segunda-feira, 15 de abril de 2013

Novo telefone celular japonês oferece até 30 canais na telinha.

A MMBi, uma empresa que surgiu em janeiro de 2009 no Japão para atender o dispositivo do Broadcast Act (a Lei de Radiodifusão) que por sua vez, criou a figura do modelo do operador de radiodifusão terrestre para recepção móvel, lançou na feira da NAB (National Association of Broadcasters ) realizada na última semana em Las Vegas, EUA um aparelho celular sui generis que não apenas realiza o sonho do público em ter em seu dispositivo móvel, várias programações de TV, TV a Cabo e Video On Demand como avança na distribuição destes sinais pelo ar, ou seja, sem passar pelas redes das empresas de telefonia, criando novas fontes de recursos para os radiodifusores japoneses.


Este novo ecossistema móvel foi apresentado pela NOTTV que é, de fato, a empresa de radiodifusão com quem a MMBi, operadora do sistema, tem um acordo para prestação do serviço multi multimídia por radiodifusão terrestre.

Como a foto acima comprova, os celulares estarão prontos a receber os sinais de até trinta programações diferentes simultaneamente. Este é um serviço que apesar de ser enviado por radiodifusão como assinalamos, é pago. Ou seja, você assina  e recebe o código que lhe permite ter em sua telinha os conteúdos oferecidos, de filmes, séries, programas de TV por demanda e , claro, TV ao vivo. No Japão já são 700.000 anunciantes, como afirma a NOTTV.

O que não quer calar em nossa garganta: Porque a radiodifusão brasileira não luta para ter este serviço regulamentado no País?  Obviamente, teríamos que modificar a lei de comunicação em vigor que data de  1962. E, portanto, abriríamos a oportunidade de discutir outros pontos do citado diploma legal como propriedade cruzada, exclusividade de produção de conteúdos, direito de resposta, etc.

Na verdade hoje a lei obriga que a programação exibida por radiodifusão para os receptores fixos seja a mesma a da exibida nos celulares. Não se permite multiprogramação privada. Há muitos interesses em jogo.

Mas, vamos combinar, que grande chance a radiodifusão está perdendo em poder oferecer um serviço multiplataforma dentro do seus domínios da transmissão pelo ar sem pedir a benção as empresas de telecomunicações. Não dá para entender.

É, pessoal, os japoneses de lá são melhores que os nossos.

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