segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Brasil sobe o tom e protesta contra EUA

Brasil declara indignação aos EUA em caso de espionagem
Revelação indica que emails, telefonemas e mensagens de celular da presidente Dilma teriam sido monitorados pela agência americana NSA
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Ministros da Justiça, José Eduardo Cardoso, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, durante coletiva sobre as denúncias de espionagem de agências norte-americanas de dados da presidenta Dilma Rousseff e assessores
Ministros José Eduardo Cardoso e Luiz Alberto Figueiredo durante coletiva sobre as denúncias de espionagem de dados da presidenta Dilma Rousseff


O governo brasileiro expressou indignação aos Estados Unidos nesta segunda-feira com as denúncias de suposta espionagem da presidente Dilma Rousseff mas ainda estuda as medidas a serem tomadas.

A revelação feita por reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, indica que emails, telefonemas e mensagens de celular da presidente teriam sido monitorados por uma agência de espionagem dos EUA.

Dilma escalou ministros para uma reunião de emergência, e o Itamaraty convocou o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon.

"Convoquei o embaixador dos Estados Unidos Thomas Shannon ao meu gabinete e disse a ele da indignação do governo brasileiro com os fatos constantes nos documentos revelados", afirmou o chanceler Luiz Alberto Figueiredo, em entrevista convocada para falar sobre o caso em Brasília.

"As violações das comunicações da senhora presidenta da República, do nosso ponto de vista, representam uma violação inadmissível e inaceitável da soberania brasileira." O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que participou da entrevista, disse que a defesa da soberania do país, no que diz respeito à interceptação feita "em tese" com relação à presidente, bem como de empresas e cidadãos brasileiros, "se impõe como uma questão que deve ser defendida de forma intransigente pelo Estado brasileiro".



Cardozo evitou dar detalhes sobre o que o Brasil pode fazer como retaliação aos EUA, afirmando ser necessário primeiro "acabar com o ciclo" de espionagem para então agir.

De acordo com Figueiredo, o tipo de ação do Brasil dependerá da resposta que for dada pela Casa Branca. O chanceler disse que há uma agenda de medidas que pode ser tomada no front internacional para não cercear direitos, mas sim protegê-los, sem entrar em detalhes.

O chanceler brasileiro disse ainda que espera uma resposta "formal escrita" dos EUA nesta semana sobre as ocorrências.



Segundo denúncias feitas no domingo pela TV Globo, Dilma teria sido alvo de espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

As revelações foram feitas com base em documentos fornecidos pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que mora no Rio de Janeiro.

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