sexta-feira, 28 de junho de 2013

CEPAL e UNESCO reúnem latinos no Rio e deixam de lado a TV Digital.


Reunião da CEPAL/UNESCO para o desenvolvimento tecnológico regional descarta TV Digital 

Catorze países países da América Latina e Caribe firmaram nesta terça-feira (18), no Rio de Janeiro, acordo de cooperação para promover políticas de investimento e de expansão de novas capacidades de produção com base no conhecimento científico, tecnológico e de inovação.

A declaração assinada durante a reunião de ministros “Inovação e Mudança Estrutural na América Latina e no Caribe: estratégias para um desenvolvimento regional inclusivo” abrange a implementação de infraestrutura de banda larga e seu uso para questões como a telemedicina, desenvolvimento tecnológico e inovação com foco em pessoas com deficiência, eficiência energética, resíduos eléctricos e eletrônicos e na inovação no setor produtivo.



O evento foi realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina; Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do México e Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

Participaram representantes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, México, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Quatro instituições observadoras também estiveram no evento: a Cooperação Alemã (GIZ), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Secretaria Geral Ibero-Americana.

É muito interessante notar que em nenhum momento se discutiu neste encontro internacional a questão da TV Digital sob o ponto de vista da adoção quase continental do sistema nipo-brasileiro ISDB-T. Dos paises participantes somente Colômbia (DVB-T), México e República Dominicana (ATSC) não aderiram ao sistema adotado a partir do Brasil. 

A pergunta que não quer calar: seria um desejo de eliminar duplicidade de investimentos públicos em virtude da escassez de recursos? Ou seria uma visão inconfessada de que a TV é um modelo ultrapassado e que o investimento deveria concentrar-se no cenário hegemônico no mundo desenvolvido baseado nas redes de telecomunicações?  Como se explicaria neste contexto o aumento da audiência da TV aberta ou a cabo nestas regiões privilegiadas do planeta? 

Este é o momento de   perceber o que há de trás do óbvio. O óbvio circunstancial, claro, pois o óbvio ululante, este ainda não foi percebido pela sociedade, impedidos por quem tem interesses corporativos cuja a intenção e consolidar ideias e criar fatos consumados. 

Este blog sempre defendeu a convergência, a disponibilidades de redes alambricas e inalambricas sem, no entanto, descartar quaisquer plataformas e modelos, espacialmente as que defendem o acesso livre a gratuito a informação. 






Por que o T-commerce (comercio eletrônico) pela TV Digital não emplaca

Reproduzimos matéria do site tecnologia.terra.com.br

Em operação no Brasil desde 2007, a televisão digital ainda está longe de ter seus recursos explorados ao máximo. Mas não faltam projetos. A Fundação CERTI, instituto de pesquisa vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desenvolveu, ainda em 2009, um projeto de comércio por meio da TV - o T-Commerce. Segundo os pesquisadores, o sistema ainda não foi colocado em prática pela penetração pequena dos aparelhos digitais nas residências brasileiras e pela falta de alinhamento entre emissoras, fabricantes e governo para a concepção de um modelo de negócios.

A aplicação foi pensada com base no padrão de middleware Ginga, desenvolvido para gerenciar as funções de interatividade do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O coordenador da área de Televisão Digital e Sistemas Embarcados da Fundação CERTI, Andrei Biscaro, explica que o sistema permite que sejam oferecidos produtos de diversas categorias, durante programas ou até mesmo comerciais. "Uma vez que o produto chama a atenção do usuário, ele pode buscar mais informações e consegue efetivar a compra", detalha Biscaro. Essas informações chegam ao aparelho pelas ondas de radiofrequência. Mas, para que o usuário conclua a operação, a televisão deve estar conectada à internet, seja por cabo, wi-fi ou modem, conforme o modelo do dispositivo.



