E mais uma máscara caiu. Não que seja algum crime ou qualquer contravenção. Não, não foi. Mas agora fica tudo claro para sociedade que o óbvio interesse da empresa criada para coordenação e distribuição dos instrumentos para a migração da TV Digital, a Seja Digital, antes conhecida como EAD, não era especificamente a própria TVDigital. Claro. As controladoras da Seja Digital sao empresas que exploram os serviços públicos e privados de telefonia e, neste caso especifico, os servicos moveis. Nomes aos bois: Claro, Telefonica, Tim e Algar.
A nossa expectativa ao tempo que convivemos no GIRED era de que os setores de telecomunicações e de radiodifusão pudesem envidar esforços para conduzir uma politica de modelos convergentes entre celulares e TV Digital. Mas o que.
Nao apenas houve boicote ostensivo a qualquer inovação apresentada para ser oferecida a sociedade atraves da TV Digital como a interatividade gratuita, modelos de Vídeos por demanda tambem gratuito etc.
Agora vemos nas emissoras de TV a propaganda da Seja Digital anunciando o exito da migração da TV Digital em cidades com o Brasilia e São Paulo. Estendemos nossos parabens aos orgmanizadores.
Mas o que não da para entender ( ou dá, não é?) é que nestes comerciais televisivos existam uma locucao com uma texto dizendo: e vem ai tambem o serviço de Banda Larga Movel. Incrivel.
Fica esclarecida de uma vez por todas que a Seja Digital tem como objetivo utilizar as caixas conversora entregues as familias de baixa renda por ocasião da migracao da TV Digital, como vem acontecendo. Essas caixas tem dispositivos para conexao de terminais de banda larga, uma caixa
hibrida que serve como instrumento convergente entre servicos de Internet de alta velocidade e a TV Digital.
Essa é a razão de terem aberto todos os canhões, fuzis, baionetas para o corpo a corpo para insisterem em matar o projeto de interatividade gratuito através do middleware Ginga pela TV Digital.
Mas nao co seguiram que ela nao estivesse nas caixinhas compradas e distribuisas. Essa foi a vitoria dos que apoiaram as ideias do Engenheiro e Professor Luis Fernando Soares, criador do Ginga e da linguagem de programação NCL. A interatividade esta la, nas caixinhas pronta para ser usada. Quem se habilita a fazer as transmissoes? As emissoras comerciais estiveram ao lado das Teles, imaginem. Buscando entre seus adversarios de mercado, inspiracao contra a interatividade na TV Digital por ser gratuita e disruptiva. Cabe as emissoras publicas este serviço nobre de levar o mundo dos aplicativos e videos interativos aos brasileiros sem Internet Banda Larga domiciliar. pela TV Digital e de vraça.
Mas a Seja Digital quer favorecer somente seus negocios ou a de seus controladores telefônicos em detrimento de novas soluções tecnologica, como o uso do Ginga, pois o middleware totalmente brasileiro, aceito em 16 paises que adotaram o sistema nipo- brasileiro apenas por estsr fora de sua escera de interesses.
Lembro do ex-ministro Sergio Motta dizendo que nascia a seu tempo, uma era de competiçao livre entre os atores do setor de telecomunicações.
Competição livre. Mas um exercicio de retorica usado livremente a exemplo de tantos discursos que pregam o progresso e o desenvolvimento, mas na verdade, usam estes artificios para abocanhar O as fatias de mercado, mesmo as que tem pouquíssimo ou nenhum dinheiro para viver,.
As empresas nao existem para fazer benemerência, ja ouvi. Mas num mundial mais justo deveriam ter a famossa responsabilidade social e devolver parte da riqueza adquirida com sua competencia e investimentos aos que necessitam de oportunidades para viver de seu trabalho com dignidade e, quem sabe, ter recursos para comprar os servicos oferecidos pela empresas que hoje os excluem.
