que identifica aquele animal.



"Donos de cachorros: saibam que o procedimento não dói e não causa nenhum tipo de reação inflamatória", diz o veterinário. O passaporte para pets deve entrar em vigor a partir do primeiro trimestre de 2014. O documento – que será totalmente gratuito – poderá ser solicitado em qualquer unidade do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional localizadas em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais.

Para entrar com o pedido, o dono do animal deverá solicitar a um médico veterinário que registre toadas as informações sanitárias no documento, como dados de vacinação, tratamentos, exames laboratoriais e análises exigidas pelo país de destino; claro, além da identificação eletrônica do microchip. O documento é individual e intransferível, com validade por toda a vida do animal.

O microchip já é usado em animais de estimação há mais de 15 anos; como dissemos, o dispositivo é exigido em alguns países e, mais do que isso, serve como meio de identificar o animalzinho caso ele se perca. No Brasil ainda é novidade, mas ao redor do mundo são inúmeros os casos de cães e gatos perdidos que reencontram seus donos graças à identificação eletrônica. 


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