terça-feira, 1 de outubro de 2013

Rio quer montar 14 estudios audiovisuais para produzir filmes e series


Rio quer construir 14 estúdios para a produção audiovisual até 2016

O investimento de R$ 150 milhões no audiovisual que a cidade do Rio de Janeiro recebeu nos últimos quatro anos criou uma situação em que a demanda por estúdios e profissionais qualificados tornou-se maior que a oferta. Por isso, a cidade vai expandir o Polo Cine & Vídeo, na Barra da Tijuca, e a construção de um espaço de produção, a Cidade do Audiovisual, em São Cristóvão.

"Verificamos a necessidade de fazer um investimento para acompanhar o crescimento de produção", diz ao UOL o presidente da RioFilme e secretário municipal de Cultura, Sergio Sá Leitão.



Mais voltado para o cinema e a publicidade, o Polo da Barra deve ganhar oito novos estúdios. Atualmente, já há oito no local. Mais voltada para as produções de TV, a cidade do Audiovisual deve contar inicialmente com seis estúdios. A Cidade do Audiovisual ocupará os 14 mil metros quadrados do terreno do quartel da Guarda Municipal em São Cristóvão, que será transferido para Botafogo.

Tanto a expansão do Polo da Barra quanto a criação da cidade do Audiovisual serão feitas com dinheiro privado por meio de licitações. A licitação do polo sairá em outubro, e a de São Cristõvão até o final do ano. O polo deve contar com um investimento de R$ 80 milhões e a Cidade do Audiovisual com R$ 25 milhões. 

Como a demanda também é por pessoas qualificados, a prefeitura do Rio de Janeiro está firmando parcerias com escolas e universidades para a capacitação de profissionais. A partir de 2014, a PUC do Rio passa a oferecer uma pós-graduação de roteiro, ministrada por professores da Universidade de Columbia, de Nova York.



Segundo Sá Leitão, 900 profissionais, como roteiristas, animadores, eletricistas, marceneiros, cenógrafos, foram formados neste ano. A intenção é que o número suba para 1000 em 2014.

Segundo o secretário, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 contribuem ainda mais para o aumento dessa demanda. "Há uma intensa cobertura de televisão antes e depois desses dois eventos. Algumas redes fazem cobertura 24 horas o que gera uma demanda por estúdios e profissionais locais".

Com o investimento nos dois locais, a expectativa é que a cidade concentre mais de 50% da área de estúdios independentes do país, que não estão ligados a empresas como Rede Globo e Record. Hoje, essa capacidade é de 29%.

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