terça-feira, 13 de agosto de 2013


União Europeia prestes a acabar com 
a neutralidade da internet





O jornal de economia e negócios alemão Handelsblatt (saúde!) noticiou que a Comissão Europeia planeja que provedores de internet cobrem mais de seus clientes por velocidades maiores e serviço de melhor qualidade. A política é parte das novas regras de acesso à internet na União Europeia.

A Comissão Executiva da União Europeia vinha tentando derrubar a política anterior que garante tratamento igual para usuários da internet, proibindo cobranças adicionais por velocidades maiores e melhor qualidade de transmissão.

O documento com a nova legislação, examinado pelo jornal alemão, libera os provedores de acesso à internet para negociar livremente as tarifas cobradas por diferentes níveis de qualidade de transmissão. Isso significa o fim da política de neutralidade da internet na União Europeia.



Neutralidade na internet para quem não sabe, é o que garante que um vídeo que você assiste no Youtube terá o mesmo tratamento por parte dos provedores que um exibido pela Globo.com, por exemplo. Também significa que um blog com meia dúzia de visitantes terá o mesmo tratamento que um portal de notícias de uma grande rede. 

Sem a neutralidade, quem paga mais tem melhores velocidades, e deve escolher a que quer ter acesso mais rápido. Do lado dos criadores de conteúdo, vale a mesma regra, quem paga mais sobrevive, quem não paga… Em outras palavras, pequenos sites independentes dificilmente teriam alguma chance de sobreviver nesse cenário.



O ministro da economia alemão Philipp Rösler criticou a proposta: "O que nós vemos nesse projeto de lei não é suficiente para garantir a continuidade da neutralidade da rede. A Alemanha planeja permanecer independente nessa questão"

No início desse ano Rösler foi um dos grandes críticos da tentativa da gigante das telecomunicações alemã Deutsche Telekom em impor limites nas conexões à internet. Depois de muito choro, a empresa desistiu do seu plano de reduzir a velocidade de “hard users” da internet.

Fonte: DW






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