quinta-feira, 1 de maio de 2014

Operador de Rede de TV Digital Publico morreu. Mas o Brasil 4D vai muito bem

Operador de Rede Público e Brasil 4D. Experiencias com resultados distintos.


Quando o Presidente da EBC ( empresa Brasil de Comunicação ) Nelson Breve nos convidou para fazer parte de seu time, uma das questões abordadas e que geravam expectativa da minha ação na empresa era o Operador da Rede Publica de Televisão Digital. 

Esta questão, prejudicada no passado, quando tomou-se em 2010 a decisão de entregar este projeto para a Telebras, não apenas adiou sua implantação como mostrou-se inviável diante das conclusões a que nova empresa de Telecomunicações chegou: não era seu escopo, não havia nela conhecimento para operar redes de radiodifusão, etc. Perdeu-se quase três anos.

A verdade e que outro poder da União , o Legislativo, não ficou parado. Diante do posicionamento do Executivo, resolveu criar sua própria rede e Câmara e Senado,  de posse de suas dezenas de consignações passaram a compor seu próprio Operador de rede, a Rede Legislativa.

Estava morto o Operador Publico. Restava a EBC montar sua própria rede. Diante deste fato, resolveu-se priorizar esta estrutura compondo com as emissoras publicas parceiras nos estados esta teia radiodifundida. E ela vem crescendo e em seu ventre, já se iniciou o processo de digitalização das transmissões, preparando-se, os que tem recursos, para a migração analógico-digital que se avizinha. 

Entretanto, não nos esquecemos de outra atividade de suma importância prevista como basilar no decreto 5.820/06 que e a interatividade. Posta como opcional pelo Fórum do SBTVD ( presume-se que se houver middleware, terá que ser o Ginga ) a interatividade também passou por percalços inimagináveis. 

Pressionado por um lado pela industria de recepção, que trazia como elemento prioritário o acompanhamento da decisão global das empresas de massificação das vendas da TV Broadband ou Smart TV. Conectada a Internet, estes televisores não estão preparados para a introdução do Ginga em sua plenitude. 

Este Ginga-full em sua versão original, previa a interatividade a partir das transmissões radiodifundidas, pelo ar, gratuitas, que tem potencial de trafego de dados e conteúdo audiovisuais, em linguagem televisiva somada ao desenvolvimento de softwares que permitem o uso integrado de linguagem de texto HTML, a autentica convergência de linguagem.

Assim nasceram os testes da TV Digital Interativa. Abracada pelo canal publico de televisão da EBC, a TV Brasil, recebeu por inspiração do Nelson Breve o nome da Brasil 4D ( Diversidade, Democracia, Desenvolvimento sob a enfase Digital ). Coube a mim desenvolve-lo e implementa-lo.

Os testes de João Pessoa, com o significativo e indispensável apoio da Universidade Federal da Paraíba e de seu braco experimental, o Laboratório de Videos Interativos Digitais (LAVID) sob o comando do Prof.Dr. Guido Lemos, recebeu apoio voluntario de empresas do porte da Harris, Mectronica, D-Link, TOTVS, HMA, E!TV, Oi! Spinner, Broadcom e as Universidades Católica de Brasilia e Federal de Santa Catarina.

Foram 100 residencias, com famílias beneficiarias do Programa Bolsa Família, a receberem os conversores com 12 aplicativos embarcados e antenas UHF gratuitamente

Os resultados foram auspiciosos. Bancadas pelo Banco Mundial, as pesquisas etnográfica e
socioeconômica realizadas por seus consultores mostrou facilidade no uso através do controle remoto, economia no orçamento familiar e acesso continuo as informações nos aplicativos com enfase no emprego.
 ( http://www.ebc.com.br/sites/default/files/brasil_4d.pdf )

O projeto foi laureado pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão na categoria Interatividade e pela Criative and Innovation em Nova Iorque, menção honrosa especial, ambas em 2013

O próximo passo: Distrito Federal. O Governo do Distrito Federal, interessado na experiencia decidiu estender o Brasil 4D para 300 residencias dos bairros de Samambaia e Ceilândia, projeto este em desenvolvimento atualmente com previsão de termino para julho de 2014. Estas famílias, entre os benefícios do recebimento domiciliar dos aplicativos de governo, estão aptas a receber em sua casa todos canais de TV Digital disponíveis em sua região e, claro, ver com sinal digital a Copa do Mundo.

O programa agora se amplia para o projeto de habitação do GDF, instituído pela Secretaria de Habitação e pela CODAB, aos imoveis financiados em consonância com o programa federal
"Minha Casa Minha Vida" e "Minha Casa Melhor". Ou seja, serão entregues a unidades habitacionais em Brasilia,  30 mil este ano e 60 mil em 2015, com conversores e antenas já instalados.

 Contribui assim o Brasil 4D para o programa de migração da TV Digital que ja poderão assistir todos canais digitais em serviço em sua região, inclusive a Copa do Mundo e para acessibilidade serviços públicos interativos para a população de baixa renda 





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