terça-feira, 23 de abril de 2013

Educação e tecnologia. Dá pra conviver?

Educar com tecnologia e participação. Um passo para a qualidade de vida

A educação sempre esteve progredindo a passos mais lentos que a comunicação.

Pierre Bourdieu disse certa vez que a diferença de décadas neste avanço causava um forte sentimento de estranhamento nos aprendizes em razão dos métodos do ensinar estarem dessincronizados com o comportamento cotidiano.

Sábias palavras que, entretanto não podiam nem de longe preconizar que a aceleração e o consequente distanciamento das praticas de transmissão de conhecimento fossem ser revolvidas desde do profundo âmago das relações humanas.



O educador Paulo Freire que nunca foi um inimigo das tecnologias, ao contrário, como me disse pessoalmente seu amigo dileto e pupilo, prof. Moacir Gadotti  'era o que ele mesmo se auto-proclamava, um menino conectado' alguém que ao mesmo tempo percebia a necessidade de realizar o que chamava de encontro de saberes e que deveriam dar vazão ao estudo conjunto das várias e diversas facetas culturais que formam uma nação.

Esta disposição em trabalhar para incluir sem deixar de avançar, na verdade e a mentalidade que precisamos desenvolver hoje. Perceber a sabedoria dos não letrados e leva-los pelas mãos através dos instrumentos de aceso as informações disponíveis e, por certo, um meio de aproximar educandos e educadores que como dizia o 'andarilho da utopia', faz de ambos, seres simbióticos onde o ensinar e o aprender se confundem em profundidade.

Aproximar cultura, educação, comunicação e tecnologia e corresponder nas praticas de transferência de conhecimento ao que Edgar Morin e sua Carta da Transdisciplinaridade produziram para nos guiar neste complexo universo do progresso humano.

Abraçar o plural, aceitar o novo, acatar os princípios que como ensina o hexagrama do poço chinês do I Ching, sempre estará no mesmo lugar, não importa o cenário que ao seu redor se produza e se transforme. Assim, nossa intenção em produzir, se podemos dar foco nesta narrativa, os produtos culturais interativos e no sentido freireano de criar ambientes cinéticos como a vida e, aproveitando a sabedoria do cotidiano, soma-lá aos instrumentos digitais participativos.



O teste experimental que fizemos em João Pessoa com cem famílias do programa Bolsa Família utilizando a TV Digital Interativa, aberta e gratuita, é a prova incontestável, como comprovam os dados levantados pelos pesquisadores do Banco Mundial e que serão socializados hoje, 23/04 em Brasília, de que se pode realizar com sucesso projetos que possam atingir objetivos maiores de aproximação como forma de diminuição expressiva da brecha existente entre os diversos segmentos populacionais no Brasil.

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