quinta-feira, 2 de maio de 2013

TV móvel nos EUA vai de vento em popa, apesar dos problemas

 A TV nos celulares, finalmente, depois de anos desenvolvimento tem desconcertado os proprietários das estações de televisão locais, deixando-os intrigados e receosos. Varias inovações recentes mostram que esta tecnologia deve se estabelecer, apesar do baixo investimento dos radiodifusores estadunidenses que correm o risco de perder uma fatia da audiência que sem esta opção vão amargar a colocação pelos usuários de dispositivos móveis  out of tune (fora de sintonia) em seus dispositivos móveis.

"Este é ano de ir adiante ou desistir do programa de TV móvel nos EUA", diz o diretor da Mobile 500 Alliance, John Lawson, em entrevista ao diário USA TODAY representando este grupo de mídia que desenvolveram   um aplicativo de TV móvel  e um sistema de antenas chamado MyDTV. 



MYDTV foi lançado em Janeiro deste ano com testes de mercado realizados em Seattle e Minneapolis e serão expandidos até Releigh na Carolina do Norte agora em maio. Os consumidores que já aderiram ao programa My DTV tem tido uma média de atenção, vendo sua TV preferida em I-Pads e I-Phones, de 28 minutos diários. 

Dyle, um sistema competidor do MyDTV que iniciou suas operações em agosto de 2012 planeja aumentar sua área de cobertura para baltimore, Jacksonville e Salt LakeCity. O Sistema Dyle está disponível em 91 estaçõies em 36 mercados. Até o final do ano esta cobertura crescerá para 116 estações em 39 mercados

Ao adotar o uso dos standards Dyle e MyDTV ,as emissoras  locais de TV dos EUA poderão enviar seus sinais para os smartphones  ou tablets  transmitidos pelo ar (atualmente limitado nos EUA aos dispositivos Apple).Os usuários destes serviços de TV móvel pagam um valor US$90 por uma antena dongle m
(dispositivo que você 'espeta' externamente ao celular) e que podem sintonizar e internalizar os sinais broadcasting no aparelho móvel.

Muitas questões , entretanto, se poem entre a realidade esperada de novos insumos para os radiodifusores e seus conteúdos através novas entradas de recursos advindos de outras modelos de negócio e novos serviços que estão nascendo e que nem sempre estão pagando os direitos correspondentes as exibições deste programas audiovisuais. 

São serviços conhecidos como Aero Runs, na verdade transportados por tecnologia IP (internet protocol) e que estão se tornando uma opção para consumidor nesta era disruptiva. Há planos de evolução dos Aero Runs hoje disponíveis para área de Nova Iorque e chegar a outros 22 mercados .



Esta batalha está começando nos EUA. E no Brasil. O sistema ISDB-T permite transmissão pelo ar sem passagem pelas redes de telecomunicação, portanto como modelo gratuito. Porém a lei de Radiodifusão de 1962 não permite que sejam exibidas pelo ar programações provenientes da mesma geradora com diferentes conteúdos. Ou seja, aquela lei feita no tempo anterior ao FM e na fase preto e branco da TV ainda regula a uniprogramação impedindo a multiprogramação. Assim o que passa na TV Fixa deve obrigatoriamente passar  em qualquer outro dispositivo seja móvel ou portátil. 

Assim não há dinheiro novo para radiodifusor ao vender espaço publicitário numa e noutra plataforma de forma diferenciada com está acontecendo no EUA e mais. 

Precisaríamos que o Ministro Paulo Bernado das Comunicações concordasse em baixar uma portaria obrigando os fabricantes de celulares no Brasil a compulsoriamente oferecer neste dispositivos a disponibilização da sintonia de TVs com antenas para que se crie um mercado consumidor e o consequente ecossistema de produção de conteúdos para celulares ainda muito incipiente em nosso País. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário