IX GTC Brasil/Japao de
TVDigital em Toquio e adiado sine die
Tivemos hoje a informação de que a reunião do Grupo de Trabalho Brasil/Japão foi adiada. A mensagem recebida oficialmente pelo Itamaraty esclarece que o governo japonês pediu que IX GTC que se realizaria em Tóquio em 18/11, tivesse sua data alterada sine die.
Alegações de que a administração japonesa não estava preparada para ser representada no mesmo nível hierárquico da apresentada pela delegação brasileira, apesar de aceita formalmente, deixa algumas dúvidas sobre a decisão nipônica. Por exemplo: a proposta de discussão sobre o futuro do ISDB-T e uma bomba de efeito retardado. Não apenas pela questão do interesse em internacionalizar o projeto Hybridcast ( sistema híbrido de transmissão de conteúdos por radiodifusão e banda larga ) e implementa-lo com a utilização da atualização do middleware BML.
Esta tecnologia de transcodificacao de linguagens monomidias e de oferta de protocolos de interatividade acabará pondo um pá de cal na tecnologia nacional do Ginga, já não utilizada na atual transmissão terrestre do ISDB-T no Japão e que este pais tem oferecido aos novos sócios do clube, Filipinas, Sri Lanka, Maldivas e Bostwana. Os países da das Américas parceiras do ISDB-T escolheram, por influência do Brasil o Ginga. O que soma a esta questão delicada e a introdução pelo Brasil do tema do Ginga avançado ou Ginga C ainda sem normalização pela ABNT.
O projeto Brasil4D , desenvolvido pela EBC e diversas empresas e universidades brasileiras utiliza este desenvolvimento do Ginga que permite não apenas a fusão radiodifusão x IP como a transmissão de áudio-visuais e da interatividade e que passa por aprovação nesta segunda-feira , dia 10/11 pelo conselho deliberativo do Fórum SBTVD em Brasília, nas dependências da EBC.
Pelo menos no que concerne ao perfil da caixa conversora utilizada nos testes deste Projeto de TV Digital Interativa realizado em JoãoPessoa, na Paraíba em 2012 e no Distrito Federal em 2013. A norma ABNT referente a esta evolução do Ginga deve ter determinada , neste encontro, o processo de sua feitura e prazos de conclusão.
Diante destas nebulosas e incertas questões de âmbito global resta também uma que e muito preocupante: como ficaria o acordo do Japão com os demais países aderentes ao ISDB-T no que se refere a propriedade intelectual e que no "agreement" atual recebeu do grupo associado de empresas japonesas, a ARIB, a dispensa de pagamento de royalties. Complicará o futuro do ISDB-T.
Esse adiamento, deve significar o que lado japonês alegou. Não se pode duvidar desta afirmação de um governo tão honrado e cumpridor de seus compromissos. Mas, sem dúvida, visto do ponto de vista do interesse brasileiro e latino-americano, preocupa quanto a sua evolução, que, esperamos, tenha o mesmo sucesso nesta etapa de evolução, o mesmo êxito da primeira.
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