CHINA: Setor digital vai ser nova fonte de crescimento econômico. Isto é bom para o Brasil? |
Em coletiva à imprensa realizada na última quarta-feira (24), o Ministério da Indústria e Informatização da China expôs o desenvolvimento industrial e do setor das telecomunicações, na primeira metade do ano. O engenheiro-chefe e porta-voz do ministério, Zhu Hongren, afirmou na ocasião que o consumo de produtos relacionados com informática vai se tornar uma nova fonte de crescimento econômico.
Os dados mostram que o Wechat, um dos aplicativos mais populares para redes sociais na China, já possui mais de 400 milhões de usuários. Com esse estímulo, a receita do tráfego de internet na primeira metade do ano aumentou 56,8%, em relação ao mesmo período do ano passado. O comércio electrónico atingiu o valor de 5,4 trilhões de yuans (US$ 880 bilhões), um crescimento de 38,5%. A venda de celulares e televisores inteligentes também apresentou um aumento de 25%, nesse período.
Segundo Zhu Hongren, o Ministério da Indústria e Informatização, e alguns departamentos relacionados, estão analisando políticas e medidas concretas para fortalecer o desenvolvimento de meios necessários ao avanço do setor, aumentar o nível de serviços públicos, e impulsionar a demanda do consumo informático, a fim de que o consumo nesta área se torne uma nova fonte de crescimento econômico.
O fato é que o índice oficial dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços na China apresentou desaceleração em maio, para 54,3, comparado à leitura de 54,5 referente a abril, conforme dados divulgados em comunicado pela Federação de Logística e Compras, responsável pelas informações em conjunto com o Escritório Nacional de Estatísticas, na noite deste domingo (segunda-feira na China).
Por outro lado, dados da Balança Comercial por Blocos Econômicos, elaborada pela Abinee, divulgados nesta terça-feira, 05/02, apontam que os países da Ásia permanecem como a principal origem das importações de produtos do setor, somando US$ 25,9 bilhões, o que representa 64,4% do total, 1,2 ponto percentual acima da participação no mesmo período do ano anterior (63,2%). O aumento da participação aconteceu em função do crescimento das importações da China, cuja representatividade passou de 35,8% para 37,3% no período citado.
As importações da China somaram US$ 15,0 bilhões, com incremento de 2,7%. Deste total US$ 8,5 bilhões referem-se a Componentes Elétricos e Eletrônicos, e assim como aconteceu no total das importações de produtos do setor, os principais produtos adquiridos do mercado chinês foram os componentes para telecomunicações (US$ 3,0 bilhões), componentes para informática (US$ 2,1 bilhões) e semicondutores (US$ 977 milhões).
Ainda segundo o levantamento da Abinee, no acumulado de janeiro-dezembro de 2012, o déficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico atingiu US$ 32,50 bilhões, resultado muito próximo ao ocorrido no mesmo período de 2011 (US$ 32,55 bilhões). O maior déficit ocorreu com os países da Ásia (US$ 25,4 bilhões), sendo US$ 14,8 bilhões com a China e US$ 10,6 bilhões com os demais países da Ásia. Somente com os países da Aladi, a balança do setor foi superavitária (US$ 2,77 bilhões).
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