segunda-feira, 28 de março de 2016

GIRED decide o futuro da interatividade na TV, para o bem ou para o mal.

GIRED decide o futuro da interatividade na TV, 
para o bem ou para o mal. 


Nesta próxima quarta feira, dia 30/04 o Gired se reúne para decidir entre outros temas relevantes sobre o perfil dos conversores da TV Digital, as famosas caixinhas ou Set Top Box.

O tema complicou-se na medida em que o Dólar teve um acrescimo em relação ao Real em 2016, fazendo com que a unidade destes conversores chegassem a preços que na relação investimento/beneficiario, mostrasse números bem maiores dos estimados incialmente em 2015 e que chegasse a um número bem menor de famílias do que os 14 milhões de familias previstos no Edital de 2014.

Destacamos aqui vários pontos a serem abordados nesta reunião do Gired, a saber:

1. Como foi decidido, com a mudança de cronograma fevereiro de 2016, atingir-se-a apenas as cidades como mais 100 mil habitantes, como reflexo do compromisso do Governo Federal em cumprir com suas obrigações diante do leilão da faixa conhecida como 700MHz, compreendida entre os canais UHF 52 a 68 e assim entregá-las  aos vencedores do certame licitatório, as operadoras de serviços de telefonia móvel, Tim, Vivo, Algar e Claro até dezembro de 2018.
 O número de beneficiários do Bolsaq familia ( BF ) a serem contemplados com as caixinhas conversoras caiu de 14 mihões para 5.8 milhões.

2. Esses conversores teóricamente manteriam as especificações entregues as familias do programa em Rio Verde, GO, durante o piloto encerrado em fevereiro passado, ou seja, com a capacidade de entregar aplicativos digitais interativos embarcados e transmitidos pelo ar, adequados a implemtação do middleware Ginga completo.

Estas caixinhas teriam hoje um custo estimado em US$ 22 preço FOB, o que equivaleria a um custo internalizado de R$ 176

3. Como os recursos estimados para compra de caixinhas ( que nunca foi revelado pela EAD ) é estimado em algo perto de 1.2 bilhão de dolares, (dentro dos 3.6 bilhões destinados a migração da TV Digital)  pelas operadoras de STM citadas acima, a diferença seria utilizada para os beneficiários do cadastro único (CadUn) que reúne todos os programas sociais do Governo Federal, excluindo-se
os do BF.



4. A questão é saber que conversor comprar . De um lado há os que defendem uma maior cobertura da migração, com a oferta para as familias do CadUn com uma caixinha básica sem serviços de interatividade, ou como é conhecida tecnicamente, um Zapper.

5. Ela custaria hoje, pelos cálculos da EAD algo como US$11  FOB ou R$88,00 para compra no Brasil.

6. Por outro lado existem os que defendem um meio termo, como uma caixinha intermediaria, como menos capacidade e facilidades , mas que manteria a interatividade e os serviços.

7. Ela chegaria hoje a US$ 17 FOB, ou R$ 136, para distribuição no território nacional. Mas só estaria pronta em dezembro de 2016, com fabricação no primeiro semestre de 2017. Até lá o preço poderá ser, obviamente, outro,  ou para mais ou para menos.

8. Há ainda um terceiro grupo que advoga que deveria ser mantida a especificação de Rio Verde, como o Ginga completo e que, por consequinte, se fizesse o uso da cláusula do Edital que estipula que se não houver a cobertura completa dos beneficiários do Bolsa Família, a diferença deverá ser coberta pela operadoras  vencedoras do leilão dos 700Mhz.

O impasse está lançado. Se por um lado nós não acreditamos que o conversor de sinal digital básico, sem serviços, sem Ginga , sem valor agregado, tenha algum interesse do publico de baixa renda que vai preferir, sem dúvida, comprar um pacote de serviços de algum operador de serviços de  conteúdo por cabo ou satélite pagos por preços mais acessíveis e que virão a se consolidar, como tudo indica, com o decorrer da audiência pública da Anatel (que propõe a venda casada de pacotes de conteúdos por serviços de conteúdo audiovisual digital por satélite (DTH ) com a sintonia das TVs abertas).

Nestes caso, cujo custo beneficio tende tão explicitamente para o serviço pago, porque entregar algo como o conversor básico em franca  redundância, investindo cerca de 1 bilhão de reais nestes Zappers e que, portanto, não serão, em sua maioria, utilizados?

Chegamos ao ponto de definição.

E é necessario ainda esclarecer que a diferença citada acima dos 14 milhões de familias de beneficiarios do BF para 5.8 milhões nestas cidades de mais 100 mil habitantes, rol que encerra, teoricamente, as cidades atendidas neste projeto da EAD ( empresa criadas pelas operadoras para realizar o movimentos de compras da migração digital ) deixa de fora mais de 3.500 cidades do interior do Brasil e uma população de aproximadamente 9.5 milhões de beneficiarios do programa Bolsa Familia.

E nas regiões mais carentes de acesso a informação.


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