A exposição dos produtos pode ocorrer de duas formas, projeta o coordenador da Fundação. No primeiro modelo, o catálogo seria oferecido conforme a ordenação listada pela emissora, sem relação obrigatória com o conteúdo veiculado naquele momento. Outra possibilidade, especifica Biscaro, seria manter uma sincronia entre o vídeo e os produtos projetados visualmente. O vestido utilizado por uma atriz em determinada cena, por exemplo, poderia estar à venda enquanto exibido no vídeo. O coordenador assegura que o padrão adotado no País tem suporte para metadados, viabilizando a sincronia das imagens com a aplicação. "É uma das inovações do padrão brasileiro", frisa. Em ambos os modelos, contudo, a responsabilidade pelo conteúdo do catálogo de compras é da emissora.
Os métodos de pagamento disponíveis para as compras via T-Commerce são semelhantes aos oferecidos por um site, observa o professor do Departamento de Informática e Estatística da UFSC, Frank Siqueira, que participou do desenvolvimento do projeto na época. Poderiam ser utilizados na operação cartões de crédito ou contas em integradoras (como o PayPal).

O modelo de negócios também é um problema. Ghisi sustenta que é complexo elaborar um plano que agrade fabricantes de televisores, emissoras, geradores de conteúdos, anunciantes e outros envolvidos no processo. Para Biscaro, falta alinhamento entre as necessidades da cadeira de valores. "A tecnologia é totalmente viável, mas não adianta a emissora produzir o conteúdo e não ter estrutura para exibir isso, ou vice-versa", diz. "O projeto foi até o ponto da apresentação do potencial. Uma emissora deveria transmitir e criar um modelo de negócios", opina o coordenador da Fundação CERTI.

Um último obstáculo, lembrado por Siqueira, é a penetração da TV digital no Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 46,8% da população tinha acesso à transmissão digital em maio de 2012. O sinal é ofertado por 102 emissoras e chega a 480 municípios (nesse levantamento, Acre e Rondônia registram cobertura digital). Com exceção de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, a TV digital se concentra nas capitais e regiões metropolitanas. Siqueira aposta no corte do sinal analógico, previsto para ter inicio em 2015, para alavancar a penetração da nova tecnologia no País. "Talvez ainda leve um tempo para se tornar realidade, mas a constante substituição deve ajudar", analisa.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Produtos da Apple literalmente movimentados pela cabeça

Dispositivos Apple vão ser manipulados com movimentos da cabeça

Duas semanas após lançar o primeiro beta do iOS7 a Apple liberou, nesta segunda-feira (24), a versão
beta 2 do seu novo sistema operacional. E desta vez o update é compatível com o iPad. A atualização, somente para desenvolvedores, já está disponível pelo sistema over-the-air em alguns dispositivos e deve chegar em breve ao iOS Dev Center.


iPad agora tem também o iOS 7 Beta (Foto: Reprodução/Mac Rumors)

Há algumas pequenas alterações em relação à primeira versão. Além da disponibilização doupdate para o tablet da Apple e de correções de bugs e problemas de estabilidade, o iOS 7 beta 2 conta com a volta do app Voice Memos e com melhorias de desempenho e velocidade no uso da assistente Siri, que agora tem vozes masculina e feminina em inglês.

O iOS 7, nova versão do sistema operacional da Apple, permite que usuários controlem seus iPhones e iPads a partir de movimentos realizados com a cabeça. A função de acessibilidade foi descoberta pela equipe do 9to5 Macsite especializado em notícias sobre a empresa, que produziu um vídeo mostrando como o recurso de acessibilidade irá funcionar.

A função, mostrou o portal, ainda conta com alguns bugs, mas é definitivamente uma possibilidade interessante a ser incluída nos gadgets da Apple. O recurso exige que o usuário movimente sua cabeça para direita, que simula o botão home do dispositivo, e para esquerda para selecionar o app desejado.

