Você sabe qual foi a maior sensação da feira de tecnologia de radiodifusão, a NAB, em Las Vegas?
Claro, foi a tecnologia de transmissão e recepção para conteúdos audiovisuais digitais, 8K, ou como é anunciada pela empresa estatal de TV japonesa, NHK, o SUPER HI-VISION.
E o que esta tecnologia que, por certo, será a nova geração de irradiação da TV Digital tem de novo?
Bom, as pesquisas do Super Hi-Vision começaram em 1995, mas somente em 2005 aconteceu sua primeira experiência pública na Feira de Aichi no Japão. Já em 2005, na própria NAB, a primeira transmissão indoor foi acompanhada através de um display.
Em 2012, o teste foi bastante significativo. O Super Hi-Vision foi utilizado para transmissão nas ruas de Londres durante os Jogos Olímpicos num esforço conjunto entre as emissoras NHK e a britânica BBC.
Neste mesmo ano, o Super Hi-Vision torna-se tecnologias de transmissão de sinais digitais audiovisuais recomendado pela UIT (União Internacional de Telecomunicações) com o protocolo BT.2020
O Futuro: em 2016, as transmissões das Olimpíadas do Rio de Janeiro serão recebidas por receptores em todo o mundo via satélite. E a previsão das transmissões terrestres devem se iniciar no Japão no ano 2020.
O Super Hi-Vision é , na verdade o avanço da engenharia de TV que oferece 33 megapixels, numa relação de 4.320 pixels em linhas verticais e 7680 pixels, em linhas horizontais e comparado com o 2K, que é na verdade o sistema HD, em implantação na TV Digital no Brasil, tem uma relação exponencialmente maior já que o sistema HD apresenta 1.920 linhas verticais e 1080 linhas horizontais.
Enquanto o HD oferece uma oferta de som que pode utilizar a tecnologia com o sistema multicanal 5.1 , na plataforma Super Hi-Vision a oferta de som se dará num patamar de sistema multicanal de 22.2 . Já imaginaram a eficiência?
Eu pode ver, no estande do futuro montado na ala norte da NAB, as demonstrações do sistema. Sua performance de áudio e video é esplendida. Um,a corrida, como a final dos 100 metros rasos em Londres 2012, vencida pelo flash man Usain Bolt, é possível perceber no último degrau das arquibancadas do estádio, ao fundo da imagem e com uma nitidez soberba, os detalhes perfeitos dos rostos e roupas dos assistentes.
De fato, este ´um esforço do STRL (NKH Science and Technology Research Laboratories), o Instituto de Pesquisa em Tecnológica da NHK e que é especializado em investigações sobre o futuro da radiodifusão. E que já prometeu para o segundo semestre deste ano, oferecer o Super Hi-Vision em seus projetos de TVs Hibridas, ou seja, as que recebem sinais tanto pelas plataformas terrestre de radiodifusão como pela de Internet
Ou seja, se constroem tecnologias para o futuro onde a este tempo, se prevê com a nitidez e planejamento tipico dos nipônicos, a convivência intensa entre TV e Internet. Realidade esta que está cada vez mais se configurando nos países onde a banda larga chega a todas a casas. O aparelho de TV continua cada vez mais sintonizando programações abertas ou da TV paga.
E no Brasil? Por aqui, a intensa busca, legitima por sinal, da oferta universal de banda larga, talvez possa converter-se, de acordo com as decisões que tomemos, num processo que inviabilize o caminho progressivo da tecnologia da TV Digital.
Mas ela está aí e é maravilhosa.
Vejo muita discussão e muita pesquisa com relação ao aumento da definição nas telas, mas para mim, o setor de radiodifusão deveria se empenhar, em primeiro lugar, em criar modelos para que o usuário possa "ser" parte da programação. A definição pouco importa no final das contas, o usuário quer interagir enquanto assiste a um vídeo. O comportamento do jovem hoje é assistir a TV com um outro dispositivo, e o jovem de hoje é o consumidor de amanhã, porque então não colocar apps nos programas de TV ? E forçar/treinar o usuário a ficar só na TV ?
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