quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lâmpadas e internet móvel. O que isto tem a ver?


As lâmpadas poderão ser usadas para prover as plataformas sem fio na Rede Mundial.  

O Físico britânico Harald Hass afirmou ter desenvolvido uma tecnologia que pode transmitir dados através de conexões sem fio  mesmo a partir de uma lâmpada normal.

"Basta ligar a luz da sala e você poderá mudar na sua conexão de Internet", disse ele numa palestra em 2011, cujo conteúdo foi sintetizado por Daniel Bates do diário londrino Daily Mail.

(Google images)
Este é o  "Li-fi", ​​ou "Light Fidelity" - e que inclue o envio de dados a partir do uso de tecnologia wireless para o "white space"  ou o" espaço branco " aqueles canais ou parte destes não utilizados em seu espectro de televisão ou nos sinais de satélite. 

Obs.Vamos falar de "white space" numa dos próximas postagens


Professor Hass, da escola de engenharia da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, disse que, atualmente, as ondas de rádio utilizadas para transmitir dados  são ineficientes. 

Com telefones celulares afirmou o professor:" há 1,4 milhões estações base que podem impulsionar o sinal, mas a maior parte da energia é usada para resfriá-lo, tornando-o apenas cinco por cento eficiente".

Em comparação afirma haver 40.000 milhões de lâmpadas em uso em todo o mundo, que são muito mais eficientes.

Ao substituir antiquados modelos incandescentes por lâmpadas de LED, ele alega que  poderia transformá-los todos em transmissores de Internet.

Trouxe este texto publicado em 23 de agosto de 2011 e que não nenhuma novidade para os especialistas para sublinhar que a criatividade humana não tem limites. Os testes deste Li-Fi  parecem estar debaixo de rigoroso critério cientifico conforme declarou o departamento de Física da conceituada universidade escocesa.

Interessante concluirmos que a despeito das provas de conceito e dos modelos de negócio a serem desenvolvidos, esta ideia poderia ser a resposta para  resolver alguns dos piores problemas de segurança e defesa do meio-ambiente com a reutilização destas já aposentadas lâmpadas de bulbo
onde em vez de se gastar rios de dinheiro com o armazenamento e a reutilização de materiais provenientes destes artefatos, poderiam dar um fim racional a eles.

Entretanto muitas inovações morrem na praia. Vão de encontro a novos produtos a serem lançados,  obrigaria a formação de redes comunitárias de recolhimento das lâmpadas e igualmente seu reaproveitamento e reajuste para ser a fonte condutora desta energia que permitiria, a custo extremamente inferiores aos praticados hoje pelo mercado, a venda de infraestrutura para permitir um tráfego de dados barato. 

Agh! Isto é loucura. Não vai dar certo. Ideia de lunáticos que só ficam nos laboratórios. 

Me lembro de uma vez, na sala de espera da agência DPZ em São Paulo havia um quadro com um conteúdo muito interessante e com um titulo ultra elucidativo: 100 maneiras de matar uma ideia. 
Estas frases acima, por certo poderiam fazer parte deste rol.  Se a iniciativa privada não quer fazer, por que o Estado não olha para estas ideias e aposta nelas?

2 comentários:

  1. O primeiro passo para matar uma boa idéia é ter preconceito, pensar institucionalmente... Mas me intriga o fato de nunca ter ido adiante o projeto da National Grid de internet pela rede elétrica, pq se não houver uma ruptura com a rede de acesso tradicional de dados, ter uma lâmpada com antena pode não ser viável. Afinal o mesmo elemento de rede, eltricamente ineficiente (que comsome energia elétrica para refrigeração em proporção maior que para RF), continuaria existindo.

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  2. Corrigindo, Smart Grid. Inicialmente este projeto era patrocinado pela National Grid.

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