Uma vez acionada, a função exibe uma moldura em torno das opções para destacá-las. Quando na tela inicial do dispositivo, o recurso passeia por todas as fileiras de apps automaticamente até que a pessoa indique aquilo que deseja abrir com um movimento para a esquerda

Pertinente lembrar que o iOS 7 em poder da equipe do 9to5 Mac é uma versão beta e que a função encontrada por eles não foi confirmada pela Apple. É possível que a empresa realize ajustes ao sistema antes do seu lançamento oficial, podendo optar por excluir esta função do rol de recursos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dez tendências tecnológicas inovadoras para o nosso tempo. Você sabe quais são?

Carros eléctricos wireless, materiais que se auto-regeneram, impressoras que nos dão objetos a partir de uma ordem no computador. Sim, tudo isto está a ser desenvolvido ou testado e, segundo o Conselho da Agenda Global para as Tecnologias Emergentes, do Fórum Econômico Mundial, faz parte das dez tendencias de inovação para este ano. São tecnologias que fizeram avanços importantes e estão perto de poderem ser usadas em larga escala.



Um carro eléctrico wireless (OnLine Electric Vehicles – OLEV)
Está a ver os postos de recarregamento de automóveis eléctricos que têm vindo a surgir por todo o lado? Esqueça. Na próxima geração de carros eléctricos não serão precisos fios. Dispositivos montados na parte de baixo dos veículos receberão energia de um campo electromagnético, emitido por cabos instalados por baixo do asfalto. Ao mesmo tempo, a bateria do carro vai sendo carregada para quando o carro estiver fora dessas faixas. E como a eletricidade chega de fora, as baterias destes automóveis precisarão apenas de um quinto da capacidade das dos carros eléctricos atuais. Impossível? Não. Estes carros já estão a ser testados na capital da Coreia do Sul, Seul.

Impressoras de objetos
Já é possível criar objetos a partir de um ficheiro num computador, graças à impressão tridimensional. Segundo o Conselho da Agenda Global para as Tecnologias Emergentes, estas impressoras poderão mesmo “revolucionar a indústria da manufactura”. Neste processo de criação de estruturas sólidas com uma impressora, várias camadas de determinado material – que pode ser plástico, ligas metálicas ou outros – vão sendo sobrepostas até que esteja formado o objecto.

Materiais que se auto-regeneram
Uma “tendência em crescimento na biomimética é a criação de estruturas inertes que tenham a capacidade de se reparar a si próprias”, quando sofrem cortes, rasgos ou se partem. Como acontece com os organismos vivos. Esses materiais capazes de reparar estragos sem intervenção humana “aumentariam a durabilidade dos produtos e reduziriam a procura de matérias-primas”. Mas há outras vantagens: se estes materiais fossem usados na construção de aviões, exemplificam os autores, voar seria mais seguro.

Purificação energeticamente eficiente da água
Numa altura em que as fontes naturais estão sobre-exploradas ou, nalguns casos, esgotadas, a dessalinização foi a forma encontrada de obter água de forma quase ilimitada. Mas isso tem um custo energético elevado, lembra o conselho, que por isso mesmo destaca várias tecnologias emergentes que “permitem maior eficiência energética nos processos de dessalinização ou de purificação de águas residuais”, em que se poderá poupar até 50% de energia em relação à que é gasta com os métodos actuais.

Uma nova vida para o dióxido de carbono
Os autores começam por avisar que “ainda está por provar que a captura e armazenamento subterrâneo de dióxido de carbono é viável a nível comercial”. Mas já existem formas de converter o CO2 indesejado em produtos que podem ser vendidos. Uma das possibilidades que o Conselho da Agenda Global para as Tecnologias Emergentes considera mais promissoras é a transformação de dióxido de carbono em combustíveis líquidos ou químicos, através de sistemas de conversão solares de baixo custo.

Proteínas à la carte
Suplementos alimentares é o que não falta no mercado. Mas e se fosse possível alimentar-se apenas com o que realmente interessa? É isto o que promete a biotecnologia, através da identificação e replicação de proteínas naturais que são essenciais para a dieta humana. Segundo o Conselho da Agenda Global para as Tecnologias Emergentes, levar a alimentação para o nível molecular tem a vantagem de proporcionar aminoácidos “com melhor solubilidade, gosto, textura e características nutricionais”, com potenciais benefícios no desenvolvimento muscular e no controlo da diabetes e da obesidade.

Mais tele-sensores
A divulgação do uso de sensores vai continuar a mudar a forma como nos relacionamos com o que nos rodeia, “em especial na área da saúde”. Por exemplo, sensores que monitorizam de forma contínua pulsações cardíacas ou níveis de açúcar no sangue e que, se necessário, respondem de forma automática. Mas não só na medicina. Os tele-sensores estão a ser usados para muitos outros fins. Nos automóveis, por exemplo, podem permitir que se detectem uns aos outros e reduzir assim o risco de acidentes rodoviários.

Medicamentos em nano-escala
Depois de quase uma década de investigação, os testes de administração de medicamentos ao nível molecular (em torno da célula afectada ou mesmo no seu interior) começam a parecer finalmente possíveis. Esta nova abordagem, que está ainda a ser testada, seria uma “oportunidade sem precedentes para tratamentos mais eficazes, enquanto se reduzem os efeitos secundários”.

Componentes eletrônicos orgânicos
Os componentes electrónicos orgânicos são um tipo de impressos – sim, impressos – com materiais orgânicos, que ainda não conseguem competir com os tradicionais, em silício, mas têm grandes vantagens ao nível dos “custos e da versatilidade”. Ao contrário dos outros, que são fabricados com elevados custos, estes podem ser impressos a baixo custo e a uma escala muito mais pequena, o que faz com que sejam também muito mais baratos e acessíveis.

Reatores nucleares de quarta geração

O futuro a longo prazo da energia atômica depende, em grande medida, da disponibilidade de combustível – o urânio – e de uma solução para os resíduos radioativos. Embora o urânio seja abundante, o minério extraído da terra só contem 0,7% do isótopo que interessa para as centrais nucleares, o urânio-235. A difusão de reatores de quarta geração, que, ao mesmo tempo em que produzem energia, fabricam mais combustível nuclear, é uma das maiores promessas de solução. Tais reatores convertem o urânio-238 – o isótopo mais abundante deste elemento químico – em plutônio-239, que pode ser utilizado como combustível.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

E o Ginga vai ficar de fora nos EUA?

Testes como tecnologia ortogonal nos EUA não inclui Ginga.

Relatórios sobre a decisão da FCC (Federal Communication Commission) orgão estadunidense de regulação e controle dos serviços de radiodifusão para permitir que a emissora WNUV-TV em Baltimore execute testes com o sistema europeu de TV Digital DVB-T2 tornaram-se intrigantes não apenas em relação ao que foi incluído nestas provas como sob o ponto de vistado que foi deixado de fora em desacordo com as as informações oficias. 

Explicamos.

A título de informação, os EUA, é claro, não usa padrões DVB para fins terrestres, mas um padrão chamado ATSC. Aqueles de nós com memória dos fatos vai se lembrar das batalhas violentas que ocorreram entre os dois padrões rivais na década de 1990, antes do lançamento da TV Digital terrestre em ambos os lados do Atlântico, no final da década.

Em primeiro lugar, o edital da FCC não é apenas  para verificar se o padrão DVB-T2 europeu poderia ser usado no futuro para apoiar UHDTV(Ultra High Definition Digital Television) num ambiente de 6MHz dos EUA - a Europa usa 8MHz. Na verdade, o teste em questão visa conhecer o uso do OFDM, (Ortogonal Frequency Digital Modulation) o esquema de modulação que sustenta tanto DVB-T e DVB-T2, nesse contexto particular.



Há uma diferença importante, já que o edital de testes da carta afirma que um dos cinco objetivos do experimento envolve "explorar recursos tecnológicos que poderiam levar à capacidade de desenvolver um padrão de transmissão futuro." Observe o uso do artigo indefinido! Poderia ser um padrão totalmente home-grown (desenvolvido em casa)  em que OFDM é o único fator comum.

