sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Um sol no final do túnel. Conversores para TV Digital estão na pauta do governo.

Ontem, 07.02.2013, foi publicado no Diário Oficial da União a portaria do Ministério das Comunicações 
(MC) referente a autorização para Agência Reguladora das Telecomunicações, (Anatel)  para a ocupação das frequências entre 700 e 800 Mhz do espectro radioelétrico. 

Enfim, esta importante discussão amadurece com sua saída dos gabinetes e chega as ruas com  caracteristicas de uma política de convergência entre as principais plataformas de ingformação em utilização no País, o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e o projeto de disseminação da TV Digital no Brasil, tão aguardada por todos nós.

Todos sabíamos que a faixa de espectro mencionada acima, até por sua caracterização como  'filet mignon' das frequências, graças ao aumento do alcance de cobertura do sinal transmitido e do uso do espaço de banda somados a diminuição substancial dos custos de implantação do projeto de Quarta Geração (4G) dos serviços de telefonia móvel celular, demonstrava excelentes perspectivas quanto ao investimento previsto na construção de torres de transmissão, reconhecidamente menor que em outras faixas de frequência como, por exemplo, a de 2,5Mhz já em uso pelo 4G.

A questão é: como ficam os inquilinos deste espaço de espectro (como os chamou o Valor Econômico) possivelmente desalojados de seu histório reduto, as empresas de televisão? Haverá espaço para todos, incluindo novos entrantes e para TV pública neste projeto de migração de plataformas digitais?

O Ministro Paulo Bernardo garante que sim. 

E mais. Especula-se sobre o lançamento paralelo de medidas que auxiliem no programa de massificação da TV Digital no Pais. Entre estas surge o que a "Folha de São Paulo" chamou de 'Bolsa Novela'.  

Descontado os preconceitos contra o veiculo de maior penetração no Brasil, com 98% de penetração domicilar e 63% da distribuição dos investimentos publicitários (não sei se um programa de subsisdios de tablets e smartphones seria apelidado de 'Bolsa Twitter' ou algo assim), o nome retrata bem, visto por seu ângulo positivo, a importância de um projeto de investimentos em conversores digitais pagos, total ou parcialmente pelo Governo Federal, visando o público beneficiado pelo programa 'Brasil sem Miséria'.

Lembremos que a TV e o Rádio são os únicos meios de informação a que estes segmentos tem acesso e que assim devem permenacer por algum tempo, enquanto a universalização e massificação da banda larga não chega.

A EBC, as Universidades e as empresas do setor estão se unindo num projeto de testes-pilôto em João Pessoa na Paraíba  com vistas a oferecer conteúdos interativos com serviços públicos para o uso intensivo da população de baixa renda com tais características e que vem apresentando significativos e auspiciosos resultados (aguardem no dia 12 de março o primeiro balanço prévio). Assim, este movimento do MC é muito bem vindo.

Mas apenas como lembrete:  na Paraíba, a interatividade é 'a palavra de ordem' neste piloto para permitir que levemos os serviços públicos às casas dos brasileiros pela TV Digital. Assim os conversores que estão servindo de base para a este piloto carregam o Ginga, sistema de softwares que permite, entre outras facilidades, o acesso a interatividade plena pela TV com canal de retorno.   

(Google images)


Será que no 'Bolsa Novela' os conversores terão Ginga? Ou serão meros processadores de áudio e vídeo para o acompanhamento universal das transmissoes de TV Digital, especialmente durante os jogos da Copa do mundo?

A oportunidade de termos a oferta de conversores baratos com Ginga é agora, motivados pelos eventos esportivos e pela campanha de disseminação da TV Digital. 

Não haverá outro.


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