quarta-feira, 21 de novembro de 2012

1,1 bilhão de telefones inteligentes no mundo. E vai triplicar até 2018

O número é incrivelmente enorme. Em estudo divulgado nesta quarta feira pela empresa sueca Ericsson e divulgada no portal G1 "o número de aparelhos celulares com conectividade 3G e 4G - os famosos smartphones -  em uso no mundo vão chegar a 1,1 bilhão em 2012 e alcançar números três vezes maiores em em 2018."

Acrescenta o portal: "Baseados em medições de tráfego em cerca de 100 redes móveis no mundo todo, somando ao dados de todas as assinaturas móveis (de voz e dados) em dispositivos como celulares, smartphones e tablets", diz a matéria do G1 , "teremos no planeta cerca de 6,6 bilhões de dispositivos no final de 2012 e 9,3 bilhões em 2018".

(Google images)

Este número planetário é quase igual ao número de acessos que teremos até 2016, multiplicando por quatro o atual cenário e que deve dobrar a cada ano.  

Estes números retumbantes mostram como os telefones inteligentes e a tecnologia dos serviços de telecomunicações móveis serão utilizados em abundância em todas partes do mundo. 

Cabem entretanto, algumas perguntas concernentes a estas previsões: 

1. Estes 9,8 bilhões de dispositivos estarão disponíveis para todos os quase 7 bilhões de pessoas que habitam a Terra? - claro, descontando as que, por motivos óbvios, como crianças em tenra idade e descapacitados, não os utilizam.

2.Que uso fazem destes dispositivos? Veem correios-eletrônicos, mandam mensagens, baixam vídeos e áudios, quais são os perfis de utilização destes equipamentos?

3. Quem financiará a compra destes dispositivos aos públicos de baixa renda em todo o mundo? São 4.6 bilhões de pessoas sem acesso a Internet no mundo. E mais: Quem financiará o uso do bit por segundo para o uso de tráfego de dados pelas camadas populacionais deprimidas no mundo?

4. Estamos preparados para produzir conteúdos audiovisuais para estas telas pequenas?

5. Estaremos reproduzindo mais uma vez o mesmo cenário de concentração destes dispositivos nas regiões mais desenvolvidas no mundo? 

6.Alguém percebeu que estes cenários estão mudando? Mas que não estão mudando as regras do jogo?

7.Que culpa tem os países emergentes e em desenvolvimento em não ter políticas de desenvolvimento cientifico para participar do butim promovido pelos detentores das propriedades intelectuais que fazem com que, em seus países os custos deste eco-sistema sejam mais baixos?  

Na verdade, estes são números muito interessantes e consolidam tendências. 

Mas como disse o executivo da Ericsson, o Sr. Cerwall e aqui mais uma vez copio o texto publicado no portal G1 de hoje: "a demanda por vídeos nos dispositivos móveis (smartphones, tablets ou notebooks) é um alerta às redes de dados das operadoras. "Metade do tempo em que o usuário assiste a vídeos ou à televisão já se passa fora de casa, em locais que exigem internet móvel. Não são as redes que estão ficando ruins, mas os usuários que estão exigindo mais das redes" 

E uma perguntinha que passa ao largo: 

Se tivéssemos dado mais importância no País ao dispositivo One-Seg permitido pela modulação BST-OFDM  e utilizado pelo sistema nipo-brasileiro de TV  Digital, ISDB-T talvez estaríamos, como no Japão e, analogamente, pela Coreia ( utilizando outros sistema ) criando valores e recursos novos para radiodifusão no mundo convergente que vivenciamos com as transmissões de TV para dispositivos móveis e portáteis. 

Mas quem é que disse que as operadoras de serviços de telecomunicações querem  conversar sobre este tema?

Tudo é tão difícil quando poderia ser tão simples...Santa ingenuidade....


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