Igualmente interessante é um dos outros objetivos definidos, que envolve a "determinar como a qualidade escalável de oferecer um serviço combinado com atributos de transmissão flexíveis pode facilitar a prestação simultânea de transmissão televisiva para vários dispositivos de visualização."

Trata-se de usar a capacidade de 4K para entregar a várias telas em diferentes níveis de resolução, ironicamente, uma ponte para uma técnica que o DVB utilizou para o desenvolvimento de sua suíte terrestre de normas (mas que nunca foi implementada), chamada modulação hierárquica.

É pitoresca  a publicação da revista Broadcasting & Cable  que tem o direito de publicação exclusiva sobre este testes do sistema DVB-T2. Este sistema, na  década de noventa , foi descrito como um conjunto de  padrões  sendo usado em um número expressivo de países europeus.
Na feira de radiodifusão IBC 2012, realizada em outubro passado em Amsterdam, Holanda, foi anunciado oficialmente que o sistema DVB-T2  que 34 países já o  adotaram sendo, entretanto, utilizado em apenas  em 23 países. O esforço europeu continua o mesmo dos anos 90 em tornar seu sistema como global.

Pedro Siebert, diretor do projeto do DVB, em sua conferência no encontro na Holandf discorreu sobre sua visão de como a iniciativa FOBTV (Future of Broadcast TV), que visa unificar os padrões terrestres diferentes ao redor do mundo, pode evoluir.

Siebert disse ele previu que o FOBTV seria  "um espaço comum de conhecimento técnico", o que para ele significava que teríamos um núcleo comum de tecnologias e talvez pequenas variantes em diferentes regiões - e por isso necessitava um hardware comum, um núcleo.

Talvez o que estamos testemunhando na aprovação do  FCC é o primeiro passo para a modulação OFDM emergir como um candidato provável para a sua  inclusão nesse núcleo comum.

É incrível que os nossos esforços em incluir o Ginga, nosso middleware compatível com os universos de radiodifusão como o de IP, como padrão da UIT (União Internacional de Telecomunicações) não esteja no bojo desta discussão nos EUA.

Porque o nosso governo não apoia formalmente esta batalha pela única tecnologia essencialmente brasileira e hoje adotada em toda a America do Sul, Central e dando seus primeiros passos na Africa? Por que a nossa Anatel não solicita ao FCC que inclua nos testes o nosso Middleware? 

Ortogonal, ele é compatível com o DVB-T2.
Vamos perder mais esta?



terça-feira, 18 de junho de 2013

Migração da TV analógica para a digital. Problema que pode ser solução

Chegou a hora da onça beber água.

A migração analógico-digital da TV experimenta um momento critico. Algumas das ações prenunciadas pelas autoridades brasileiras deixaram perplexas os especialistas do setor quanto sua  viabilidade. 

Foi anunciado pelo MC um cronograma onde seria realizado o desligamento analógico em 883 cidades brasileiras já em 2015. Entretanto, e isto é a opinião geral, tal  procedimento parece ser de impossível realização. A começar pelas torres. 



Todos sabem que a TV brasileira cresceu em virtude dos investimentos das prefeituras em todo o território nacional. Não foram, portanto, a emissoras de radiodifusão, exceto nas grandes cidades, que fez o investimento para que hoje termos uma cobertura de 97.8 % das residencias alcançadas pela TV analógica. E isto aconteceu num período médio de vinte anos.

Agora, com a chegada da TV Digital o mesmo cenário se repete. As prefeituras são o alvo deste grande movimento migratório. Entretanto, como fazê-lo de modo a não prejudicar o acesso a informação que, no mais das vezes, torna-se o único canal de comunicação de grande parte da população do nosso País ?

