quarta-feira, 3 de julho de 2013

Informação digital. Estamos utilizando toda a sua potencialidade?

Baseado em texto inédito 

A proliferação das redes de comunicação digital traz inúmeras possibilidades e perspectivas para o universo educacional, como por exemplo: a criação de ambientes colaborativos de aprendizagem, o intercâmbio de saberes em diferentes pontos do mapa, a comunicação on- line entre alunos e professores de realidades distintas, ampliação dos níveis de interatividade etc. Tecnicamente, esse processo, que vem sendo chamado de revolução digital dentro de uma nova ordem tecnológica, diz respeito à criação de grandes sistemas de rede de comunicação integradas, com suportes de armazenamento e transmissão de dados digitais (códigos binários, traduzíveis sob diversas interfaces). E isso, que pode a primeira vista parecer algo insignificante, é base para transformações de portes ainda incalculáveis para a economia, a política, a cultura, a medicina, o lazer, a ciência, a educação.


O fato de uma informação (escrita, imagética, sonora) estar armazenada digitalmente, ou seja, ser reduzível a uma combinação de números, faz dela algo distinto de uma mesma informação, armazenada analogicamente. Quando temos uma informação digital, temos, na verdade, uma combinação de códigos que são, no momento em que são utilizados (atualizados), traduzidos para uma interface de comunicação específica: a impressão da escrita numa folha de papel, o som de uma voz numa caixa de som, a imagem de um filme numa tela de vídeo. 
Por que então temos uma informação de natureza distinta? Primeiro, pela sua capacidade de reprodução. Códigos numéricos são muito mais facilmente reprodutíveis do que páginas escritas, fitas magnéticas, tanto do ponto de vista da rapidez, quanto do custo. Segundo, pela facilidade de transporte nas redes de transmissão de dados. Terceiro, devido à maleabilidade e à flexibilidade dessas informações. As possibilidades de transformação tornam-se quase infinitas, assim como muito mais rápidas. Quarto, devido à sua capacidade de se atualizar em diferentes interfaces; é por isso, por exemplo, que podemos ver a representação imagética de uma música.

Com o desenvolvimento cada vez mais acelerado dessas capacidades e das próprias interfaces, visualizamos muitas conseqüências para o universo do conhecimento. Dentre estas a possibilidade de armazenamento e facilidade de acesso de boa parcela do conhecimento e das informações acumuladas e conservadas pela humanidade, ao longo de seu caminhar. É o antigo sonho da Biblioteca de Alexandria tornando-se uma hiperrealidade.


Temos também a possibilidade de integrar, com maior facilidade, rapidez e criatividade, diversos tipos de mídias. E, ao permitir a fusão, mesclagem e interconexão (não apenas soma) de diferentes mídias, as TIC acabam apontando para a criação de novas linguagens e novos signos comunicacionais. Estes poderiam vir integrar linguagens já existentes a formas inéditas de comunicação e pensamento. 
Esse processo poderia criar fendas e espaços para que brotassem signos que seriam ao mesmo tempo suporte e prolongamento do imaginário, estruturar reflexões e posicionamentos crítico se levar a transformações muito mais significativas no processo de construção e difusão do saber. Visualiza-se aí ainda possibilidades de surgimento de formas alternativas de narratividade que combinem aspectos da linearidade sequencial das linguagens existentes(escrita, cinema, vídeo), com procedimentos hipertextuais, interativos, construídos sob novas lógicas de pensar o real e suas representações.
A plasticidade, a flexibilidade e a rapidez transformadora dos bits permitem que haja uma maior interatividade no processo de comunicação e de construção do conhecimento, num dos percursos dessa revolução digital que consideramos mais significativos para a educação.

          Fonte: "A Comunicação Digital e as Novas Perspectivas para a Educação Cristiane Nova e
          Lynn Alves redeeduc.com.br/redeeducloja/30-novas-linguagens-na-educacao.html‎

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