domingo, 6 de outubro de 2013

Nicolelis cumpre promessa e apresenta exoesqueleto na Copa de 2014


Exoesqueleto robótico começará a ser testado no Brasil

O experimento do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis será feito com voluntários na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), em São Paul



Miguel Nicolelis: seu objetivo é levar uma criança tetraplégica para dar o chute inicial na Copa do Mundo de 2014

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis quer fazer uma criança tetraplégica dar o chute inicial da Copa do Mundo de 2014. Seu plano tem avançado e os testes com humanos começarão no Brasil entre o fim de outubro e o início de novembro.

Os experimentos colaboram para a construção de um exoesqueleto robótico, um corpo virtual, capaz de devolver os movimentos aos paraplégicos e tetraplégicos. O anúncio sobre o início dos testes aconteceu na sexta-feira (4) durante seminário da revista “Brasileiros”, em São Paulo.




Por videoconferência, Nicolelis afirmou que testes com partes do equipamento já foram feitos com humanos. Os experimentos no Brasil acontecerão com o exoesqueleto pronto, com todas as articulações e controle neural.

O experimento de Nicolelis será feito com voluntários na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), em São Paulo. Cerca de dez pessoas já foram selecionadas para a pesquisa. No local também começará a funcionar um laboratório comandado por Nicolelis.

Walk Again Project – Nicolelis, um dos 20 maiores cientistas do mundo pela revista Scientific American, trabalha com uma equipe de 170 pesquisadores internacionais no projeto Walk Again Project (Andar de novo, em tradução para o português). A equipe tem pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, e do Instituto de Neurociências em Natal, dirigido por ele.




Diversas experiências foram feitas com macacos e com um corpo artificial. Elas mostram como a robótica pode ser uma grande aliada de pessoas com deficiência física em busca de movimentos até então impossíveis.

O exoesqueleto pode ser conectado ao cérebro do paciente, que então controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo. A técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface cérebro-máquina, em que Nicolelis já teve resultados relevantes.

Se uma pessoa paralisada conseguir dar o primeiro chute da Copa do Mundo, Nicolelis acredita que vai provar para o mundo algo muito importante. O pontapé feito com uma perna robótica será capaz de mostrar que o Brasil é mais do que o país do futebol.

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