Tvs Publicas apoiem e se preparem para trnasmitir a Interatividade. As caixinha estao ai para receber suas transmissoes. Nao percam tempo pois este serviço gratuito sera substituido por um serviço de.. banda larga movel como estao anunciando.
E de baixa qualidade, alguem tem alguma divida?
quarta-feira, 19 de abril de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
A despedida do Forum SBTVD
Amigos, colaboradores e seguidores,
Hoje, dia 13/02, em São Paulo, após 13 anos de atividades, iniciada em 05 de maio de 2004, quando assumi a condição de representante da Casa Civil da Presidência da República, junto ao Grupo Gestor do Sistema Brasileiro de TV Digital, de acordo com o Decreto no. 8901/03, participei de minha última reunião como Conselheiro do Conselho Deliberativo do Forum Do Sistema Brasileiro de TV Digital, integrando a chapa, que em março deste ano, encerra seu mandato de dois anos, na condição de membro eleito como representante da Radiodifusão Pública.
O início de minhas atividades, no segundo ano do primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a estruturação dos grupos de gerenciamento, visando a adoção do sistema a ser adotado pelo Brasil no campo da TV Digital.
Foram reuniões heróicas que se alternavam entre as que se realizaram no CPqD em Campinas (àquela altura, instituição coordenadora dos trabalhos técnicos para construção das RFPs, documentos que visaram a criação do escopo de conhecimento e a produção de protótipos em referência, através da formação de 23 consórcios com a participação de 103 universidades, centros de pesquisa e intervenientes privados e públicos e que movimentaram o esforço de 1500 mestres e doutores) e em Brasília, seja na Casa Civil, seja no Ministério das Comunicações.
Esta fase que se encerrou em novembro de 2005 quando o CPqD encerrou seu relatório que foi entregue ao Ministro das Comunicações, deu ensejo a etapa de adoção do sistema de TV Digital e que resultou na escolha da modulação japonesa BST-OFDM com inovações brasileiras, consagrada no Decreto no. 5820/06, o ISDB-Tb. Esta decisão de nossas autoridades se deu em 26/07/2006, depois de viagem ao Japão, meses antes, onde pude, ao lado do Embaixador Antonino Marques Porto, chefe da delegação brasileira, finalizar o texto base da adoção.
Após este período, entramos na atividades de implantação da TV Digital no Brasil com a criação do Forum da TV Digital que efetivamente se deu em 2007. Participei desde sua primeira reunião com afirmei acima até o dia de hoje.
Lembro da criação das reuniões do Grupo de Trabalho Brasil –Japão, a primeira em dezembro de 2006 em Tóquio, Japão, alternando entre os dois países, a sede destes encontros de alto nível, as viagens oficiais aos países da América Latina, África e Ásia, na divulgação internacional do Sistema nipo-brasileiro de TV Digital ISDB-Tb ( hoje são 18 países em 03 continentes ) e a criação em 2008, do Forum Internacional do Sistema ISDB-T.
Hoje, acompanhando a migração da TV Digital em pleno andamento vemos ideias que defendemos ao longo deste 13 anos aprovadas e em utilização, seja no campo político, como técnico, seja na incorporação do setor de software ao Conselho Deliberativo do Forum SBTVD, seja na luta pela introdução da interatividade como pratica dentro da TV Digital e que está disponível através da política de entrega gratuita de conversores com a inclusão do perfil C ao público de baixa renda participantes dos programas públicos do Governo Federal junto ao seu Cadastro Único.
Fiz muitos amigos e parceiros, mas especialmente, foi para mim uma oportunidade de aprendizado inegável.
