terça-feira, 18 de junho de 2013

Migração da TV analógica para a digital. Problema que pode ser solução

Chegou a hora da onça beber água.

A migração analógico-digital da TV experimenta um momento critico. Algumas das ações prenunciadas pelas autoridades brasileiras deixaram perplexas os especialistas do setor quanto sua  viabilidade. 

Foi anunciado pelo MC um cronograma onde seria realizado o desligamento analógico em 883 cidades brasileiras já em 2015. Entretanto, e isto é a opinião geral, tal  procedimento parece ser de impossível realização. A começar pelas torres. 



Todos sabem que a TV brasileira cresceu em virtude dos investimentos das prefeituras em todo o território nacional. Não foram, portanto, a emissoras de radiodifusão, exceto nas grandes cidades, que fez o investimento para que hoje termos uma cobertura de 97.8 % das residencias alcançadas pela TV analógica. E isto aconteceu num período médio de vinte anos.

Agora, com a chegada da TV Digital o mesmo cenário se repete. As prefeituras são o alvo deste grande movimento migratório. Entretanto, como fazê-lo de modo a não prejudicar o acesso a informação que, no mais das vezes, torna-se o único canal de comunicação de grande parte da população do nosso País ?

As torres na médias e pequenas cidades - a grande maioria dos municípios brasileiros tem estas características - estão petição de miséria. Enferrujadas, muitas delas são apenas hastes que suportam antenas, sem um espaço adequado para as instalações elétricas, deveriam ser substituídas. O número estimado pelos engenheiros das emissoras é de que este número chegue a ate 85% das instalações atuais. 

Este custo , se estimarmos a construção em tempo e condições possíveis de sustentabilidade é alto e levaria, no minimo quatro anos para alcançar algo em torno de 55% a 60% da população brasileira. Este é um alerta importante. 

E mais. Se são as prefeituras  os grandes clientes destas edificações de transmissão, como propiciar a estas instâncias de poder, os recursos para pagar pelos serviços pertinentes, não apenas de construção das torres, mas de sua manutenção e operação? 

E claro que investimentos privados que gostariam de estudar sua participação num projeto desta envergadura, e eles existem, necessitariam de garantias de recebimento pelo investimento. Há que se estudar formas de repasse para que tal projeto possa ficar de pé. 

O Fórum do SBTVD está estudando com grande atenção soluções e sugestões para apresentar as autoridades. É necessário que tudo esteja de acordo com uma série de premissas que atestem sua pertinência  e , assim, poder traduzir em planejamento e ações concretos esta revolução digital pela TV para todos os brasileiros e em tempo admissível. 

A significância deste tema não pode e não deve ser relevado e confiamos que os responsáveis por esta enorme tarefa possam responder satisfatoriamente a esta importante demanda de nossa sociedade. 


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