Fazer inovação neste País não é tarefa fácil.
Idéías brilhantes e promissoras saem dos laboratórios e dos centros de pesquisa com expectativas altas de solucionar questões complexas, apresentar respostas para demandas em diversos setores, tornar-se benchmarketing em implementação exitosa de suas especificações.
Entretanto a distância entre o desejo de se estabelecer e a realidade fria e perversa dos números orçamentários das empresas, a disputa fratricida entre os projetos para merecer investimentos se soma a miopia de controladores e gestores em não perceber a qualidade destas inovações e suas potencialidades.
Uma corrida pela sobrevivência então se instala. E neste contexto, cotoveladas, gravatas, caneladas são a parte mais leve. Dificil é mesmo se livrar dos jogos de gabinete, das maledicências que implicam em retirar do páreo os concorrentes ao bolo de recursos disponíveis.
O Middleware Ginga venceu grande parte desta corrida. Foi escolhido como elemento vital de interface entre diversas linguagens de programação, solução esta interamente nacional.
Tornou-se padrão UIT (União Internacional de Telecomunicações) tanto no campo das plataformas IP como no da radiodifusão. Portanto, segue sendo um produto interoperável disponivel. . Talvez o único já recomendado pela instituição internacional . Mas isto basta?
Não, senhores. O Ginga ainda não acreditado no mercado pelos interesses enviazados das propriedades intelectuais de outros padrões que mesmo com menor eficiência e amplitude, são defendidos, neste momento em que o setor discute padronizações universais.
E o mais grave. Por aqui, ainda não deslanchou.
Politicas de implementação das smart tvs , globais e principal produto das montadoras de dispositivos eletroeletronicos, por serem em mercados onde as circunstâncias economicas de infraestrutura são bem diferentes das que apresentam a grande maioria das paises do chamado 'mundo em desenvolvimento' não incluiram o Ginga.
No Brasil estes fabricantes foram convidadas, pela PPB de 2011, a embarcar em seu terminais built-in, o Ginga em sua versão Full (NCL/Lua +Java ), mas apenas, a que se refere ao perfil A, exatamente o que tem conexão com as TVs BroadBand (Banda Larga). Estes abordam, apenas, o encapsulamento de aplicativos. Nada de videos interativos, que reproduz própria linguagem televisiva e que tanto sucesso faz, inclusive pela Internet através das redes sociais.Os viedos interativos necessitam do perfil C que ainda nem foram discutidos pelo Forum SBTVD.
Diante disto, cabe o questionamento? Existem programas que nasceram na Rede Web e que migraram com êxito para o ambiente da Radiodifusão? Existe uma linguagem audio-visual própria para a Internet?
Então porque não utilizar o óbvio. Usar uma tecnologia interoperável que codifique e decodique de modo universal as linguagens deste dois mundos, tão afins.
Então porque não utilizar o óbvio. Usar uma tecnologia interoperável que codifique e decodique de modo universal as linguagens deste dois mundos, tão afins.
Mas, não. Outras explicações aparecem para que , aos poucos se vá minando esta posibilidade. Entre estas a que defende a hegemonia do tráfego IP para audiovisual, com soluções pagas. E baseadas em argumentos da concentração e verticalização desta realidade broadcasting. Será que o modelo de TV pública se encaixa nisto? Tenho certeza que não.
Valer a pena apostar no Ginga. Mesmo que seja para que, no futuro, possamos contar aos nossos netos que existiu uma solução maravilhosa feito no Brasil para resolver a questão convergência das midias, mas que morreu como despareceram tantas outras idéias maravilhosas que não encontram guarida no mundo real.
Espero que quanto a isto, eu esteja totalmente equivocado.
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