Lembro de nomes como Prof. Ricardo Benetton, Augusto Gadelha, Roberto Pinto Martins, Manuel Rangel, Plinio Azevedo, Rogerio Santana, Jairo Klepacz,, Hadil Vianna, Prof. Luiz Fernando Soares, e nomes que ainda militam neste coletivo como Roberto Franco, Fernando Bittencourt, David Britto, Fernando Ferreira, José Marcelo, Frederico Nogueira, e tantos outros que auxiliaram, apoiaram e nortearam posicionamentos e decisões que formaram o acervo de normas e conjunto de políticas nas quais se basearam e são suportadas, a própria implantação da TV Digital no Brasil.
Foi uma honra para mim estar entre tão insignes brasileiros, num grupo sui generis que se tornou referência para grupo multidisciplinares no Brasil, com tendências, por vezes, divergentes, e que exerce suas atividades até hoje com a excelência e a fidalguia que, com certeza, me deixará, por um lado, a saudade de suas reuniões mensais, por outro, o orgulho perene de ter deixado meu nome ligado a sua história.
Hoje, dia 13/02, em São Paulo, após 13 anos de atividades, iniciada em 05 de maio de 2004, quando assumi a condição de representante da Casa Civil da Presidência da República, junto ao Grupo Gestor do Sistema Brasileiro de TV Digital, de acordo com o Decreto no. 8901/03, participei de minha última reunião como Conselheiro do Conselho Deliberativo do Forum Do Sistema Brasileiro de TV Digital, integrando a chapa, que em março deste ano, encerra seu mandato de dois anos, na condição de membro eleito como representante da Radiodifusão Pública.
O início de minhas atividades, no segundo ano do primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi a estruturação dos grupos de gerenciamento, visando a adoção do sistema a ser adotado pelo Brasil no campo da TV Digital.
Foram reuniões heróicas que se alternavam entre as que se realizaram no CPqD em Campinas (àquela altura, instituição coordenadora dos trabalhos técnicos para construção das RFPs, documentos que visaram a criação do escopo de conhecimento e a produção de protótipos em referência, através da formação de 23 consórcios com a participação de 103 universidades, centros de pesquisa e intervenientes privados e públicos e que movimentaram o esforço de 1500 mestres e doutores) e em Brasília, seja na Casa Civil, seja no Ministério das Comunicações.
Esta fase que se encerrou em novembro de 2005 quando o CPqD encerrou seu relatório que foi entregue ao Ministro das Comunicações, deu ensejo a etapa de adoção do sistema de TV Digital e que resultou na escolha da modulação japonesa BST-OFDM com inovações brasileiras, consagrada no Decreto no. 5820/06, o ISDB-Tb. Esta decisão de nossas autoridades se deu em 26/07/2006, depois de viagem ao Japão, meses antes, onde pude, ao lado do Embaixador Antonino Marques Porto, chefe da delegação brasileira, finalizar o texto base da adoção.
Após este período, entramos na atividades de implantação da TV Digital no Brasil com a criação do Forum da TV Digital que efetivamente se deu em 2007. Participei desde sua primeira reunião com afirmei acima até o dia de hoje.
Lembro da criação das reuniões do Grupo de Trabalho Brasil –Japão, a primeira em dezembro de 2006 em Tóquio, Japão, alternando entre os dois países, a sede destes encontros de alto nível, as viagens oficiais aos países da América Latina, África e Ásia, na divulgação internacional do Sistema nipo-brasileiro de TV Digital ISDB-Tb ( hoje são 18 países em 03 continentes ) e a criação em 2008, do Forum Internacional do Sistema ISDB-T.
Hoje, acompanhando a migração da TV Digital em pleno andamento vemos ideias que defendemos ao longo deste 13 anos aprovadas e em utilização, seja no campo político, como técnico, seja na incorporação do setor de software ao Conselho Deliberativo do Forum SBTVD, seja na luta pela introdução da interatividade como pratica dentro da TV Digital e que está disponível através da política de entrega gratuita de conversores com a inclusão do perfil C ao público de baixa renda participantes dos programas públicos do Governo Federal junto ao seu Cadastro Único.
Fiz muitos amigos e parceiros, mas especialmente, foi para mim uma oportunidade de aprendizado inegável.
Lembro de nomes como Prof. Ricardo Benetton, Augusto Gadelha, Roberto Pinto Martins, Manuel Rangel, Plinio Azevedo, Rogerio Santana, Jairo Klepacz,, Hadil Vianna, Prof. Luiz Fernando Soares, e nomes que ainda militam neste coletivo como Roberto Franco, Fernando Bittencourt, David Britto, Fernando Ferreira, José Marcelo, Frederico Nogueira, e tantos outros que auxiliaram, apoiaram e nortearam posicionamentos e decisões que formaram o acervo de normas e conjunto de políticas nas quais se basearam e são suportadas, a própria implantação da TV Digital no Brasil.
Foi uma honra para mim estar entre tão insignes brasileiros, num grupo sui generis que se tornou referência para grupo multidisciplinares no Brasil, com tendências, por vezes, divergentes, e que exerce suas atividades até hoje com a excelência e a fidalguia que, com certeza, me deixará, por um lado, a saudade de suas reuniões mensais, por outro, o orgulho perene de ter deixado meu nome ligado a sua história.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
18 paises adotaram o ISDB-T, a maioria com Ginga e o Brasil nem ligou.
Reproduzimos absixo a nota da Convergencia utilizando-se dos dados do MCTIC
"...O governo de El Salvador anunciou que vai adotar o padrão nipo-brasileiro TV digital, o ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), tornando-se assim o 18º país a optar pelo padrão desenvolvido no Japão e modificado no Brasil – especialmente por conta dos recursos de interatividade do Ginga.
Além de Brasil e Japão, o ISDB-T já foi adotado por Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Botswana, Guatemala, Honduras, Maldiva, Sri Lanka e Filipinas.
“A transição para a televisão digital vai contribuir para a democratização do espectro de radiofrequência. Serão abertos espaços para a inclusão de novos operadores de TV comerciais e comunitários”, festejou o presidente de El Salvador, Sánchez Cerén. A previsão é de que as transmissões do sinal digital no país tenham início em 2018..."
* Com informações do MCTIC
É incrivel que com todo este trabalho, que reuniu esforços de divulgação por parte de diversos ministerios, especialmente do Itamaraty e do governo do Japão, entre 2006 e 2010, apenas este, ultra organizado para aproveitar oportunidades comerciais, tenha tido bons resultados. O Brasil, depositario da patente do Ginga,salvo açôes isoladas do Sindivel, ficou de braços cruzados. Com a entrega de 12 milhões de conversores com Ginga aos beneficiários do Cadastro Único, esta política ( razão da adoção, como diferencial, para a maioria dos paises adotantes ) ate 2018, temos ai um time to market para cumprir, não acham?
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
TV Digital interativa consolida especificações
Quem acompanha meus textos sabe que tenho uma posição bem clara sobre o futuro da TV em países da America Latina, em especial, do Brasil.
O panorama de investimentos em tecnologia de ponta, acabam chegando ao novo(sic) mundo de modo seletivo, ainda mais explicito que o mesmo processo análogo em países desenvolvidos, fontes de inovação tecnológica.
Isso em razão dos custos exorbitantes destas implantações o que acarreta que as grandes e vultuosas somas voltadas para o surgimento de novos negocios sejam dirigidas para nichos privilegiados que garantam a estes aportes, retorno que satisfaçam acionistas e agregados
Assim, a universalização de serviços, cantada e decantada pelos canones da privatização das operações em telecomunicações, que diga-se de passagem, ainda precisa comprovar sua eficiencia como serviço massificado, universal e competitivo, não foi atingida.
Deste modo a TV Digital no Brasil e na AL deveria ser pensada, como estratégia para cobrir a deficiência de investimento em tecnologia digital e colocar o "broadcasting" como uma plataforma convergente e autônoma, mantendo suas caracteristicas de simultaneidade, na oferta de informação, no custo de banda e na gratuidade dos serviços.
Digo isto porque hoje, junto ao GT-Rx do Gired finalizamos os dados referentes aos protocolos relativos ao kit de equipamentos ( antenas, cabos e conversores digitais ) a serem entregues as 12 milhões de famílias inscritas como beneficiários do Cadastro Único.
Este é um projeto, consolidado em tese e na pratica e que deveria servir de referência para os países latino-americanos, africanos e asiaticos que fazem parte dos 04 bilhões de pessoas sem Internet no
mundo e que contribuem para que 78% das residências do planeta receberem o sinal da radiodifusão de sons e imagens.
Hoje consolidamos o processo. Este é o trabalho de uma década e que foi concretizado nestes dois ultimos anos por este coletivo e é, por suposto, único no mundo.
Sua publicacão é uma marco das políticas púbicas de comunicaçao, trazendo a oportunidade de uma nova TV aberta, interativa, com acessibilidade completa e gratuita
Fizemos nosso trabalho. Vamos torcer para que esta consolidaçao de normas e de tecnologia se torne uma realidade planetária.
O panorama de investimentos em tecnologia de ponta, acabam chegando ao novo(sic) mundo de modo seletivo, ainda mais explicito que o mesmo processo análogo em países desenvolvidos, fontes de inovação tecnológica.
Isso em razão dos custos exorbitantes destas implantações o que acarreta que as grandes e vultuosas somas voltadas para o surgimento de novos negocios sejam dirigidas para nichos privilegiados que garantam a estes aportes, retorno que satisfaçam acionistas e agregados
Assim, a universalização de serviços, cantada e decantada pelos canones da privatização das operações em telecomunicações, que diga-se de passagem, ainda precisa comprovar sua eficiencia como serviço massificado, universal e competitivo, não foi atingida.
Deste modo a TV Digital no Brasil e na AL deveria ser pensada, como estratégia para cobrir a deficiência de investimento em tecnologia digital e colocar o "broadcasting" como uma plataforma convergente e autônoma, mantendo suas caracteristicas de simultaneidade, na oferta de informação, no custo de banda e na gratuidade dos serviços.
Digo isto porque hoje, junto ao GT-Rx do Gired finalizamos os dados referentes aos protocolos relativos ao kit de equipamentos ( antenas, cabos e conversores digitais ) a serem entregues as 12 milhões de famílias inscritas como beneficiários do Cadastro Único.
Este é um projeto, consolidado em tese e na pratica e que deveria servir de referência para os países latino-americanos, africanos e asiaticos que fazem parte dos 04 bilhões de pessoas sem Internet no
mundo e que contribuem para que 78% das residências do planeta receberem o sinal da radiodifusão de sons e imagens.
Hoje consolidamos o processo. Este é o trabalho de uma década e que foi concretizado nestes dois ultimos anos por este coletivo e é, por suposto, único no mundo.
Sua publicacão é uma marco das políticas púbicas de comunicaçao, trazendo a oportunidade de uma nova TV aberta, interativa, com acessibilidade completa e gratuita
Fizemos nosso trabalho. Vamos torcer para que esta consolidaçao de normas e de tecnologia se torne uma realidade planetária.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Despedida do Gired
Eu gostaria de dizer a todos amigos, conhecidos, seguidores deste espaço, que meus dias de Gired terminaram. Enviei hoje 11/01/2017, carta a ABEPEC neste sentido
"A Abepec
Senhores Associados
Venho, por meio desta, apresentar renuncia a minha representação da ABEPEC junto
ao Gired por motivos estritamente particulares. Antes de tudo agradeço a oportunidade a mim conferida por este colegiado ao qual sempre procurei honrar com presença assídua e participativa às reuniões.