As torres na médias e pequenas cidades - a grande maioria dos municípios brasileiros tem estas características - estão petição de miséria. Enferrujadas, muitas delas são apenas hastes que suportam antenas, sem um espaço adequado para as instalações elétricas, deveriam ser substituídas. O número estimado pelos engenheiros das emissoras é de que este número chegue a ate 85% das instalações atuais. 

Este custo , se estimarmos a construção em tempo e condições possíveis de sustentabilidade é alto e levaria, no minimo quatro anos para alcançar algo em torno de 55% a 60% da população brasileira. Este é um alerta importante. 

E mais. Se são as prefeituras  os grandes clientes destas edificações de transmissão, como propiciar a estas instâncias de poder, os recursos para pagar pelos serviços pertinentes, não apenas de construção das torres, mas de sua manutenção e operação? 

E claro que investimentos privados que gostariam de estudar sua participação num projeto desta envergadura, e eles existem, necessitariam de garantias de recebimento pelo investimento. Há que se estudar formas de repasse para que tal projeto possa ficar de pé. 

O Fórum do SBTVD está estudando com grande atenção soluções e sugestões para apresentar as autoridades. É necessário que tudo esteja de acordo com uma série de premissas que atestem sua pertinência  e , assim, poder traduzir em planejamento e ações concretos esta revolução digital pela TV para todos os brasileiros e em tempo admissível. 

A significância deste tema não pode e não deve ser relevado e confiamos que os responsáveis por esta enorme tarefa possam responder satisfatoriamente a esta importante demanda de nossa sociedade. 


sábado, 1 de junho de 2013

O ISDB-T Internacional. Capitulo II

Após a reunião de harmonização do Fórum ISDB-T Internacional o encontro das  26 delegações continuou desta cê sob o manto do setor institucional. Deu-se o inicio do 2o. Congresso Intergovernamental do ISDB-T. E, amigos e amigas, o que se viu foi incrível. Por um lado, a expectativa de avanços nas políticas publicas e que, de certo modo, foram satisfeitas pela delegação brasileira que através de apresentações da EBC em projeto piloto de interatividade plena realizado em conjunto com três universidades , a UFSC, UFPB e Católica de Brasília mais nove empresas que somaram ao Banco do Brasil e ao Banco Mundial, puderam testar o middleware Ginga em sua plenitude com um publico de 100 famílias de João Pessôa ,na Paraíba ,  beneficiarias do programa Brasil Sem Miséria do Governo Federal . E mais, o LAVID ligado a UFPB trouxe uma plataforma de distribuição e armazenamento de vídeos interativos já pronta para uso em parceria coma RNP e EBC . O que causou espécie foi a posição argentino-venezuelana de impor a conferencia uma agenda exclusivamente latino-americana sem considerar nossos parceiros asiáticos e africanos e com o objetivo de fomentar a produção de vídeos cujos argumentos tinham claro engajamento. Nada contra se fosse um nota apresentada só demais para que aderissem a idéia fora do âmbito da Conferencia. A idéia claro foi rechaçada . Como retaliação, a dupla de países vizinhos vetou a inclusão do nome  do Brasil e do Banco Mundial como protagonistas do projeto há poucos momentos apresentado por alegar que não fazia sentido exaltar uma ação e sim dar ensejo a que possa ser conhecida por todos. O mais bizarro foi o texto final que ficou com um sujeito indeterminado na ventura do parágrafo respectivo como : apresentou -se um projeto de TVDigital Interativa voltada para um publico de baixa renda e que poderá ser alvo de interesse de outros países interessados . Ridículo e pouco eficaz pois a publicação a ser realizada pelo Banco Mundial com os resultados do teste piloto por certo restituirão a verdade dia fatos. Fica a pergunta: a emancipação desta população com referencia a programas variados de governo não seria mais generoso e naus plausível para melhorar a qualidade de vida das pessoas através da TV Digital gratuita do que a sensibilização pelo drama  ? Talvez não fosse naus sensato empreender os dois programas? Reflexão