Quando em 2006, a então Ministra Dilma Rousseff esteve na Argentina e no Uruguai informando formalmente aos governos destes países vizinhos (seguimos, seus assessores, na sequência para o Paraguay, com o mesmo objetivo) sobre a decisão brasileira de adotar o padrão de modulação BST-OFDM do sistema japonês ISDB-T para a TV Digital, começamos concretamente nossa batalha de convencimento pela adoção regional do sistema nipo-brasileiro que nascia.
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Este processo teve , além da inestimável colaboração do ex-presidente Lula que, percebendo seu alcance escreveu diretamente de próprio punhos mensagens a seus colegas presidentes dos países amigos latino-americanos e africanos.
Seus enorme prestígio internacional abriu para portas para o nosso trabalho de convencimento, especialmente em visitas a esses países, quando sempre tinha um tempo, em sua intensa agenda, de solicitar a atenção dos mandatários dos países que visitava para a adoção de sistema de TV Digital que propiciasse com seu uso a inclusão digital e social de seus usuários.
Hoje mais de 15 países adotam o sistema nipo-brasileiro em todas as partes do mundo com mais de 650 milhões de pessoas potencialmente dispostas a sua oferta como plataforma digital. Entretanto, as mais recentes noticias que recebemos deste grupo de países não é tão alvissareira.
A Argentina, depois de não concordar com o uso da linguagem procedural Java como integrante do projeto Ginga, partiu para o desenvolvimento isolado desta plataforma de middleware e o consequente desenvolvimento da interatividade com limites mais amplos de uso, incluindo-se ai os videos interativos, canal de retorno e up grade de software pelo ar.
Já são mais 2 milhões de terminais de conversão digital entregues a polução, mais 2 milhões previstos para 2013 e cerca de 1.200 milhões de tablets com Ginga, todos usando a linguagem declarativa NCL/Lua, desenvolvida originalmente no Brasil pela PUC-RJ
O Chile em reunião de grupos acadêmicos de toda a região para discutir interoperabilidade de sistemas e do qual participaram membros do governo chileno, acusaram o Brasil de não estar cumprindo os acordos realizados entre os países à época da adoção do ISDB-T
Uruguai, Paraguai , Bolívia, Equador e Venezuela vão pelo mesmo caminho. A propósito, cresce a cada dia que passa, em razão deste hiato provocado por este cenário de inércia, a substituição das ações integradoras pelo uso de serviços interativos na TV Digital. gratuitos e inclusivos em grande amplitude pelas que defendem o uso das tecnologias por IP, pagas e de alcance limitado a curto prazo em toda a região.
Falam em exportação do atraso tecnológico pelo Brasil para região. Que absurdo. Só quem defende a substituição dos conteúdos audiovisuais pagos pelos gratuitos é que pode pensar assim. Não utilizar a televisão radiodifundida gratuita como processos de integração tecnológica e de acesso a informação para as regiões mais deprimidas economicamente em todo mundo - são cerca de 4.6 bilhões de pessoas sem internet no planeta e com acesso a TV - é pensar sob o ponto de vista da segregação.
Vamos caminhar juntos, todos países e instituições tecnológicas do setor digital para o mundo convergente. Temos que fazê-lo sob o risco inexorável da exclusão digital e social
Mas quem tem este compromisso?
Mas quem tem este compromisso?
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