Lembro que esta manifestação de ordem pessoal deve ser informada pela Secretaria Geral ao Presidente do Gired, sr. Juarez Quadros do Nascimento juntamente com a indicação do nome do novo representante da ABEPEC para as devidas providências regimentais.
Atenciosamente,
Andre Barbosa Filho"
Inclusive já fui avisado que preparavam esta mudança por um conselheiro titular que disse ter se reunido com a EBC e acertado esta ação.
O fato é que isso não deveria ser surpresa.
Apesar de não ter participado de reuniões de cunho político nos oito anos em que trabalhei na Casa Civil da Presidência da República (minha atuação se deu no campo da comunicação de massa e telecomunicações ) durante os governos do Presidente Lula e Presidenta Dilma, participei desde o
início da discussão dos destinos da TV Digital quando da criação do Conselho Gestor em 2003. Estive em suas reuniões e em 2005 participei pela Casa Civil do grupo executivo de apoio à decisão do sistema a ser adotado no Brasil. Recebemos, europeus, estadunidenses e japoneses. Sugerimos políticas, abordagens econômicas e adesão a inovações tecnológicas como a do Ginga, mais tarde reconhecido com padrão internacional de middleware pela UIT.
Aprendi na fonte com grandes mestres do tema, como Prof. Ricardo Benetton do CPqD. Prof. Luís Fernando Soares, da PUC-RJ, Prof. Guido Lemos da Universidade da Paraíba, e com tantos outros que puderam me auxiliar na compreensão deste mundo digital, seja pela imersão nas RFPs na montagem dos consórcios de Universidade, Centros de Pesquisa e empresas, seja nas decisões de governo.
Em 2006 fomos ao Japão com a incumbencia de negociar e Informar as autoridades brasileiras sobre a conveniência da adoção do sistema japonês
O Embaixador Antonino, hoje em Bruxelas, foi outro verdadeiro professor na arte da negociação. Estivemos juntos, ele e eu na discussão dos termos finais do acordo que resultou na adoção do Sistema de modulação japonesa de TVDigital, ISDB-T.
Esta experiência deu ensejo a que pudessemos participar frontalmente do projeto de divulgação do sistema nipo-Brasileiro ( o decreto 5820/06 adotou o sistema com os inovações brasileiras ) em todos os paises da America Latina, Asia e Africa que resultou num estrondoso sucesso com a adesão de
19 paises.
Nao posso deixar de registrar minha atuação junto ao processo de implantação da interatividade com Ginga não apenas nos testes de campo e João Pessoa e no DF, como também, na metodologia de construção dos formatos de aplicativos interativos, logística de distribuição de conversores e capacitação do público receptor.
Os resultados auspiciosos do uso do controle remoto pela população de baixa renda naquelas localidades e o uso concreto de aplicativos e videos sobre saúde, empregos, bolsa-familia, etc nos rendeu o apoio do Banco Mundial. A participação desta prestigiosa instituição auxiliou no convencimento das autoridades federais a incluir as especificações do Ginga nas caixas conversoras de sinal digital a serem distribuidas ao publico dos programas federais de apoio a população carente cobertos pelo Cadastro Unico.
Vencemos esta batalha.
12 milhoes de caixinhas serão entregues a este mesmo numero de famílias ate 2018.
Espero que nada interfira nesta ação consolidada e que o acesso a políticas públicas através da TV Digital de modo gratuito seja em breve uma realidade.
Agradeço a todos pelo apoio. Foi uma linda experiência de cidadania, de civismo com o uso de tecnologia genuinamente brasileira.
Me despeço deste projeto com a certeza do dever cumprido. Novamente agradeço a ABEPEC pelo apoio
Nos veremos adiante, em outras paragens, outros cenários, outras ideias
.
Andre Barbosa Filho
"A Abepec
Senhores Associados
Venho, por meio desta, apresentar renuncia a minha representação da ABEPEC junto
ao Gired por motivos estritamente particulares. Antes de tudo agradeço a oportunidade a mim conferida por este colegiado ao qual sempre procurei honrar com presença assídua e participativa às reuniões.
Lembro que esta manifestação de ordem pessoal deve ser informada pela Secretaria Geral ao Presidente do Gired, sr. Juarez Quadros do Nascimento juntamente com a indicação do nome do novo representante da ABEPEC para as devidas providências regimentais.
Atenciosamente,
Andre Barbosa Filho"
Inclusive já fui avisado que preparavam esta mudança por um conselheiro titular que disse ter se reunido com a EBC e acertado esta ação.
O fato é que isso não deveria ser surpresa.
Apesar de não ter participado de reuniões de cunho político nos oito anos em que trabalhei na Casa Civil da Presidência da República (minha atuação se deu no campo da comunicação de massa e telecomunicações ) durante os governos do Presidente Lula e Presidenta Dilma, participei desde o
início da discussão dos destinos da TV Digital quando da criação do Conselho Gestor em 2003. Estive em suas reuniões e em 2005 participei pela Casa Civil do grupo executivo de apoio à decisão do sistema a ser adotado no Brasil. Recebemos, europeus, estadunidenses e japoneses. Sugerimos políticas, abordagens econômicas e adesão a inovações tecnológicas como a do Ginga, mais tarde reconhecido com padrão internacional de middleware pela UIT.
Aprendi na fonte com grandes mestres do tema, como Prof. Ricardo Benetton do CPqD. Prof. Luís Fernando Soares, da PUC-RJ, Prof. Guido Lemos da Universidade da Paraíba, e com tantos outros que puderam me auxiliar na compreensão deste mundo digital, seja pela imersão nas RFPs na montagem dos consórcios de Universidade, Centros de Pesquisa e empresas, seja nas decisões de governo.
Em 2006 fomos ao Japão com a incumbencia de negociar e Informar as autoridades brasileiras sobre a conveniência da adoção do sistema japonês
O Embaixador Antonino, hoje em Bruxelas, foi outro verdadeiro professor na arte da negociação. Estivemos juntos, ele e eu na discussão dos termos finais do acordo que resultou na adoção do Sistema de modulação japonesa de TVDigital, ISDB-T.
Esta experiência deu ensejo a que pudessemos participar frontalmente do projeto de divulgação do sistema nipo-Brasileiro ( o decreto 5820/06 adotou o sistema com os inovações brasileiras ) em todos os paises da America Latina, Asia e Africa que resultou num estrondoso sucesso com a adesão de
19 paises.
Nao posso deixar de registrar minha atuação junto ao processo de implantação da interatividade com Ginga não apenas nos testes de campo e João Pessoa e no DF, como também, na metodologia de construção dos formatos de aplicativos interativos, logística de distribuição de conversores e capacitação do público receptor.
Os resultados auspiciosos do uso do controle remoto pela população de baixa renda naquelas localidades e o uso concreto de aplicativos e videos sobre saúde, empregos, bolsa-familia, etc nos rendeu o apoio do Banco Mundial. A participação desta prestigiosa instituição auxiliou no convencimento das autoridades federais a incluir as especificações do Ginga nas caixas conversoras de sinal digital a serem distribuidas ao publico dos programas federais de apoio a população carente cobertos pelo Cadastro Unico.
Vencemos esta batalha.
12 milhoes de caixinhas serão entregues a este mesmo numero de famílias ate 2018.
Espero que nada interfira nesta ação consolidada e que o acesso a políticas públicas através da TV Digital de modo gratuito seja em breve uma realidade.
Agradeço a todos pelo apoio. Foi uma linda experiência de cidadania, de civismo com o uso de tecnologia genuinamente brasileira.
Me despeço deste projeto com a certeza do dever cumprido. Novamente agradeço a ABEPEC pelo apoio
Nos veremos adiante, em outras paragens, outros cenários, outras ideias
.
Andre Barbosa Filho
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