sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cientistas debatem em SP futuro da inovacao no Pais

Comunidade científica debate fomento à inovação
Necessidade de valorizar pesquisadores, diminuir burocracia e fortalecer mecanismos de incentivo à inovação foram alguns dos pontos discutidos em seminário


Pesquisa
Pesquisa: 90% do total investido em pesquisa e desenvolvimento nas empresas no Brasil advém de recursos próprios e apenas 10% são recursos públicos Getty Image


A necessidade de valorizar os pesquisadores, diminuir a burocracia e fortalecer os mecanismos de incentivo à inovação, como os parques tecnológicos e as incubadoras de empresas, foram alguns dos temas debatidos no seminário São Paulo, Cidade da Inovação, realizado segunda-feira (21/10) na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O evento faz parte da 10ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e foi organizado pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (CMCT&I), entidade ligada à Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) e da qual a FAPESP é membro.


Na mesa de abertura, Roberto Aluisio Paranhos do Rio Branco, vice-presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp, afirmou que 90% do total investido em pesquisa e desenvolvimento nas empresas no Brasil advém de recursos próprios e apenas 10% são recursos públicos.

“Há um esforço que deve ser reconhecido e mais estimulado por políticas públicas nas várias esferas governamentais para evitar que fatores macroeconômicos, além da burocracia, sejam restrições permanentes aos incentivos privados à inovação”, disse.



Rio Branco destacou a importância dos Parques Tecnológicos para a capital e para o estado e a necessidade de políticas públicas mais agressivas no tocante às incubadoras de empresas. “Nos Estados Unidos existem 1.115 incubadoras, aqui há 384. Esse resultado é preocupante porque as incubadoras de empresas são intrinsecamente inovadoras no Brasil. Cerca de 55% delas inovam para o país, 28% inovam para a economia regional e 15% para o mercado mundial. Apenas 2% não inovam”, disse.

Representando os Institutos de Pesquisa, Jorge Kalil, diretor-presidente do Instituto Butantan, apontou alguns dos principais gargalos à inovação no Brasil, em sua visão, como o baixo número de patentes registradas no país, o baixo número de pesquisadores por habitante e a baixa valorização do cientista na sociedade brasileira
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário